publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Dezembro , 2010, 22:29

 

 

No rescaldo do debate mais aceso e mais visto destas eleições presidenciais, Manuel Alegre fez um balanço e afirmou que “ninguém está eleito, nada está resolvido”. Em entrevista ao SAPO, o candidato presidencial desvalorizou as sondagens e garantiu que vai lutar por uma segunda volta.

 

Apesar de ontem, depois do debate, ter referido que este frente-a frente reactivou a campanha eleitoral, Manuel Alegre relembrou que “a campanha tem estado sempre activa”. No entanto referiu que “algumas pessoas é que estariam interessadas que não houvesse campanha”. Para Manuel Alegre, o debate de ontem contribuiu “para as pessoas perceberem que ninguém está eleito, nada está resolvido”.

 

No debate, Cavaco Silva adoptou uma estratégia de ataque imputando a Manuel Alegre repetidas acusações de que o actual Presidente estaria a destruir o Estado social. Mas o antigo deputado socialista defendeu-se afirmando: “Nunca o acusei de ter destruído o estado social, o que eu digo é que ele nunca se pronuncia”.

 

No que diz respeito a sondagens, o último barómetro da Marktest para o Diário Económico e para a TSF dava uma maioria confortável de 78,3% ao actual Presidente, uma situação que não incomoda Manuel Alegre, que diz estar “formado” neste assunto.

 

O candidato presidencial apoiado pelo PS e BE relembrou as últimas eleições quando, a dias da votação, Cavaco Silva tinha uma grande vantagem sobre Manuel Alegre. “Das duas uma”, afirma, “ou as sondagens enganam ou então Cavaco Silva perde muitos votos em campanha”.

 

Manuel Alegre garante estar a lutar por uma segunda volta e diz que não vê razões para tal não acontecer. Contudo, afirma que quem poderá estar preocupado com essa situação é o candidato Cavaco Silva. “Ele é que estava muito crispado e muito nervoso no debate de ontem, se está tão certo das sondagens não sei porque é que está tão nervoso”, concluiu. 

 

O frente-a-frente de Cavaco Silva e Manuel Alegre foi o mais visto de todos os debates entre candidatos para as eleições presidenciais e foi também um dos mais tensos.

 

Rita Afonso

retirado daqui

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Dezembro , 2010, 14:12

 

 

8. O meu compromisso pelo Estado Social

 

As desigualdades sociais dificultam o crescimento económico. Os países mais prósperos são também os mais igualitários. Precisamos de políticas económicas que favoreçam a redistribuição do rendimento, para superar as situações de pobreza que persistem, dinamizar o consumo das famílias e induzir o crescimento económico.

 

É preciso equilibrar as contas públicas. Mas também há o défice português que continua a ser um défice social, um défice de emprego, um défice de justiça e um défice de solidariedade.

 

Precisamos de defender, preservar e garantir a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, a principal transformação social do nosso sistema democrático. Precisamos de defender a escola pública, uma escola pública de qualidade e exigência. Precisamos de defender o serviço público de segurança social.

 

Foi apresentado um projecto de revisão constitucional que é um programa de governo e um projecto estratégico de destruição do Estado social.

 

O meu compromisso é claro: pelo meu passado e pelas minhas posições, os portugueses têm a garantia de que, se algum governo ou Parlamento, no futuro, pretender acabar com o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a Segurança Social Pública, eu estarei contra e exercerei, sem hesitações, o meu direito de veto.

 

Quero igualmente deixar claro - porque é tempo de falar claro - que utilizarei todos os poderes de que dispõe um Presidente da República para impedir a liberalização dos despedimentos através da eliminação do conceito de justa causa, porque a Constituição não é neutra e defende o elo mais fraco da relação laboral – o trabalho.

 



Consulte na íntegra o Contrato Presidencial aqui.

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Dezembro , 2010, 14:08

 

“No debate com Manuel Alegre, Cavaco clarificou qual o conteúdo da sua alegada fidelidade ao Estado Social: apoia a acção das Misericórdias e das IPSS e comprometeu-se com acções de socorro social como a da distribuição de restos de refeições de restaurantes. Coisas dignas de apreço, claro. Só que o Estado Social não é nem assistência nem socorro, é justiça.”

 

JOSÉ MANUEL PUREZA 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Dezembro , 2010, 13:44

 

A marca que sobressaiu do único debate entre os dois verdadeiros candidatos presidenciais desta campanha foi o ressurgimento de Manuel Alegre, numa altura em que a sua campanha parecia estar soterrada pelo desinteresse dos eleitores e pelo enorme favoritismo de Cavaco Silva. Mas Alegre ganhou o debate de ontem. E, talvez mais importante do que isso, Cavaco perdeu-o.

 

O candidato apoiado pelo PS e pelo Bloco conseguiu surpreender pela forma ponderada com que se apresentou. Explorou muito bem as contradições do adversário e conseguiu falar para os eleitores do centro, o que foi decisivo. Num frente-a-frente em que por mais de uma vez falou na sua concertação com o Governo (por causa dos tais eleitores do centro), Cavaco preferiu entrar ao ataque e mostrar que Alegre tinha "enganado os portugueses". Não o conseguiu. Ficou prisioneiro do seu guião, crispou-se e nem sequer se lembrou de questionar como é que Alegre pode ser apoiado ao mesmo tempo pelos socialistas e pelos bloquistas. Foi arrogante. E facilitou a tarefa ao seu adversário, que tinha de mostrar aos eleitores socialistas que poderão votar Cavaco (não são poucos) uma imagem deste de que eles não gostam. Esteve melhor nas questões dos mercados e do Estado social. Devia ter-se abstido de pessoalizar o caso BPN, mas este tornou-se em definitivo o tema da campanha. E isso é péssimo para Cavaco.

 

Que consequências terá este debate? No imediato, a constatação de que Alegre regressou. Fez tudo certo, mas um debate não chega para vencer todos os anticorpos. E o caminho para conseguir uma segunda volta ainda é muito difícil. O futuro dirá se conseguiu ou não começar a trilhá-lo ontem.

 

in jornal “PÚBLICO” de 30/12/2010

 

Manuel Alegre criticou o desempenho do Chefe de Estado no domínio da política externa e referiu-se ao BPN como um caso de "promiscuidade entre política e negócios".

 

in “RTP 1”

 

 


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