“O BE regista a afirmação da disponibilidade da candidatura presidencial de Manuel Alegre e, tratando-se de uma candidatura supra-partidária, a eleição presidencial convoca uma exigência de responsabilidade totalmente distinta daquela que é o debate sobre a governação do país”, declarou Francisco Louçã, em conferência de imprensa, em Lisboa.
Neste sentido, “o BE saúda, regista e apoia esta manifestação de vontade de Manuel Alegre” em candidatar-se à Presidência da República.
Para Louçã, “uma candidatura presidencial não faz parte da disputa legislativa entre partidos”, na medida em que “está acima dos partidos, é supra-partidária”.
O dirigente do BE referiu, também, que “uma campanha presidencial é a disputa de um cargo uninominal, de uma pessoa que represente o país no momento das suas maiores dificuldades, da maior fractura social, da maior desigualdade e da maior injustiça, e que traga um projecto mobilizador de esperança e de convergência”.
“E é assim que nós o apoiamos e creio que é aí que ele faz a diferença e essa é a razão pela qual o BE o apoia”, acrescentou.
No entender do líder do BE, “na contraposição à hipótese de Cavaco Silva suceder a Cavaco Silva [como Presidente da República], a necessidade de um grande debate público profundo sobre a mobilização da sociedade portuguesa no combate à injustiça coloca Manuel Alegre num plano supra-partidário que não é apropriável por nenhuma força política partidária e que contribui para uma mobilização de uma responsabilidade democrática, de uma democracia responsável”.