publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 21:02

é JÁ amanhã, Domingo, 12/Dezembro/2010, a partir das 17h00

Apresentação do Movimento Já na LX Factory,

com o Candidato Manuel Alegre,

o Mandatário da Juventude: Jacinto Lucas Pires, Faith Gospel Choir, DJ Nokin e Molin e muito mais!!!

Se és jovem e vais votar Alegre, mobiliza-te!

Vamos mobilizar-nos nacionalmente e mostrar de que lado está a maioria Jovem!

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 20:56

 

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 20:44

 

“Sei que este combate é difícil, mas eu estou habituado a combates difíceis, eu sou um resistente”, afirmou Manuel Alegre num jantar de apoiantes na Guarda, onde concluiu a volta da pré-campanha por todos os distritos e regiões do país e pela emigração.

 

 “Temos que dar uma volta à situação e à crise", apelou Manuel Alegre. “Os nossos estados endividaram-se para salvar o sistema financeiro, os lucros foram privatizados e os que provocaram a crise estão a beneficiar dos sacrifícios que nos foram impostos” denunciou, considerando que “é uma situação imoral, que põe em causa a qualidade da democracia.” “E isto não é só um problema económico, não é só um problema financeiro, é um problema político” disse Manuel Alegre, acrescentando que “a democracia avalia-se pelos seus resultados concretos”.

 

Manuel Alegre explicou que “a direita europeia está a aproveitar esta crise para pôr em causa direitos que custaram a luta de gerações”, como “o pacto social que nasceu depois do nazismo”, e “a baixar os custos de produção desvalorizando o trabalho”. E a direita portuguesa, disse, “segue o exemplo da direita europeia. Apresentou um projecto de revisão constitucional que é um programa de governo e um projecto estratégico para esvaziar o conteúdo social da nossa democracia”. E é isso, sublinhou, que “vai estar em causa em 23 de Janeiro”.

 

Alegre lembrou que “18 por cento dos portugueses vivem no limiar da pobreza” e “se a direita fizesse aquilo que quer, que é destruir o Estado social e diminuir as prestações sociais, esses 18 por cento passariam rapidamente para uns 40 por cento.” E interrogou-se: “como é que poderia haver estabilidade política e como é que não haveria uma explosão social?”

 

“Por isso digo e repito”, afirmou o candidato, “comigo na Presidência ninguém tocará no SNS, na escola pública, na segurança social pública, no conceito de justa causa nos despedimentos”. E este “é um compromisso que o actual Presidente não pode assumir”.

 

Temos que resolver o problema da competitividade

 

“Mas temos outras batalhas que resultam das nossas carências próprias”, lembrou Manuel Alegre, insistindo que “temos que procurar novos caminhos, refazer o nosso tecido produtivo e o nosso tecido industrial”. “É preciso voltar à agricultura e às pescas, redescobrir o mar e voltar a cultivar a terra, não podemos é pagar para não produzir”, defendeu. Numa alusão aos tempos em que o actual PR foi primeiro-ministro, Alegre criticou o facto de se ter negociado mal nessa altura e “isso teve consequências económicas e sociais”.

“Temos de resolver o problema da competitividade da nossa economia”, disse Manuel Alegre, mas “isso não se faz com modelos ultrapassados de mão-de-obra barata e impreparada, faz-se adaptando o nosso mercado aos muitos jovens licenciados.” “É preciso que esses jovens encontrem no mercado de trabalho uma resposta”, defendeu, elogiando o facto de no recente relatório da OCDE “o nosso país ter chegado à média europeia das qualificações”.

 

O problema da competitividade resolve-se com inovação tecnológica, com inovação social, com responsabilidade social das empresas”, defendeu. “Ainda hoje em Gouveia, exemplificou, “vi uma unidade de cuidados continuados, uma unidade de ponta em qualquer parte do mundo”, o que prova que “o interior pode ter serviços de excelência.” “Esse é o caminho, criar coisas novas, espírito competitivo e de risco, inovação tecnológica e social”, concluiu.

 

O papel do PR é abrir uma janela de esperança

 

“Este é um momento crucial. Tenho consciência da dificuldade deste combate”, disse Manuel Alegre. “Sei que algumas das medidas que vão ser tomadas, por eu ter o apoio do PS, vão pesar também sobre a minha própria candidatura. Mas eu não tenho medo disso”, salientou, “é preciso ter a coragem de enfrentar as dificuldades e dar um sentido ao sacrifício dos portugueses.” “Temos de abrir uma janela de esperança. E esse é o papel do Presidente”, afirmou, “dar uma perspectiva aos portugueses. Porque não se pode viver sem esperança.”

 

"Não me candidato para governar, para fazer ou desfazer governos, nem sequer para garantir a permanência deste governo", não é esse, para Manuel Alegre, o papel de um Presidente. "O PR é um regulador, um moderador político e social" disse o candidato, que reiterou: "O meu papel é assumir que um governo, qualquer que ele seja, que tente alterar o conteúdo social da nossa democracia terá a minha oposição com todos os poderes presidenciais", garantia que foi recebida com forte aplauso dos presentes.

 

Sei que este combate é difícil e estou habituado a combates difíceis”, disse o candidato. “Eu sou um resistente, sou um combatente, lutei contra o fascismo, sou dos que ajudou a fundar e a construir esta democracia, vou-me bater até ao fim, não por mim, mas por uma nova esperança democrática para Portugal”. No dia 23 de Janeiro, apelou, “não sou só eu que sou candidato, são todos vocês”.

 

“Sei que no meu partido alguns estão zangados comigo, por posições que eu tomei”, disse ainda. “Mas o PS foi feito por gente assim, que sempre pensou pela sua cabeça e fez do PS um partido plural”, lembrou, recordando o que aconteceu com Mário Soares, Salgado Zenha, Sottomayor Cardia. Essa é que é a força do PS”. Por isso “aqueles que estão amuados desamuem-se, porque este é também o vosso combate, não o queiram perder porque seria Portugal a perder. Estamos aqui para somar, para unir, para mobilizar".

 

Manuel Alegre terminou lembrando que a sua candidatura é também em nome do futuro da juventude “para que tenha um lugar ao sol em Portugal e se liberte desta precariedade em que está a sua vida”. “É a primeira geração que não tem a possibilidade de chegar onde chegaram os seus pais”, alertou, “muitos jovens começam a descrer de si próprios e do país. Isto não é tolerável, porque estamos a comprometer o futuro de Portugal”.

 

“Temos de estar preparados para as manipulações, temos que saber resistir”, avisou Manuel Alegre, lembrando que “vão querer eleger Cavaco Silva a qualquer preço, porque precisam dele para poderem fazer aquilo que querem. Mas não vamos permitir, vamos lutar”, apelou, confiante que “desta vez a segunda volta é possível e, na segunda volta, a vitória”.

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 20:01

 

Manuel Alegre formalizou a sua candidatura a Presidente da República através da entrega no Tribunal Constitucional de 12.250 assinaturas, ocasião em que salientou que, pela sua "dignidade e importância", “é tempo” de colocar as eleições presidenciais na agenda política.

 

 

No acto de entrega das assinaturas, o candidato foi acompanhado pela sua mandatária nacional, Maria de Belém, e pelos mandatários financeiro, António Carlos dos Santos, e de Lisboa, Daniel Sampaio.

 

Em declarações aos jornalistas, Manuel Alegre explicou que decidiu antecipar a entrega das assinaturas, cujo prazo apenas termina a 23 deste mês, “porque é tempo de colocar a campanha presidencial e a importância das eleições presidenciais na agenda política”.

 

“A eleição presidencial é uma eleição decisiva para o funcionamento do sistema democrático. É o único órgão que é eleito unipessoalmente”, sublinhou, recordando que o Presidente da República é “o garante do sistema democrático”.

 

“Esta é uma eleição que deve ter a sua dignidade e importância. De facto, é tempo de a colocar na agenda pública. Vai haver uma campanha eleitoral e vai haver uma campanha de grande importância para o futuro político do país”, salientou ainda o candidato.

 

Sobre o motivo que o levou a entregar já as suas assinaturas no Tribunal Constitucional, Manuel Alegre justificou: “Há ainda assinaturas que estão a seguir o seu processo, de qualquer forma decidi antecipar. Quero agradecer a todos aqueles que praticaram o acto cívico para a legalização da candidatura”, até porque este “é um processo que exige algum esforço”, acrescentou o ex-dirigente socialista e ex-vice-presidente da Assembleia da República.

 

Questionado sobre as diferenças que esta sua segunda campanha presidencial terá em relação à de 2006, Manuel Alegre referiu que há cinco anos já partiu para a corrida a Belém “com boas expectativas”. “Mas agora tenho expectativas melhores”, afirmou com optimismo.

 

Lusa

 

  


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 19:50

 

 

 

 

 

Os debates televisivos entre os candidatos presidenciais já têm datas marcadas e decorrerão durante o mês de Dezembro:

 

 

Dia 16, na RTP: Manuel Alegre vs Defensor de Moura,

Dia 18, na SIC : Manuel Alegre vs Francisco Lopes,

Dia 22, na TVI : Manuel Alegre vs Fernando Nobre,

Dia 29, na RTP: Manuel Alegre vs Cavaco Silva.

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 19:40

Manuel Alegre em jantar com escritores faz apelo

 

 

A minha visão de Portugal é uma visão poética, uma visão integradora, de que fazem parte “a primeira tarde portuguesa”, essa belíssima expressão com que Alexandre Herculano se refere à vitória de Afonso Henriques na Batalha de S. Mamede, assim como as lendas, os cantares de amigo, as Flores de Verde Pinho de D. Dinis, as crónicas de Fernão Lopes, os autos de Gil Vicente, o “Comigo me desavim” de Sá de Miranda (que anuncia, uns séculos antes, Mário de Sá Carneiro), a revolução de 1383, o Manoelinho de Évora, Fernão Vasques e Álvaro Pais a convocar o povo de Lisboa, o quadrado dos Atoleiros e a Batalha de Aljubarrota (de que hoje em dia é quase inconveniente falar).

 

E, depois e, até, sobretudo esse momento de verdadeira fundação espiritual que é o da escrita de Os Lusíadas e de toda a Lírica de Camões. Não só por nos ter dado uma epopeia em que o herói é o próprio povo português e a sua História, como por ter criado, não apenas uma nova linguagem poética, mas a língua portuguesa tal como hoje a escrevemos e falamos.

 

Ou como quem nunca mais foi capaz de a escrever assim, porque nunca mais ninguém voltaria a juntar o rude que e o terrível porque para os transformar em ritmo, música, poesia em estado puro.

 

Claro que eu podia vir por aí fora, cair em Alcácer-Quibir e regressar com aquele fantástico romeiro que, no Frei Luís de Sousa, quando lhe perguntam quem é aponta o seu próprio retrato e responde: Ninguém.

 

Às vezes tenho a sensação de que todos somos esse romeiro. Ou de que ele até certo ponto se confunde com Portugal – “essa promessa não cumprida”, de que falou António Sérgio.

 

Também podia voltar atrás e partir de Coimbra com o Infante D. Pedro, o primeiro grande europeu, para lavar a afronta em Alfarrobeira, essa escaramuça onde estão sempre a bater-se todos aqueles que, em diferentes momentos históricos, têm lutado pela liberdade e o espírito crítico contra a mentalidade dogmática e o espírito de seita.

 

Visão poética que, evidentemente, passa pelo desembarque de Garrett e Herculano no Mindelo e pela inquietante e subversiva pergunta de Antero que hoje, de certo modo, se está aqui a repetir: “Mas, meus caros senhores, é possível viver sem ideias?”

 

Visão poética que desde as primeiras sílabas das primeiras trovas, até às estâncias d’ Os Lusíadas, chega a Miguel Torga que nos interpela a “nunca descrer / do chão duro e ruim” e, antes, a outro momento fundamental e fundador: Fernando Pessoa e o seu “Portugal – futuro do passado”.

 

Eduardo Lourenço, num ensaio sobre a minha escrita, referiu-se à “nostalgia da epopeia”. Sim. Eu tenho essa nostalgia. É filha de uma certa visão de Portugal. Uma visão que é incompatível com qualquer forma de abdicação. Uma visão que não se resigna àquele “país quietinho” de que falou Teixeira de Pascoaes, o poeta que disse que a saudade portuguesa é uma saudade prospectiva, uma saudade do futuro.

 

Eu não sei se Oliveira Martins tem razão quando afirma que “Portugal é uma nação mas não uma nacionalidade”, ou seja que só existe por um acto de vontade das suas elites. Ou se a razão está do lado de Jaime Cortesão e dos seus “Factores democráticos da formação de Portugal” e daquela convergência dos caracteres atlânticos que são preexistentes ao facto político da fundação e explicam e justificam a nacionalidade e a nação.

 

A atlanticidade é a trave mestra da nossa identidade. “Há só mar no meu país”, dizia, não por acaso, Afonso Duarte, um grande poeta injustamente esquecido.

 

Creio que tanto Oliveira Martins como Jaime Cortesão estão certos: o mar, os portos, o comércio, a atlanticidade e a vontade formaram e fizeram Portugal, a nacionalidade e a nação.

 

Ao longo dos séculos vivemos e ultrapassámos muitas crises. Se é que não temos vivido quase sempre em crise. Parece-me, no entanto, que estamos perante uma crise de novo tipo.

 

Nos últimos trinta anos Portugal passou por transformações sem paralelo. Da ditadura para a democracia, do império para o regresso às origens, da agricultura, das pescas e das indústrias tradicionais para o sector terciário, com consequências não só económicas como sociais, culturais e territoriais, nomeadamente a desertificação do interior e superlotação no litoral e à volta das duas principais cidades, de país entalado entre a Espanha franquista e o mar para a abertura ao mundo e a adesão à Europa, num processo depois acelerado com a globalização, que trouxe consigo, para além de novas oportunidades e conhecimentos, a desregulação, as receitas únicas, o aumento da exclusão e das desigualdades, o risco de uniformização cultural e de diluição ou destruição das singularidades nacionais.

 

A incidência destas transformações não foi acompanhada por uma reflexão tendente a reposicionar-nos perante nós próprios e o mundo. Falta a Portugal uma nova visão estratégica que na era inevitável e irreversível da mundialização permita salvaguardar a sua identidade. Tal não é possível sem voltar à História, à muito antiga e à mais recente.

 

Somos europeus por direito próprio. Devemos estar no centro e na vanguarda da construção europeia. Mas tal não significa uma diluição de Portugal nem a ruptura com o outro lado de nós mesmos: a África, o Brasil, as várias partidas do mundo por onde os portugueses passaram. Não temos poder militar nem força económica. Na Europa e no mundo do mercado contamos pouco, mas contamos no da História, da língua e dos afectos. Entre os países do mesmo peso demográfico, Portugal é um dos poucos que pode ser no mundo um actor global.

 

No Contrato que apresentei nas últimas eleições presidenciais, afirmei que devemos voltar a dizer com orgulho a palavra Pátria e dar-lhe um sentido de modernidade e de futuro. Alguns ficaram surpreendidos, mas eu estava a repetir em prosa o que tinha começado a dizer em verso desde a publicação do meu primeiro livro “Praça da Canção”. E que uma vez mais hoje venho aqui reafirmar.

 

Tenho vindo também a afirmar que para além do défice das contas públicas, há outros défices, o social, o da educação, o da igualdade, o do emprego, o da saúde, o da cultura. Há um défice de confiança e de esperança.

 

Portugal não pode rimar com tanta desigualdade, tanto desemprego, tanta pobreza, tão grande desequilíbrio na distribuição dos rendimentos.

 

Não podemos permitir que a persistência de todos estes défices dê lugar um dia a outro bem mais doloroso: um défice de Portugal e um défice de democracia.

 

Ao contrário do grande poeta Alexandre O’Neil, eu nunca senti Portugal como um remorso. Da minha visão da História faz parte a convicção de que Portugal é um destino. Um destino que está nas nossas mãos e pelo qual, mais do que nunca, todos somos responsáveis.

 

E é por isso que me volto a candidatar à Presidência da República.

 

Porque a autonomia nacional está em risco perante a ameaça de uma nova forma de ditadura: a ditadura dessa entidade mítica a que se chama mercados financeiros.

 

Porque a Europa está a ser desconstruída com o reforço do centro em desfavor dos Estados periféricos e com os contribuintes a pagarem a socialização das perdas do sistema bancário.

 

Porque o capitalismo financeiro está completamente desregulado e a tentativa de aproveitar a crise para pôr em causa direitos sociais e serviços públicos que custaram a luta de muitas gerações constitui um retrocesso civilizacional.

 

E porque esse retrocesso afecta gravemente a qualidade da democracia.

É um problema político, mas é também um problema de cultura e de civilização.

 

E é por isso que os escritores e artistas são mais uma vez chamados à intervenção cívica.

 

E é por isso que conto convosco.

 

Para que juntos tentemos dar um sentido a este tempo sem sentido.


E para que me ajudem a reconstruir a palavra esperança.

 

Viva a República, viva Portugal.

 

 


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