publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Setembro , 2010, 17:26


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Setembro , 2010, 17:21




publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Setembro , 2010, 17:19




publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Setembro , 2010, 17:11

Estivemos na passada segunda-feira, em Gaia, no Clube dos Pensadores, com o camarada,  Manuel Alegre, candidato a Presidente da República, e do muito que se disse retemos a frase proferida  pelo poeta:  As palavras inspiram-nos.

 

Não resistimos, e transcrevemos o poema:

 

AS PALAVRAS

 

Palavras tantas vezes perseguidas
Palavras tantas vezes violadas
que não sabem cantar ajoelhadas
que não se rendem mesmo se feridas.

 

Palavras tantas vezes proibidas
e no entanto as únicas espadas
que ferem sempre mesmo se quebradas
vencedoras ainda que vencidas.

 

Palavras por quem eu fui cativo
na língua de Camões vos querem escravas
palavras com que canto e onde estou vivo.

 

Mas se tudo nos levam isto nos resta:
estamos de pé dentro de vós palavras.
Nem outra glória há maior do que esta.

 


Manuel Alegre

 

OBRA POÉTICA: (1999) Lisboa, publicações D. QUIXOTE

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Setembro , 2010, 16:46

 

 

 


Manuel Alegre é um daqueles portugueses que não precisa de apresentações, mas Joaquim Jorge presenteou os participantes no debate com uma aula de história, revelando dados históricos interessantes deste candidato à presidência da Republica, pela segunda vez consecutiva, depois de na primeira ter surpreendido tudo e todos e quase ter forçado Cavaco à segunda volta e infringido uma derrota clamorosa a Mário Soares apoiado


O nosso poeta Maior, simpático e em grande forma, é um aristocrata de famílias com veia revolucionária e inconformada com o infortúnio do país e um desportista de eleição, campeão nacional de natação, que já dá braçadas largas para a Presidência da Republica com a sua palavra e o mesmo tom de sempre, de inconformismo, mesmo contra o seu partido de sempre, se for preciso, e o seu estatuto de reserva moral da nação.

 

Candidata-se em nome de uma plataforma cívica e porque valores mais altos o chamaram a inquietar-se, a ele que até poderia ir descansar. Porém ouvir jovens dizer que são da geração “nem-nem”: nem emprego, nem esperança no futuro, calaram fundo neste poeta que sabe interpretar a alma de um povo, como ninguém.

 

Alegre começou por estabelecer as diferenças entre alguns tipos de presidência (França e Áustria) e o nosso, cujos poderes estão consagrados na constituição, mas também com uma forma de exercício decorrente da praxis ditada pelo exercício dos vários presidentes anteriores, que interpretaram tais poderes e moldaram de certa forma a magistratura do PR.


Não teve dúvida em reafirmar que, apesar de ser apoiado por 2 partidos com assento parlamentar, ao contrário da eleição passada, não é refém de ninguém, nem negociou nada seja com quem for. Falará sempre mais alto a sua profunda fé na liberdade, e na ética republicana.


Alegre não é economista, como referiu, e talvez seja uma vantagem. Deu o exemplo do Brasil, onde um presidente, que não é economista, tirou da miséria mais de 23 milhões de brasileiros com programas sociais e, ao contrário do propalado pelas vozes da austeridade e de pressão internacionais, alavancou a economia. De facto, um economista, especialista em finanças, como Cavaco, tem uma grande tentação em ser o farol do executivo, ou guiar esse executivo, ou um super PM, que não é nada bom para a governação, confundindo os papeis e enfraquecendo o poder moderador e de árbitro.


Revelou grande conhecimento da origem dos males que atormentam o país, não negando os défices na educação, na justiça e estruturais, mas também na pressão especulativa de mercados financeiros sem ética, que depois de terem sido socorridos pelos Estados, viram-se vorazmente para recuperar a qualquer custo os seus chorudos lucros. Referiu que as receitas que aportam, sob a capa de “únicas soluções”, é a mesma que levou à crise que se vive.


Defende o rigor das contas, mas estabeleceu clara distinção entre rigor e austeridade. Se for Presidente, não terá a menor dúvida em vetar toda e qualquer lei que ponha em causa o estado social, o serviço nacional de saúde, a educação pública e derrubará a AR, caso constate que o regular funcionamento das instituições está em causa, mesmo que seja o seu partido. Criticou o projecto de revisão do PSD, que colocará um fim ao estado social que todos pretendem defender.


Não vetará uma lei e depois a desvaloriza, como fez Cavaco. Será um árbitro, um garante do bom funcionamento das instituições, mas não ficará calado, nem administrará silêncios, nem alimentará tabus.


Sobre a educação mostrou-se chocado com o facilitismo em que se tem transformado e pugnará pelo ensino com disciplina, rigor e qualidade, para que o desígnio da qualificação dos portugueses possa concretizar-se. Criticou a falta de fluência na língua materna porque os alunos já não lêem os clássicos. Com ele, certamente Camões, Antero, Eça, Camilo, Garret, voltarão a ser referências na aprendizagem.


Manuel Alegre defendeu o peso que a língua, a cultura e a nossa história têm na globalização, fazendo parte do capital que levará Portugal, um país pequeno, a ter um papel Global (como no passado), com reflexos na economia, olhando para o Brasil, Angola e países de expressão portuguesa com uma visão estratégica e não só estes, como em todos em que Portugal esteve primeiro e tem uma palavra a dizer.


Em resposta a uma questão da plateia, referiu que o problema da crescente dívida se resolve com uma economia a crescer, com rigor nas contas públicas, e não na austeridade que vem no receituário dos arautos da desgraça. Lembrou que Obama, nos EUA, está muito mais avançado que a Europa, deitada e enfeitiçada, digo eu, nos braços do capital sem rosto nem ética que nos levará ao calvário com suas receitas venenosas.

Como Presidente, Portugal ganhará um moderador, um árbitro imparcial, uma voz incómoda aos poderes de Bruxelas e a serviço do grande capital financeiro mundial. Uma voz inconformada com o ataque que está a ser perpetrado contra o estado social que conhecemos.


Uma noite que poderia terminar de dia, tal a fluência da palavra e a força certeira com que Alegre nos brindou. Joaquim Jorge só pode estar satisfeito, e de parabéns, pela presença deste candidato à presidência do país no Clube dos Pensadores.


Mário Russo

 

in CLUBE DOS PENSADORES

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 23 Setembro , 2010, 14:34

 

O Clube dos Pensadores vai convidar dia, 27 de Setembro, 2ª feira, às 21:30, o candidato à presidência da República, Manuel Alegre, que estará à conversa no GaiaHotel com o fundador do clube, Joaquim Jorge.

 

O tema em debate vai ser «Presidência da República», informa o CdP em comunicado.


«Manuel Alegre protagoniza uma candidatura presidencial com apoio já expresso do PS e BE. A sua presença insere-se no ciclo da República levado a cabo pelo Clube dos Pensadores, pela presença dos diversos candidatos presidenciais», escreve Joaquim Jorge.

 

ler + in Clube dos Pensadores

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 20 Setembro , 2010, 15:24

Na viragem da primeira década do século XXI, o nosso país tem de responder às dificuldades que atravessa, investindo num projecto centrado em políticas novas e criativas, que coloquem no centro do seu desenvolvimento não só o crescimento económico, mas também o total respeito pelos direitos humanos, com propostas de matriz social e cultural, capazes de mobilizar os portugueses, através de uma dinâmica participativa.


Neste âmbito, desempenha papel relevante a posição que Portugal, integrado no mundo global, ocupa, enquanto membro da União Europeia e parceiro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e do espaço mediterrânico, com os quais é importante promover e consolidar alianças que fortaleçam este património comum como factor de enriquecimento mútuo.

Os problemas estruturais do país e da conjuntura que atravessamos exigem transparência e visão estratégica das lideranças políticas e ousadia dos cidadãos nas respostas para inverter as dificuldades que recaem em especial sobre os sectores sociais mais desfavorecidos. Tornam-se necessárias soluções que partam da realidade e apontem para um discurso novo, mobilizador da juventude, das mulheres e das minorias e de uma cultura da diversidade.


A educação e a qualificação profissional serão cada vez mais o principal motor do desenvolvimento e a base de construção da cidadania. Interessa por isso, promover a Escola como escola de excelência, centro de aprendizagem, promotor de cultura, de cidadania, e de solidariedade.

A justiça carece de equidade no acesso, de uma administração célere e de maior reserva dos seus agentes públicos. O sistema prisional, para além do integral respeito pelos direitos de quem se encontra na condição de detido, tem de promover a reinserção social.


Na saúde, exige-se uma defesa sólida do Serviço Nacional de Saúde, com respostas mais prontas e integradas, rigor na gestão dos recursos e criação de mecanismos de mobilização e fixação dos seus profissionais.


O direito ao trabalho digno e qualificado, justamente remunerado e em condições de segurança para todos, a par do reforço e estímulo à economia nos sectores estratégicos da actividade produtiva, é indispensável para reduzir as desigualdades e dar sustentabilidade ao desenvolvimento do país. Só a segurança social pública, universal, solidária e financeiramente assegurada pode garantir esse mesmo fim.


Na economia e finanças é preciso apostar em políticas que promovam o crescimento e a produção de riqueza, mas simultaneamente a sua redistribuição para se promover uma sociedade mais igualitária e coesa. Assim, também as correcções dos vários défices devem ser feitas quer por via da despesa quer por via da receita e impedindo o aumento das assimetrias dos custos nos ajustamentos.


A política fiscal tem de redistribuir e recolher dos rendimentos reais de cada português, para que a contribuição de cada um seja de facto proporcional ao esforço que cada um pode proporcionar. Só com justiça e transparência fiscal se poderá efectivamente contribuir para a resolução dos problemas do défice das contas públicas e da credibilidade da República.

No sistema político é fundamental preservar o sistema proporcional, permitindo a expressão da pluralidade das forças políticas em cada área ideológica, mas também promover reformas no sentido de incentivar uma actuação mais responsável dos agentes políticos e de dar maior liberdade de voto aos eleitores na escolha dos seus representantes.


Em nome da solidariedade e entre-ajuda, pedras basilares da cidadania e pelo conjunto de razões acima expostas, os signatários apoiam a candidatura de Manuel Alegre a Presidente da República, na convicção de que ele saberá utilizar a sua influência política, a sua autoridade democrática e os poderes que a Constituição lhe confere para mobilizar os portugueses em torno de um projecto político, social e cultural aglutinador, que represente um avanço na conquista de uma sociedade mais igual e solidária.

 

in PRAÇA DA CANÇÃO

 

Nós já subscrevemos. De que estás à espera? Acede aqui.

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:50

 

As candidaturas à presidência da república têm de descolar dos rótulos e dos controleiros e os estados-maiores dessas candidaturas têm de ser coordenadores (e não promotores das acções) envolvendo todos e sacudindo o imobilismo dos que, por não acreditar, querem deixar andar para ver no que dá.

 

Portugal não está em condição de permitir que o marasmo se arraste. Compete aos portugueses avançar com inventiva, com imaginação, com esperança e será nas acções de cidadania, independentemente e para além das das máquinas organizativas, que se espera encontrar o movimento que colocará Alegre em Belém.

 

Espero que quem o quiser fazer não se deixe condicionar. De falinhas mansas e de mãos pelo pêlo já estamos fartos.

 

Vamos a isto!

 

in blog A BARBEARIA DO SR. LUÍS

 

PS.:

De novo, construímos um blog de apoio à candidatura de Manuel Alegre para Presidente da República, tal como em 2005. De novo, acreditamos que é possível colocar um poeta e um socialista  na Presidência da República em 2011.

Mãos à obra. Vamos a isto!

 

Manuel Oliveira

 

 

Hino da Campanha 2005



color=#ff0000>LIVRE E FRATERNO PORTUGAL



size=2>id=iescroller onmouseover=this.scrollamount=0; scrollAmount=2 scrollDelay=100 direction=up width="95%" height=144>language=JavaScript> iescroller.onmouseover=new Function("iescroller.scrollAmount=0"); iescroller.onmouseout=new Function("iescroller.scrollAmount=2");
color=#008000>
Voltar a acreditar neste País
Voltarmos a regar nossa raiz
Voltarmos a sorrir
Sem nuvens a tapar
O sol que vai brilhar no nosso olhar.

Voltar a inventar este lugar
Viver de novo a vida sem esperar
Sonhar o velho sonho
Que temos adiado
E ver este País a acordar.

color=#ff0000>Livre e Fraterno Portugal
Justo e Alegre Portugal
País feito do mar,
País feito do amor,
País do nosso sonho
Portugal

color=#008000>Voltarmos a cantar este País
Que espera para voltar a ser feliz
Que a Praça da Canção
Não seja uma ilusão
E possa ser refrão dentro de nós.

color=#ff0000>Livre e Fraterno Portugal
Justo e Alegre Portugal
País feito do mar,
País feito do amor,
País do nosso sonho
Portugal









































publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:41

Vivemos um momento decisivo na história de Portugal. Num daqueles momentos em que corremos o risco, se não formos vigilantes e determinados, de perder o encontro marcado com um futuro que esteja à altura das nossas aspirações e esperanças, da nossa história, do peso internacional da Língua Portuguesa.

 

As nações não são algo de irreversivelmente adquirido, são um plebiscito quotidiano. Esta afirmação de Benjamin Constant nunca foi tão actual num momento marcado pela crise económica estrutural internacional, que continuará a marcar a reconfiguração das relações económicas, políticas e sociais nos próximos anos e pela situação de emergência nacional em que vivemos.


Precisamos mais do que nunca de ter um Presidente da República que acredite nos portugueses e em Portugal, que não diga que Portugal é um país insustentável, que seja uma mais-valia na afirmação de Portugal na Europa e no Mundo.

 

Precisamos de um Presidente da República que paute sempre a sua actuação pelo interesse nacional, pelo respeito pela Constituição e pela ética republicana como garantia de probidade, como defesa da causa pública e como serviço do país , como se propõe ser Manuel Alegre.

 

É tempo de ter esperança, como afirmou: Ao longo dos séculos o povo português soube sempre vencer as dificuldades e afirmar Portugal, muitas vezes contra as elites entreguistas e capitulacionistas.

 

A nossa luta é por um país mais solidário e menos desigual. Manuel Alegre tem um compromisso prioritário com as vítimas da crise e com todos os que a procuram ultrapassar. Dirijo-me aos portugueses que mais sofrem, aos desempregados, aos jovens em trabalho precário ou à procura do primeiro emprego, dirijo-me aos que em tempos difíceis trabalham e produzem, aos que investem e criam riqueza e não se demitem da sua responsabilidade social, aos que dão o melhor do seu esforço, da sua inteligência e da sua criatividade para enfrentar e vencer a adversidade, dirijo-me aos que não desistem e que resistem, dirijo-me a todos os portugueses e portuguesas que, apesar das dificuldades, não se resignam, não se conformam e continuam a acreditar em Portugal. Porque é disso que se trata: acreditar em Portugal.

 

Acreditar em Portugal passa por utilizar o papel estratégico do Estado para afirmar Portugal no Mundo e na Europa.

 

Temos de criar condições para afirmar o português como aquilo que é, a sexta língua a nível mundial, o que passa como afirmou António Carlos Santos pelos nossos Chefes de Estado fazerem sempre os seus discursos mais importantes em português nas instãncias internacionais e, acrescento, por uma acção diplomática vigorosa que permita coroar de sucesso os esforços que têm vindo a ser desenvolvidos para tornar o português língua de trabalho das Nações Unidas.

 

Temos de valorizar o que nos pode projectar a nível mundial. Como afirmou Manuel Alegre: Num mundo globalizado e de forte interdependência, temos de saber recuperar, preservar e valorizar os nossos diferentes patrimónios, a História, a cultura, a língua, os sítios, as paisagens, a fauna, a flora, a biodiversidade, tudo aquilo que afirma a nossa diferença e a nossa singularidade.

 

Manuel Alegre defende a Europa como projecto democrático de cidadania e de coesão social e também de cultura , mas não ignora os riscos e os desafios com que estamos confrontados a nível europeu.

 

Não podemos esquecer a dimensão euro atlântica , acrescentou, e bem, Manuel Alegre, Não apenas na perspectiva da afirmação e internacionalização da língua e do desenvolvimento das relações económicas, mas no da constituição de um novo espaço político e cultural. Não é por acaso que um número crescente de países se tem aproximado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

 

A capacidade de Manuel Alegre saber dialogar e estabelecer pontes, está bem patente no facto de ter o apoio expresso do partido que está no governo, o seu, o Partido Socialista, e do Bloco de Esquerda, na oposição, para além do MIC (Movimento de Intervenção e Cidadania) e de um número crescente de cidadãos sem filiação partidária de vários quadrantes políticos.


O apoio claro do PS, bem expresso por Edite Estrela aqui, e o apoio do Bloco de Esquerda a Manuel Alegre são factos positivos, que tornam nervosos os apoiantes de Cavaco Silva, como se viu este fim-de-semana.

 

Manuel Alegre é um candidato que sempre preservou a sua independência a sua liberdade de consciência e de decisão.

 

A crise que enfrentamos exige Manuel Alegre como Presidente da República a partir do próximo ano. Vamos lutar para vencer e para o eleger Presidente da República.

 

José Leitão

in blog inclusaoecidadania.blogspot.com 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:40

É muito estranho que aqueles que se insurgem contra as dissonâncias de Alegre, em face da linha dominante no PS, em conjunturas passadas, não hesitem agora, por si próprios, em fazer aquilo que consideram um pecado mortal quando cometido por ele.

 

De facto, quem pensar que outros têm um dever absoluto, de nunca estarem em contradição com a linha dominante de um partido a que pertençam, não é coerente consigo próprio se depois se autorizar a estar contra essa linha noutra circunstância. Por isso, os que se recusam a apoiar Alegre por causa de alegadas dissonâncias em face do PS, estão afinal agora a praticar aquilo que lhe censuram.

 

Isto para não falar num outro estranho esquecimento: sem o contributo político de Manuel Alegre teria sido praticamente impossível que tivéssemos reconquistado a Presidência da Câmara de Lisboa. E já agora recordem também a presença de Alegre, enormemente ovacionada no Comício de Coimbra das últimas legislativas. Enfim, memórias selectivas.

 

Mas se posso compreender a lógica de ressentimento que leva alguns socialistas a não apoiarem o candidato apoiado pelo PS, mesmo que de modo algum a partilhe ou ache razoável, já me parece verdadeiramente absurdo que algum socialista possa pensar sequer em apoiar um candidato politicamente oportunista como é o caso do Nobre, que ainda por cima é um protagonista de relevo na pequena legião reaccionária que segue o candidato miguelista ao inexistente trono português e já se revelou durante a campanha como um banal expoente da direita ideológica. Digo que é politicamente absurdo para não dizer que é civicamente vergonhoso para qualquer republicano, para qualquer socialista, que não seja politicamente tonto apoiar o tal Nobre.

 

Rui Namorado

in blog “O Grande Zoo”

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:40

Manuel Alegre fez, no pretérito e simbólico passado dia 11, a reentre da campanha eleitoral com vista à sua eleição presidencial que acontecerá em Janeiro próximo e fê-lo assumindo um conjunto de compromissos os quais, segundo ele próprio e conforme grande parte da população reconhece, o seu mais directo opositor (ainda que não assumido) o não pode fazer, tanto pela sua postura de ambiguidades assim como pelo vínculo comprometido que tem com a ala mais conservadora e retrógrada da sociedade portuguesa.

De forma clara e inequivocamente assumida MA referiu que com ele na presidência os portugueses têm a garantia que:

  • “Nenhum governo nem a Assembleia da República” aprovarão leis que visem despedimentos sem justa causa;
  • Que o serviço nacional de saúde, tendencialmente gratuito, não será substituído pelos hospitais privados;
  • Que o ensino particular e cooperativo não tomará o lugar do ensino público, com ele conviverão de forma harmoniosa e em complementaridade;
  • Que a ética republicana e os restantes valores que consubstanciam uma são vivencia democrática serão uma exigência constante à governação da administração publica, directa e descentralizada, assim como à administração autárquica. A mesma exigência será feita aos actores económicos, políticos e sociais.
  • A economia e a política serão instrumentos colocados, mais igualitariamente, à disponibilidade de todos de modo a que se diminuam as assimetrias económicas e sociais que ultimamente se têm acentuado tanto no país como na Europa, a cujo espaço político pertencemos, e no mundo onde temos obrigação de influir mais convictamente.

O candidato, Manuel Alegre, assume compromissos que, pelo menos alguns, outros, efectivamente, não têm condições de assumir.

A eleição não está certa nem segura, têm, o candidato e seus apoiantes, muito trabalho pela frente. Sendo eleito nós, por aqui, estaremos para relembrar estes e os mais compromissos assumidos.

 

in blog LUMINÁRIA

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:39

Edite Estrela escreveu uma carta aos seus camaradas. Embora não sendo camarada de Edite, o texto chegou-me às mãos. É uma carta de instigação e de crítica, por igual impetuosas. Num Portugal entediado, precaucionista, com vocação concêntrica para a manhosice e as meias palavras, o texto de Edite Estrela constitui um tonificante sobressalto. Entendem-se as preocupações subjacentes. Já se não entende o alarido indisposto da Direita, a qual, à falta de melhor argumento, fala, indignadíssima, que Edite Estrela "roça o insulto" ao Presidente da Republica [Marcelo Rebelo de Sousa dixit].

 

Andei, infatigável e arfante, à procura do insulto de Edite, da injúria de Edite, do indecoro de Edite. Vasculhei a prosa; procedi a um varejo intenso e minucioso; esquadrinhei o adjectivo; perscrutei as eventuais insinuações que se escondessem, sinistramente, por detrás das locuções adverbiais. Nada. A carta mais não adianta do que repetir o que muitos portugueses alfabetizados pensam e dizem do dr. Cavaco. E fá--lo com prudência, com equilíbrio e com gramática. Não diz que o rei vai nu. Aponta os perigos que o reino corre com este rei vestido, crispado, desprovido de ironia, regido por um projecto político no qual o humanismo e a compaixão estão ausentes. Nem um sopro de novidade. Diz Borges que os homens assim configurados ocultam sempre algo de sinistro. Diz Borges, não Edite.

 

Parece-me que o furor do PSD tem mais a ver com o lumbago do que com angústias existenciais. Lê-se o que, por encomenda, diz Jorge Moreira da Silva, e não se acredita. Moreira da Silva é uma figura irrelevante, mas não deixa de ser vice de Passos Coelho, e antigo assessor do dr. Cavaco. Moreira foi encarregado de responder a Edite, em nome da artificiosa emoção causada, no partido, pela carta. São declarações confrangedoras, por desajustadas e medíocres.

 

Depois da inabilidade demonstrada nas anunciadas alterações à Constituição, do consequente trambolhão nas sondagens, e da dubiedade nas posições sobre o Orçamento, Pedro Passos Coelho continua a passeata displicente para o despenhadeiro. Ou as cabeças dos seus conselheiros riscam o diamante ou são socialistas infiltrados. Passos parece não dispor de muitas ideias de seu. De disparate em disparate criou, agora, este ilusório problema. E arrastou o dr. Cavaco para afirmações infelizes, indicativas de que este não leu a carta. Ao asseverar que é "pessoa educada", o dr. Cavaco acusa, subrepticiamente, Edite Estrela de má educação, acaso por ela defender Manuel Alegre, promover a "vitória da cultura contra a tecnocracia" e contrariar "uma visão restrita e preconceituosa" da sociedade. Mas não há, no texto, um pingo de descortesia. Apenas meia dúzia de verdades.

 

BAPTISTA-BASTOS

 

in DN – 15/09/2010


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:38

“Car@ Camarada,

Car@ Amig@,

 

No início do próximo ano, vamos ser chamados a escolher o novo Presidente da República. Trata-se de uma eleição muito importante para o nosso futuro colectivo.

 

A acção política do Presidente da República é determinante para a estabilidade política do país. Sem estabilidade política, as medidas de recuperação da economia e de coesão social do governo não alcançarão os resultados que o País reclama e o governo pretende.

 

O actual Presidente nunca perdeu uma oportunidade de se demarcar do governo, de dificultar, aberta ou dissimuladamente,  a sua acção, e até de obstruir deliberadamente muitas medidas constantes do programa eleitoral sufragado pelo povo português. Durante o seu mandato, foram frequentes as quezílias, intrigas e até campanhas, dirigidas por assessores da sua confiança, destinadas a atingir a idoneidade do governo e do primeiro-ministro.

 

Os socialistas têm de estar conscientes de que, nas próximas eleições presidenciais, se vai definir o rumo político do País para os próximos anos. A reeleição de Cavaco Silva abrirá as portas a um governo do PSD e a políticas conservadoras e neo-liberais: o serviço nacional de saúde, a igualdade de acesso à educação, as políticas de coesão social, os direitos laborais, tudo será revisto e alterado.

 

As candidaturas às eleições presidenciais não emergem dos partidos. São candidaturas independentes apoiadas ou não por partidos políticos. Oportunamente, o PS deu o seu apoio inequívoco ao camarada Manuel Alegre, um histórico do PS e uma referência do Portugal democrático.  

  

A eleição de Manuel Alegre dá garantias a todos os portugueses de que o Estado Social, que tem sido a imagem de marca dos governos socialistas, é para ser preservado e defendido.

 

A eleição de Manuel Alegre dá condições de estabilidade à acção governativa, indispensável à credibilização externa do País, ao desenvolvimento económico e à criação de emprego.

 

A eleição de Manuel Alegre será a vitória de uma visão social aberta e universalista sobre uma visão social restrita e preconceituosa; a vitória dos valores do humanismo sobre o materialismo; a vitória de uma sociedade plural e paritária sobre uma sociedade que não respeita a diferença nem promove a igualdade; a vitória da Cultura sobre a tecnocracia.

 

A candidatura de Manuel Alegre é um espaço de cidadania aberto à participação cívica de todos os Cidadãos Eleitores e na qual os militantes socialistas se devem empenhar activamente, dando o seu inestimável contributo para a desejada vitória. A recolha de assinaturas é uma forma activa de participação cívica em que devemos participar.

 

A Constituição da República Portuguesa e a lei eleitoral determinam que sejam entregues, no Tribunal Constitucional, entre 7500 e 15000 Declarações de Proponentes onde cada cidadão eleitor, devidamente identificado, subscreve uma Declaração de Propositura individual e certifica, através da Junta de Freguesia, a sua inscrição no recenseamento eleitoral.

 

Saudações Socialistas,

 

Edite Estrela


Secretária Nacional do PS

Presidente da Delegação Socialista Portuguesa no Parlamento Europeu

 

 

Texto de e-mail que recebi e  sobre o qual estou totalmente de acordo.

Manuel Oliveira

 

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:26

 

Olá, boa tarde, devo antes de mais confessar a minha aflição pois não estava à espera de falar. E também sou um pouco um autor à procura da personagem, como há pouco foi dito. Mas há duas ou três coisas que eu gostaria de dizer, ia quase dizer duas ou três “bocas” que eu gostava de lançar aqui, se me permitem.

 

Já que fui apanhado de surpresa e estou no palco, começava por contar uma história de teatro - já chego à política, não se assustem - que me contou um actor que está a trabalhar comigo e que fez uma encenação para um grupo de teatro amador. A certa altura, havia um senhor de teatro amador, um apaixonado por teatro mas que não sabia muito bem as convenções do teatro, as regras dos ensaios, nunca cumpria a deixa, o momento em que tinha que falar para o lado ou ouvir o outro, já não sei, nunca cumpria a deixa na altura certa. O encenador, este meu amigo, dizia-lhe uma e outra vez «é naquele momento, senhor». Era um senhor mais velho, portanto ele tinha uma certa cerimónia. «Não se esqueça, naquele momento tem de se virar para o lado e fazer que está a ouvir o outro». Isto, durante vários ensaios, aconteceu muitas vezes até que, não sei, à décima vez, à vigésima vez, o senhor virou-se para este meu amigo, para o encenador, e disse «Olhe, não se preocupe, senhor encenador, que eu depois lá faço».

 

E, à parte a piada, parece-me que a política, a nossa relação com a política hoje, não só da minha geração, não só de pessoas mais novas - embora eu seja um novo com cabelos brancos e barbas já esbranquiçadas - sofre um pouco desta doença, a doença do «eu depois lá faço», como se a democracia fosse naquele dia ir pôr lá uma cruz, e não fosse todos os dias um esforço quotidiano de pensarmos como é que podemos transformar isto para melhor. «Não se assustem, eu depois lá faço».

 

Porque também me fazem a tal pergunta «por que é que te meteste nisto?» «És escritor, (não digo que tenhas “a tua vida organizadinha”), mas por que é que te meteste nisto?» E a resposta é um pouco isto: porque eu sinto que devíamos ir além do «depois lá faço». Devíamos todos os dias, na medida do possível, quando nos convidam, quando temos oportunidade, no nosso bairro, na nossa igreja, na nossa junta de freguesia, no nosso grupo de amigos, seja onde for, fazer política. Nós agora, numa sala, dizemos “política” - e eu tive também agora essa experiência nos ensaios duma peça que mete uma questão política, eu disse “política” - e fica tudo de pé atrás, ou se sai da sala, ou se dá uma gargalhada, como se de repente “política” fosse uma palavra feia, uma palavra proibida. Política e cultura, já agora, que é uma palavra que começa a aparecer sempre entre aspas.

 

Acho que grande parte do nosso esforço aqui, nesta candidatura do Manuel Alegre, tem um pouco a ver com isso, de voltarmos a acreditar na política, voltarmos a usar a política como uma ferramenta, uma arma, não sei se a palavra ainda se pode usar, de transformação da sociedade e do nosso mundo.

 

(Eu tenho que fazer estas pausas que é para pensar onde é que vou a seguir. Se puderem aplaudir nas minhas pausas isso era óptimo, porque assim dá-me tempo.)

 

Depois, além deste sobressalto de alma de voltarmos a acreditar na política, de limparmos um pouco este «mau nome» que a política parece ter nas nossas vidas, não sei como, ou sei, há um outro aspecto que me parece essencial neste gesto político do Manuel Alegre que nós estamos aqui para apoiar. E que tem a ver com uma ideia de transformação, de mudança. Parece-me que esta candidatura é a única, nas presidenciais, que realmente transporta essa ideia, essa bandeira de mudança, essa vontade, a ideia de que realmente o sonho pode transformar, de que a política a sério, como um dia acreditámos, não é um conto de fadas, não é uma coisa do passado, pelo contrário, tem que ser um caminho para o futuro, um corredor para o lugar onde queremos levar Portugal.

 

E, finalmente (antes que eu me torne num actor e ponha alguns actores meus amigos no desemprego, porque isto de autor não está a funcionar) a ideia de uma transformação positiva, de não nos contentarmos com o mero protesto, com a mera conversa de café a dizer «esses malandros», «eles», esses «eles» da política, como se a política fosse destes senhores de gravata e não fosse de todos nós, mesmo destes autores que não se sabem muito bem vestir para estas ocasiões e que não estavam à espera destes holofotes. Uma visão positiva, não só dizer não, que é fácil, estar no café, estar no sofá, a mudar o canal e a dizer «Não!» «Não!» «Não!». A possibilidade de dizermos que sim, que queremos isto, e isso implica necessariamente ideologia, isso implica ideias, isso implica saber para onde se vai e não ver o jogo político como uma espécie de cerimónia de tabuleiro, de silêncios, tabus e pró-formas. Saber que a política é mais do que isso, é saber para onde queremos ir, não é um jogo de salão.

 

E duma coisa eu tenho a certeza: Manuel Alegre não vai ficar preso num silêncio, não vai ficar preso numa redoma de pró-formas de “estabilidade” entre aspas, “estabilidade” com várias aspas. Ele sabe que a palavra pode mudar o Mundo. A palavra é um gesto, quando bem usada, quando usada da forma certa, ao microfone certo (não sei se aqui será o da esquerda se o da direita, vocês dirão).

 

Viva Manuel Alegre, Viva Portugal.

 

Jacinto Lucas Pires

Mandatário Juventude

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:21

 

Caro Manuel Alegre, Caros Amigos e Companheiros,


A questão que muita gente me põe é «porque é que tu te foste meter nisto?»
«Estavas tu, António, posto em sossego, com a tua vidinha organizada, tu que não tens filiação partidária, nem ambições políticas… porque é que te foste meter nisto, António?»


Bom, a resposta é porque não gosto de desistir antes do combate. Porque acho que não se deve atirar a toalha ao chão antes da luta. E, sobretudo, porque confio em Manuel Alegre, confio na sua equipa, confio que ele é o único candidato capaz de derrotar a candidatura que, independentemente de quem seja, objectivamente representará os interesses da alta finança e do capital especulativo, representará os interesses das camadas mais conservadoras e, direi mesmo, retrógradas, da sociedade portuguesa.

 

Há, no entanto, quatro razões especiais, pela positiva e quatro razões pela negativa, para apoiar Manuel Alegre.

 

Primeira razão, Manuel Alegre é uma garantia de defesa convicta dos valores inscritos na Constituição da República. Alguém que sabe, na pele, que a democracia política e a liberdade são bens que não têm preço, que a democracia política é indissociável da democracia representativa, que esta é indissociável da existência dos partidos, da liberdade de expressão e da liberdade de pensamento. Mas é alguém que também sabe , por experiência própria, que a democracia política não se reduz na democracia representativa, antes exige o reforço da democracia participativa, a democratização da própria democracia, cujas raízes são a participação civica, afinal aquilo que nos move, a militância cidadã, a vigilância dos poderes formais ou fácticos, o escrutínio dos decisores políticos, públicos ou privados.

 

Segunda razão, Alegre não tem uma visão elitista da democracia. Sabe que se não for ancorada num processo de democratização económico, social e cultural, a democracia política arrisca-se a não passar de uma fórmula mágica. Sabe que a democracia económica, social e cultural não decorre automaticamente do mercado e da concorrência, que, por definição, são mecanismos de eficiência económica, mas não mecanismos que permitam a construção duma sociedade mais justa, mais solidária e menos ignorante. O papel do Estado, de um Estado ágil, e da política, não da burocracia ou da tecnocracia, continua a ser central neste processo. O Estado é, por definição, o espaço da democracia, o espaço da política, da afirmação da política enquanto uma das mais nobres tarefas da vida colectiva. Ao Estado compete definir as linhas estratégicas dessa acção colectiva. Ao Estado compete em cada momento procurar encontrar a melhor concertação possível de interesses e perspectivas em confronto numa sociedade que é, por definição, conflitual.

 

Terceira razão, Manuel Alegre é um homem de cultura. Um homem corajoso, íntegro e de convicções, um humanista, alguém capaz de ouvir e de dar voz pública a quem a não tem e que não esvazia as suas convicções por meros cálculos políticos tacticistas. Alguém que se filia nas melhores tradições do liberalismo político, em matéria como a defesa das liberdades civis e políticas, a defesa do Estado de Direito e de uma União Europeia baseada no Direito, e o reconhecimento da dignidade das mulheres e dos homens e da liberdade que lhes assiste de, sem interferências do Estado a cercear a escolha dos modos de vida que só às pessoas compete, procurarem no Mundo a felicidade possível. Mas Alegre sabe igualmente que as liberdades civis e políticas não podem estar subordinadas às liberdades económicas. Sabe que a economia, como ainda há pouco foi dito, é um meio ao serviço da comunidade e não um fim em si mesmo. A defesa do Estado social e do Estado estratégico feita por Manuel Alegre entronca, exactamente, nestes pressupostos.

 

Quarta, Manuel Alegre é um espírito independente e um negociador capaz de aprofundar pontes. O apoio de dois partidos políticos, o PS, no Governo e o Bloco de Esquerda, na oposição, dois partidos com histórias e percursos diferentes, com visões distintas da política, da economia e da sociedada, o apoio destes dois partidos à candidatura de Manuel Alegre é exactamente a prova disso mesmo. É o reconhecimento de que Manuel Alegre é um coração independente e um homem que, sem renegar convicções sabe criar compromissos. O PS e o Bloco podem discordar em muita coisa, mas estes dois partidos, bem como outros movimentos que apoiam Manuel Alegre, compreenderam uma coisa: as eleições presidenciais não são eleições para o Parlamento e o melhor candidato, neste momento, para vencer estas eleições, derrotando o candidato dos interesses, qualquer que este venha a ser, é Manuel Alegre.

 

Já seria muito para apoiar activamente a candidatura de Manuel Alegre, mas há mais, agora pela negativa:

 

Primeiro, Manuel Alegre nunca foi Primeiro-ministro pelo que não terá a tentação perversa de se substituir ao executivo. Nem terá necessidade de fazer autocrítica, criticando o monstro burocrático, pois ele não ajudou a criá-lo. E também não dirá, com insustentável leveza, que a situação portuguesa é insustentável, contribuindo para repercussões negativas nos mercados financeiros internacionais, sem retirar dessa gravíssima afirmação as necessárias consequências.

 

Segundo, Manuel Alegre nunca foi Ministro das Finanças, nem teve qualquer pretensão a sê-lo, mesmo nos distantes tempos das vacas gordas, em que não havia Pacto de Estabilidade e Crescimento e escorriam rios de dinheiro vindos de Bruxelas. Não cairá assim, no pecado de reduzir a vida política ao cumprimento do Pacto de Estabilidade ou das metas orçamentais.

 

Terceiro, e aqui alguns dos presentes que me perdoem, Manuel Alegre não é economista. Lula também não é e nem por isso deixou de cumprir com assinalável êxito as suas funções. Não sendo Manuel Alegre um economista, não terá necessidade de o afirmar a toda a hora e de comparar-se com algum prémio Nobel da economia. Também não o veremos a fazer previsões económicas, daquelas que raramente se concretizam e se, porventura, as fizer, não terá problemas em emitir um humilde pedido de desculpas pela floresta de enganos que possa ter proporcionado. É que, confesso, já estou farto de enfatuadas declarações de pessoas que pensam que a economia é uma ciência exacta como a matemática e não economia política, que procuram impor soluções politicas em nome de leis cientificas que não resistem ao abanão de uma crise financeira mundial. Para mim, economista que não previu a crise não merece grande credibilidade. Não me posso esquecer daqueles que desvalorizaram a importância desta crise ou só deram por ela em fins de 2008.

 

Faço um parêntesis para afirmar que a crise é e continua a ser grave. Que esta crise nos leva a viver num estado de emergência económica. E para o demonstrar socorro-me das palavras da Comissão Europeia que há pouco tempo disse, referindo-se à União Europeia, o seguinte (e passo a citar):
«A recente crise económica não tem precedentes para a nossa geração. Os progressos graduais do crescimento económico e da criação de emprego verificados durante a última década foram anulados. O nosso PIB desceu 4% em 2009, a nossa produção industrial regressou ao nível dos anos 90 e o desemprego afecta agora 23 milhões de pessoas, ou seja, 10% da população activa da Europa. A crise foi um tremendo choque para milhões de cidadãos e expôs algumas fraquezas estruturais da nossa economia. A situação, devido à crise, tornou muito mais dicifil garantir o crescimento económico futuro. A situação ainda frágil do nosso sistema financeiro está a atrasar a recuperação dado que as empresas e as famílias têm dificuldades em contrair empréstimos, gastar e investir. As nossas finanças públicas foram seriamente afectadas atingindo os défices em média 7% do PIB e os níveis de dívida mais de 80%. Deste modo, 20 anos de consolidação orçamental foram perdidos apenas em dois anos de crise. O nosso potencial de crescimento foi reduzido para metade durante a crise e muitos projectos de investimento, talentos e ideias arriscam-se a ser desperdiçados devido à incerteza, à reduzida dinâmica da procura e à falta de financiamento»

 

Direi, que para sair desta crise, não basta acenar com o cumprimento das metas de Bruxelas. Ninguém se mobiliza com o cumprimento do PEC. É preciso dar uma palavra de esperança aos portugueses, a esperança de que a vida melhore e a austeridade tenha fim. E essa esperança – e não o silêncio - é

uma das coisas que se espera de um Presidente da República.

 

Quarta razão, que para mim não é das menos importantes: não vou ver Manuel Alegre fazer discursos de Estado em inglês, abandonando a mestria com que domina a língua mater. Atento aos valores da cultura e da identidade nacional, conhecedor da nossa história e dos nossos principais pensadores, será um presidente que procurará contribuir para que o português, a sexta língua mais falada no Mundo, tenha o reconhecimento de estatuto de língua internacional em todas as organizações internacionais. Direi mais, neste particular, será certamente um seguidor de um outro Presidente da República, Mário Soares, a quem, honra lhe seja feita, nunca ouvi um discurso de Estado em inglês.

 

Quem seguir a imprensa e ler ou ouvir a maioria dos fazedores de opinião, em especial aqueles que representam as vozes dos interesses, dá conta de um certo nervosismo que, nos últimos dias, começa a instalar-se.

 

Dois exemplos: o eterno Professor, aquele que de manhã quando se vê ao seu espelho pensa «eu deveria chamar-me Eu…génio» e que , pela centésima vez, qual autor à procura duma personagem, faz os treinos para a próxima campanha presidencial, vem no seu inconfundível estilo aconselhar Edite Estrela a ter um discurso de apoio a Manuel Alegre mais inteligente (o seu?), ao mesmo tempo que garante, não sei bem como, que o actual Presidente da República é e será no próximo mandato um esteio de estabilidade política. No fundo, o que pretende evitar é que seja feito um balanço político da acção do actual Presidente da República, pois esse balanço revela fragilidades políticas inadmissíveis; e, não raro, criou crises artificiais, como no caso dos Açores, silêncios estridentes, como na apreciação da crise financeira e confusões entre a pessoa e a representação institucional, como no caso Saramago.

 

Segundo exemplo: um recente comentário de um literato, eternamente à procura da Glória, daqueles que de tudo falam porque de tudo sabem. As declarações de Manuel Alegre a propósito das decisões sobre o reforço da supervisão a priori sobre os orçamentos nacionais dos Estados Membros, foi objecto de um comentário tipo chicana, um comentário que afinal revela o grande desconhecimento das matérias por parte de quem o escreveu. Em primeiro lugar, converte essa instituição máscula que é o Ecofin na Ecofin, atribuindo-lhe o sexo feminino. Em segundo lugar, mais grave ainda para quem tem uma esmerada educação britânica, comete um enorme erro de tradução, fala de uniformidade fiscal, quando quer falar de uniformidade financeira. E no resto do comentário limita-se a copiar uma técnica do nosso conhecido Professor. Começa por afirmar que, por um lado, no plano formal, Manuel Alegre até tem razão, mas na substância não, pois há é que apoiar a posição dos credores. E esquece-se que o plano formal é o plano do direito, é o plano que legítima ou não as decisões tomadas no plano politico. Esta desvalorização do plano formal está nos antípodas do liberalismo político que diz defender, assente nos conceitos de Estado de Direito e de Comunidade de direito. De resto, quando Manuel Alegre diz que a decisão “belisca” a soberania portuguesa, não diz mais do que aquilo que foi dito pelo Presidente do Conselho Europeu na véspera, a 6 de Setembro, quando este afirmou que (passo a citar) «o endurecimento da disciplina orçamental «representa, no fim de contas, uma cessão da soberania a Bruxelas». Nem mais, nem menos. Dito pelo Presidente do Conselho Europeu isto é aceitável, dito pelo Manuel Alegre, não é. Ora, a verdadeira questão é que essa cessão, pelo menos por agora, não resulta, de facto, nem dos Tratados, nem sequer de nenhum regulamento europeu. Resulta apenas de um mero código de conduta que, a exemplo de outros, são instrumentos que, a meu ver, deveriam ser cada vez mais erradicadas da Europa, se a Europa quiser seguir o caminho duma sociedade democrática. E, mesmo no conteúdo, ainda hoje o Professor Daniel Bessa dizia que provavelmente a decisão que foi tomada no Ecofin não vai servir para nada, não acrescenta nada em relação aquilo que já existe. E, de facto, assim parece. De qualquer modo, o que pretende este comentador é uma outra coisa. O comentário tem apenas por objectivo colar a candidatura do Manuel Alegre a um dos partidos politicos que a apoia. É portanto pura propaganda política de campanha eleitoral e sem a fiscalização da entidade de contas.

 

Amigos e companheiros,


Vamos fazer uma campanha austera, uma campanha que não vai ter grandes gastos, porque essa deve ser a filosofia das campanhas, ainda mais, numa época de austeridade. Desafiamos que as outras candidaturas façam exactamente o mesmo. A austeridade quando nasce é para todos.
Uma campanha austera, mas entusiasta e inventiva. Pensamos que será muito importante a participação da juventude nesta campanha, porque os valores que são defendidos por Manuel Alegre não são valores do passado, do antigamente, que já morreram, como alguns tentam fazer crer em nome de uma qualquer pós-modernidade. Bem pelo contrário, são valores de sempre. Até hoje nenhum dos problemas que a pulsão especulativa do capitalismo nos trouxe está verdadeiramente resolvido.

 

O caminho é difícil, mas a meta não é impossível de atingir: Manuel Alegre não tem certamente duas mil notícias sobre si nos últimos anos nas televisões e noutros meios de comunicação. Mas terá a força da razão.

 

É necessário que isto seja dito: o principal adversário da campanha de Manuel Alegre é a abstenção. Se esse adversário for vencido, a segunda volta está ao seu alcance. E se atingir, como espero, a segunda volta, a sua vitória é possível e desejável. Desejável porquê? Porque é tempo de ter esperança. Desejável sobretudo porque, na Presidência da República, Portugal merece melhor. É tempo de não termos medo de termos um homem de cultura na Presidência.

Viva Manuel Alegre,

 

Viva Portugal!

 

António Carlos dos Santos

Mandatário Financeiro

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:04

 

 

Encontramo-nos hoje, aqui, num momento importante para o aprofundamento da vida democrática do nosso País, que o mesmo é dizer, da nossa vida colectiva enquanto Portugueses e cidadãos do Mundo.

 

Uma eleição para a Presidência da República que pressupõe a escolha entre candidatos, propicia uma reflexão profunda sobre a identidade do País, sobre a essência do regime democrático no universo em que nos integramos e sobre qual o protagonista que consideramos à altura de promover e aprofundar o conjunto de valores em que nos revemos e também à altura de prestigiar o País no contexto nacional e internacional em que nos inserimos.

 

Na verdade, o Presidente da República, é bem mais do que o garante da independência nacional, da unidade do funcionamento do Estado e do regular funcionamento das instituições democráticas bem como, por inerência, comandante supremo das forças armadas. Ele representa a República Portuguesa e jura defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República. E ao ser um órgão unipessoal, eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos portugueses, é também directamente responsável junto de cada um deles pelo efectivo cumprimento das suas funções. E perante um quadro tão alargado de competências e um quadro tão estruturante do ponto de vista do aperfeiçoamento e do aprofundamento da nossa vida democrática colectiva, o perfil e a personalidade do Presidente da República devem e têm que coincidir com as escolhas que cada um de nós faz, sobre o quadro de valores em que acredita, sobre o tipo de sociedade que defende, sobre a visão do País que tem e sobre o papel de Portugal no mundo. E nenhum de nós é neutro e, seguramente, nenhum candidato à Presidência da República o é também.

 

Por isso escolher, e escolher bem, em quem votar é essencial. Vivemos, todos estamos certos disso, num mundo de especial complexidade, no contexto nacional, regional europeu e mundial. Um mundo de profundas alterações geoestratégicas que põem em causa equilíbrios até agora conhecidos. E um mundo onde múltiplas forças, de origem por vezes difícil de identificar, pretendem sobrepor-se aos poderes soberanos e democráticos. Estas forças caracterizam-se, em traços muito gerais, pela inversão das hierarquias, dos interesses relativamente aos valores, das pessoas ao serviço da economia, em vez da economia ao serviço das pessoas, das instrumentalização da dignidade humana, da substituição da honestidade e da solidariedade pela cupidez e ostentação, da supremacia do interesse privado sobre o interesse público, do turbo-consumo emocional sobre a racionalidade e a liberdade das escolhas, do hiper individualismo sobre a solidariedade entre pessoas e entre gerações.

 

Este contexto exige, do supremo magistrado de uma nação, preparação e capacidade de intervenção política. À tecnocracia e ao pragmatismo não se responde com tecnalidades e com relativismo. À tecnocracia e ao pragmatismo responde-se com política. Política no que ela significa de decisões ao serviço do interesse colectivo, política no que ela significa de escolha de quadros de valores referenciais de uma sociedade, política no que ela significa na construção duma sociedade livre, justa e solidária, assente na dignidade da pessoa humana, como estabelece aliás logo o artigo primeiro da nossa Constituição. E não se responde com retórica mas com exemplo.

 

E é à luz desta leitura que a personalidade do Presidente da República é fundamental para assegurar que, quando ele representa a República Portuguesa no contexto nacional, os cidadãos portugueses nele se revejam na sua matriz identitária; quando ele representa Portugal na cena internacional, afirme a nossa história, a nossa identidade cultural e o lugar de Portugal e dos portugueses no Mundo, enquanto obreiros activos que devemos e queremos ser de uma sociedade onde a ética humanista tem que ter o seu lugar, onde sem direitos e deveres sociais não existem direitos individuais fundamentais nem liberdades, onde a economia predadora e especulativa deve ceder perante a economia criadora de emprego, respeitadora de direitos e fumentadora da justa distribuição de riqueza. E também uma sociedade onde a ideia de ser idêntico a si mesmo evolua no sentido de partilhar uma identidade com outros indivíduos de outras raças, de outras religiões, de outras culturas.

 

Um Presidente que faça respeitar o nosso País na Europa, no contexto internacional e que, no contexto interno, garanta a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas. Que interprete bem o conceito da separação de poderes, conjugado com o da interdependência dos mesmos, reconquistando e aprofundando o prestígio das instituições e a nossa auto-estima, por forma a fazer-nos sair do quadro vicioso, opressivo e depressivo colectivo e global em que nos encontramos.

 

Um Presidente que nos faça acreditar em nós próprios, que nos faça ter confiança em nós próprios e que nos faça reconquistar a respeitabilidade e o reconhecimento que merecemos. Como diz Adonis, o compromisso político é, por natureza, anti-poético, mas a poesia abre um mundo novo de novas relações entre as coisas e os homens, catapulta-nos para outra dimensão e para outro patamar. Por isso um Presidente que acrescente uma nova dimensão intelectual criativa, que nos faça ver de forma diferente, perscrutando o sentir das pessoas, o sentido relacional das pessoas e das coisas, que acrescente imaterialidade, emoção e sentimento à nossa condição material e nos faça revisitar o nosso interior, para que encontremos o sentido da nossa vida e o papel de cada um de nós na construção de um mundo mais justo, mais solidário, mais tolerante e mais plural, um Presidente assim, é alguém que nos liberta.

 

Por tudo isto Manuel Alegre é o nosso candidato à Presidência da República. O poeta da liberdade e da libertação. E o homem político experiente, firme, independente e estruturado, que é capaz de interpretar a nossa matriz identitária e o papel de Portugal no Mundo. Cultor da língua e da sua dimensão ao serviço do cruzamento de culturas e da construção dum universo plural e diversificado, onde Portugal e a Língua Portuguesa tenham palavra. Um homem que vê não apenas o que lhe mostram, mas aquilo que os seus olhos alcançam.

 

Estamos aqui com força, energia, determinação e convicção porque sabemos o quão crucial é a vitória do nosso candidato nas próximas eleições presidenciais. Respondamos à chamada e iniciemos esta cruzada com alegria.

 

Viva Manuel Alegre, Viva Portugal.

 

 

Maria de Belém

Mandatária Nacional

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 17:53







publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 17:42

Alegre no CCB em Lisboa

 

 

Amigos, companheiros e camaradas


Na pessoa de António Almeida Santos, Presidente do PS e com muita honra o meu partido, na pessoa de José Manuel Pureza, Presidente do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, na pessoa do José Faria e Costa, Presidente da Assembleia Geral do Movimento de Intervenção e Cidadania, saúdo os dirigentes dos partidos políticos e dos movimentos cívicos aqui presentes, saúdo todos os independentes e voluntários, saúdo os mandatários nacionais e os mandatários e coordenadores distritais que vieram de todo o país, incluindo as Regiões Autónomas, para as reuniões de trabalho que antecederam esta sessão que tem um objectivo claro que a todos nos une e mobiliza: a vitória.

 

Saúdo os cidadãos que já apresentaram a sua candidatura e até o que, não a tendo formalizado, é aquele que há mais tempo está em campanha.

 

Uma palavra de homenagem, hoje, às vítimas dos trágicos atentados que em 11 de Setembro de 2001 enlutaram a grande nação americana. Não podemos esquecer. Mas também não devemos esquecer que um terrorismo não se combate com outras formas de terror. Felizmente o apelo do Presidente Obama parece ter sido ouvido e respeitado pelo pastor radical que queria queimar o Corão, o que seria uma forma de terrorismo cultural e religioso de consequências imprevisíveis.

 

Este não é tempo de somar intolerância à intolerância, mas de diálogo de religiões e civilizações. Tempo de somar tolerância à tolerância e democracia à democracia.

 

Os portugueses sabem o que sou e o que penso. Sabem que sempre preservei a minha independência e a minha liberdade de consciência e decisão. Sabem que sou um homem livre e frontal, de causas e combates. E sabem que me pautarei sempre pelo interesse nacional, pelo respeito da Constituição e pela ética republicana como garantia de probidade, como defesa da causa pública e como serviço do país.


Estou nesta candidatura como estive em todos os combates da minha vida: com autenticidade, clareza e determinação. Não venho para cumprir calendário, venho para disputar a vitória, porque em eleições democráticas não há coroações nem vencedores antecipados. Tenho a firme convicção de que pela primeira vez – há sempre uma primeira vez - é possível derrotar um candidato que se reapresenta.

 

Sei que Portugal vive um momento difícil. Mas eu não venho para agradar aos profissionais do desânimo. Não venho dizer que o país é insustentável. E também não digo, como já ouvi dizer publicamente a uma ilustre personalidade da minha geração, que a Alemanha e a Senhora Merkel deviam tomar conta de nós porque nós não sabemos resolver os nossos problemas. Os portugueses não precisam nem gostam que tomem conta deles. Ao longo dos séculos o povo português soube sempre vencer as dificuldades e afirmar Portugal, muitas vezes contra as elites entreguistas e capitulacionistas. Estamos aqui para olhar de frente as dificuldades, para lutar e para vencer.

 

E por isso, contra aqueles que se dizem liberais mas começam a defender um novo cesarismo e uma nova deriva presidencialista, eu digo que estou aqui, com todos vós, para preservar a separação e o equilíbrio de poderes tal como estão consagrados no nosso sistema político e na Constituição da República.

 

Não há homens providenciais nem salvadores da Pátria. E o actual Presidente, com todo o respeito, não está isento de responsabilidades.

 

Primeiro Ministro durante 10 anos foi no seu consulado que se verificou o maior aumento da despesa pública. E ao fim de quase 5 anos como Presidente da República, veio dizer-nos que o país está numa situação insustentável.

 

Por isso é preciso mudar. É preciso uma outra visão do país, uma visão mais cultural e política e menos tecnocrática. Uma visão mais aberta e menos conservadora. E também uma outra concepção da função presidencial e do exercício dos poderes que lhe são inerentes.


A política é um exercício ético. Os portugueses esperam que o Presidente fale com clareza nos momentos difíceis. Que não se esconda por detrás de formalismos, ambiguidades e silêncios geradores de equívocos. A clareza e a frontalidade são um factor de estabilidade para a democracia. Comigo os portugueses sabem com o que podem contar.

 

Se tiver algum desacordo ou reserva em relação a uma lei, falarei antes, não depois. E, se promulgar, não virei a seguir desvalorizar a lei que foi promulgada. E se tiver que vetar, vetarei, sem me esconder atrás de falsos pretextos e álibis.


Nesta eleição presidencial, os portugueses terão de fazer uma escolha. E será uma escolha de racionalidade e de justiça:
- Por ou contra a defesa da nossa Constituição e do nosso Estado Social;
- Por uma saúde pública universal e tendencialmente gratuita, financiada pelos impostos, ou por uma saúde privada para os ricos e uma saúde pública descapitalizada e residual para os mais pobres e desvalidos;
- Por ou contra uma escola pública e republicana para todos, exigente e essencial para a promoção da igualdade de oportunidades;
- Por ou contra o aumento da precariedade nas relações laborais;
- Por ou contra o risco da instabilidade política e o cenário possível de um Presidente e de uma maioria de direita;
- Por ou contra uma visão moderna de Portugal sem qualquer forma de descriminação e intolerância moral em relação a minorias;
- Por ou contra a aplicação de políticas que agravariam as desigualdades num dos países que ainda é, infelizmente, um dos mais desiguais da Europa;
- Por ou contra o direito à igualdade, incluindo a igualdade de género e a não discriminação por razões de sexo, raça, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, condição social ou orientação sexual;
- Por uma visão de Portugal com cultura e sentido histórico ou por uma visão contabilística, em que os números se sobrepõem às pessoas, aos valores e à solidariedade.

 

Nos últimos tempos, alguns sectores, com muito eco na comunicação social, têm repetido até à exaustão que os portugueses vivem acima das suas possibilidades. E eu pergunto: mas quais portugueses? Os que estão desempregados?

 

Os que auferem o salário mínimo nacional? Os que se encontram no limiar da pobreza e que atingiriam cerca de 40 % da população se não fossem as prestações sociais e as ajudas do Estado? Os 57% que vivem com um orçamento familiar abaixo dos 900 euros? Os que se vêm novamente forçados a emigrar?

 

Como é que nestas circunstâncias se pode pretender pôr em causa e destruir o Estado Social? Como é possível que num país como o nosso se apresente um projecto de revisão constitucional contra os serviços públicos e os direitos sociais?

 

Todos sabemos que o excesso de endividamento afecta a soberania e a autonomia de decisão de um país.

Todos sabemos que é preciso acertar as contas públicas e que essa é uma condição de preservação do próprio Estado Social.

Mas também todos sabemos que o principal défice português continua a ser um défice social, um défice de emprego, um défice de justiça e um défice de solidariedade. Não devemos ocultar a realidade nem fugir às nossas responsabilidades.

 

Continuamos a ser um país com muita injustiça e muitas desigualdades. O nosso dever é não virar a cara e não nos conformarmos. Portugal precisa de um plano de crescimento económico, melhor aproveitamento do mar e dos recursos endógenos, políticas de emprego, investimento público, que de há uns tempos para cá parece desagradar muito ao actual Presidente de República. Há muita iniciativa, criatividade e inovação que merece ser apoiada e reconhecida.

 

A direita europeia e a direita nacional pretendem aproveitar a crise para pôr em causa direitos sociais pelos quais se sacrificaram e lutaram gerações e gerações de cidadãos. Pretendem rasgar o pacto traduzido numa democracia baseada na solidariedade e em serviços públicos indispensáveis à concretização da justiça social.

 

A Europa foi um sonho de várias gerações, como projecto democrático de cidadania e de coesão social e também de cultura. Mas o que é hoje a Europa? Eu penso que não pode reduzir-se a um mero projecto monetarista. Como escreveu o Professor Vitorino Magalhães Godinho – “A Europa é a única civilização capaz de se pôr em causa a si própria, que substitui a crença pela dúvida metódica e a razão, o súbdito e o senhor pelo cidadão e o povo, e que desenvolve a economia de modo a melhorar a condição dos homens.” Grande professor, grande senhor, grande português!

 

Para voltar a esta ideia da Europa é preciso impedir a destruição dos serviços públicos e daqueles direitos que, desde 1936, desde o grande Léon Blum, foram conquistados e fazem parte da civilização democrática europeia. É preciso mais e melhor emprego e fazer do combate à pobreza a prioridade máxima da agenda europeia. Este deveria ser o caminho.


Não o das políticas anti-sociais que estão a provocar um verdadeiro retrocesso civilizacional. Seja como for, no plano político nacional, temos que saber precaver-nos e defender o conteúdo social da nossa democracia.

 

Os portugueses querem e precisam do serviço nacional de saúde, de que está aqui presente o fundador, o nosso amigo e camarada António Arnaut. Os portugueses querem e precisam de educação pública. Os portugueses querem e precisam de segurança social pública. Os portugueses querem e precisam de segurança no trabalho e apoio no desemprego.

 

O meu compromisso é claro: pelo meu passado e pelas minhas posições, os portugueses têm a garantia de que, se algum governo ou Parlamento, no futuro, pretender acabar com a Saúde Pública, a Escola Pública e a Segurança Social Pública, eu estarei contra e exercerei, sem hesitações, o meu direito de veto.

 

O actual Presidente, com todo o respeito, quer pelas suas convicções quer pela sua prática, não pode dar semelhante garantia.

Acresce que o senhor Presidente se referiu, recentemente, à presente crise como uma oportunidade para ajustamentos no factor trabalho. Curiosa expressão! Quero igualmente deixar claro que utilizarei todos os poderes de que dispõe um Presidente da República para impedir a liberalização dos despedimentos através da eliminação do conceito de justa causa. Como costuma dizer o professor Jorge Leite, a Constituição não é neutra e defende o elo mais fraco da relação laboral – o trabalho. Eu também não serei neutro, estarei do lado do elo mais fraco, do lado dos mais frágeis, do lado dos que precisam, do lado de todos aqueles que são a razão de ser da nossa vida e do nosso combate.

 

Serei uma garantia de defesa dos direitos sociais e do papel estratégico do Estado. Serei uma garantia de sentido de Estado, de rigor e de abertura, na representação nacional, quer se trate da homenagem devida a uma grande figura do país, como no caso de José Saramago, quer na resposta a qualquer governante estrangeiro que insulte a nossa soberania económica, como aconteceu na República Checa.

 

O Presidente, sejam quais forem as circunstâncias, não falta à chamada.

 

Num mundo globalizado e de forte interdependência, temos de saber recuperar, preservar e valorizar os nossos diferentes patrimónios, a História, a cultura, a língua, os sítios, as paisagens, a fauna, a flora, a biodiversidade, tudo aquilo que afirma a nossa diferença e a nossa singularidade.

 

Portugal não é só números nem só um manual de finanças.

Um país é também e sobretudo Os Lusíadas , a Mensagem , e todos os grandes livros que se escreveram em português, uma língua que é a sexta língua mais falada no mundo e que constitui a nossa principal riqueza.

 

Não podemos esquecer a dimensão euro atlântica. Não apenas na perspectiva da afirmação e internacionalização da língua e do desenvolvimento das relações económicas, mas no da constituição de um novo espaço político e cultural. Não é por acaso que um número crescente de países se tem aproximado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. É por aí que passa a singularidade de um país que é muito maior do que o seu pequeno território, mas que, pela língua e pela História, pode e deve ser no Mundo um actor global. Parafraseando uma recente entrevista do Bispo D. Manuel Clemente – “Nós somos esta placa giratória, somos o cais. A Europa precisa deste cais de onde ela própria embarca e aonde regressa”.

 

Amigos, companheiros e camaradas

 

Esta eleição não é um campeonato de demagogia, nem de simpatia, nem de populismo. Estão em causa escolhas fundamentais. Estou aqui por Portugal e por uma visão de esperança e de solidariedade.

 

Estou aqui para pedir humildemente e a todos os portugueses o apoio e o empenho.


Assumo um pacto de lealdade com todos os eleitores e todos os portugueses. Um pacto de lealdade com a Democracia, o Estado Social e a Constituição da República.

 

Dirijo-me aos portugueses que mais sofrem, aos desempregados, aos jovens em trabalho precário ou à procura do primeiro emprego, dirijo-me aos que em tempos difíceis trabalham e produzem, aos que investem e criam riqueza e não se demitem da sua responsabilidade social, aos que dão o melhor do seu esforço, da sua inteligência e da sua criatividade para enfrentar e vencer a adversidade, dirijo-me aos que não desistem e que resistem, dirijo-me a todos os portugueses e portuguesas que, apesar das dificuldades, não se resignam, não se conformam e continuam a acreditar em Portugal. Porque é disso que se trata: acreditar em Portugal.

 

Eu nunca mais quero ouvir o que ouvi uma vez a um jovem na televisão: Eu sou da geração “nem nem”. Nem trabalho nem futuro. O objectivo essencial desta minha candidatura é garantir o futuro das novas gerações, é garantir o futuro de Portugal.

 

É por todos vós que me candidato, é por todos vós que vou lutar pela vitória, para com todos vós construir uma nova esperança para a Democracia e para Portugal.

 

Viva a República.

 

Viva Portugal.

 

Manuel Alegre

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 17:21

COMUNICADO

 

PS Gondomar

Secretariado da Concelhia

 

 

O Secretariado da Concelhia de Gondomar do Partido Socialista manifesta o seu apoio ao candidato presidencial Manuel Alegre, no seguimento da decisão tomada pela Comissão Nacional.

 

O apoio do Partido Socialista a Manuel Alegre representa o apoio a uma candidatura por Portugal, por um Presidente da República republicano e socialista, que apostará na qualidade da democracia.

 

O Secretariado da Concelhia de Gondomar do Partido Socialista congratula-se com a decisão tomada pela Comissão Nacional. Com Manuel Alegre a mais elevada magistratura da nação estará ao serviço da democracia!

 

Gondomar, 31 de Maio de 2010.

 

O Presidente da Comissão Política Concelhia,

Luís Filipe de Araújo

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 17:06

Permiti-me que vos dirija algumas palavras. E permiti-me que o faça enquanto mero cidadão membro do MIC, muito embora não ignore ser, neste momento, Presidente da Assembleia Geral desta “nossa” associação cívica.

 

Perceber os sinais dos tempos é tarefa de todos, sobretudo de todos aqueles que — sem jamais deixar de louvar e de enaltecer o papel dos Partidos como peças essenciais de um legítimo jogo democrático — não estão nos Partidos, mas que não renunciam a uma intervenção cívica e política.
Por isso cada um de nós, enquanto membros do MIC, mas também enquanto cidadãs e cidadãos intervenientes na “coisa pública”, percebe que as próximas eleições presidenciais são determinantes para a realização de uma certa ideia de Portugal.

 

Por isso cada um de nós percebe que essa ideia, essa meta, esse horizonte — que é, que tem de ser, um misto de esperança e de lúcida racionalidade, amalgamado por uma liderança ética que se não refugie em balofos e inconsequentes pragmatismos ou em evanescentes éticas da intenção — só poderá ser alcançado, no actual quadro — e o actual quadro é o actual quadro e não um quadro de “estados de alma” —, se elegermos Manuel Alegre para Presidente da República.

 

Por isso cada um de nós, porque percebe tudo isto, tem que juntar a esse rasoiro da razão a vontade firme e insofismável de ajudar, de dar força a uma candidatura, a uma Presidência.

 

E isso só se faz com empenho, zelo, vontade e dedicação. Qualidades ou virtudes que todos os membros ou simpatizantes do MIC sempre mostraram em abundância. Qualidades ou virtudes — estou disso absolutamente seguro — que mais fortes se mostrarão nesta hora decisiva.

 

A vontade de todos faz se pela vontade de cada um. Por certo. Por isso é absolutamente necessário que a vontade livre de cada um se manifeste no voto em Manuel Alegre, mas até lá é também imperioso que, todos juntos, trabalhemos para que se concretize uma ideia de Portugal decente, fraterno, solidário e justo.

 

Comunicado do Presidente da Assembleia Geral do MIC
Prof. José de Faria Costa

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 16:42

Congratulo-me com a decisão do nosso Secretário Geral José Sócrates de apoio à candidatura de Manuel Alegre, referindo que o PS deve fazer uma escolha baseada na ética e não aceitando as abstenções partidárias nas decisões políticas. Fico satisfeita, também por dizer que esta escolha tem que ser consequente e para servir o partido, portanto este tem que se envolver nela.

 

Apoio Manuel Alegre por tudo aquilo que ele é como Homem. Um Homem íntegro, honesto, coerente com as suas ideias e valores. Apoio em nome do progresso e contra o conservadorismo.

 

Apoio por tudo aquilo que ele representa como referência para a democracia portuguesa no antes e depois do 25 de Abril. Um anti-fascista, que animou com a sua voz e a sua poesia o antes de Abril. Um Homem que se confunde com a história do nascimento da democracia e com a história do próprio Partido Socialista.

 


Apoio Manuel Alegre por que é um Homem com mundo e do mundo. Precisamos de um Presidente que conheça a história de Portugal, que eleve o valor da nossa “portugalidade” e o orgulho de sermos portugueses. Povo da terra e do mar, com uma história, um passado de que temos que nos orgulhar e um futuro que queremos de progresso.

 

Apoio por que se candidata por Portugal, pela sua modernidade e por ter uma visão progressista e desempoeirada do Mundo. Apoio porque é um Homem das artes, da cultura, porque quero um poeta na Presidência do meu País e porque quero ter mais orgulho em ser portuguesa.

 

Manuela Neto

COES

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 16:39

Em declarações infelizes ao Jornal i, na sua crónica “espectador comprometido”, Pedro Adão e Silva dá um tiro completamente no ar. O apoio do Partido Socialista ao candidato Manuel Alegre não é meramente burocrático, é sim, em toda a linha, a oportunidade histórica do Partido Socialista acabar com o ciclo de incomunicabilidade entre as esquerdas e sair da humilhação a que as politicas neoliberais do arco do poder vetou o país.

 

Manuel Alegre não é aliado de uma cisão no PS e sobre os seus escombros reerguer uma nova esquerda. Manuel Alegre é a unica esperança para que o PS volte a convergir à esquerda, volte a orientar a essência da sua clarificação e coerência estratégica com base na não renúncia de um horizonte socialista em detrimento de um pragmatismo táctico disposto a tudo para agradar aos mercados e aos inimigos da social-democracia.

 

Já há varios anos que na nossa corrente defendemos:  ”De facto, o PS não tem vida activa real. Não tem contraditório; não tem debate; não tem criatividade; não interage com a sociedade; não reflecte os anseios e os interesses dos seus apoiantes e militantes, que verdadeiramente não ouve. É um corpo que se move por inércia dirigido por cúpulas restritas. Perdeu a noção de colectivo, da discussão e da luta ideológica.

 

A democracia portuguesa precisa de um PS renovado, de esquerda, apto a ser um movimento de transformação social e não apenas uma força de apoio ao Governo. Torna-se, assim, urgente que o Partido Socialista empreenda uma profunda modernização e democratização da sua estratégia, funcionamento, práticas e imagem, abrindo-se à sociedade e aos valores e exigências do nosso tempo e com a definição de uma visão estratégia para o país e que resulte numa base de apoio não apoiada na exausta e abutre lenga lenga neoliberal.”

 

Tão importante como ter o apoio do BE, do PCP e do PS – e ninguém melhor do que Alegre para o conseguir e assim quebrar a incomunicabilidade entre as esquerdas – é forjar as palavras certas, as que redefinem o centro do debate  e promovem alternativa.

 

Convirjo com a ideia de que as esquerdas devem ter sempre a coragem de fazer rupturas com um passado de incomunicabilidade e de que este processo de convergência só pode ser feito na base de políticas substantivas, capazes de romper, de inovar, de animar, de emocionar, de entusiasmar.

 

A urgência de apoio a Manuel Alegre é uma urgência de principio, mas uma urgência de afirmação e combate pela Esquerda. Este cargo tem de ser ocupado por alguém com memória antifascista, experiência política e convicções firmes. Quero alguém capaz de inspirar pela palavra e pela proposta. Eu apoio Manuel Alegre.

 

André Fonseca Ferreira

COES

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 16:35

 

A Comissão Nacional do Partido Socialista, de que faço parte e em que participei, aprovou ontem (30/05/2010) por esmagadora maioria a proposta do Secretário-Geral  de apoio à candidatura presidencial de Manuel Alegre, decisão de que me congratulo, especialmente do modo como foi apresentada e defendida pelo camarada José Sócrates.

 

Agora, é hora de trabalhar  no terreno. Conta-se com todos, e  

 

"Que cada um faça desta campanha um sinal de mudança e de renovação.

 

Manuel Oliveira

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 16:31

O apoio do PS à candidatura presidencial de Manuel Alegre foi aprovado este domingo(30/05/2010), com apenas dez votos contra e uma abstenção.

 

Sócrates propôs ao PS apoio a Alegre

 

A proposta de apoio à candidatura de Manuel Alegre partiu do secretário-geral do PS, José Sócrates que à saída da reunião nacional do PS declarou que quer que Manuel Alegre «ganhe» as eleições e que o apoio do PS não é apenas um «apoio formal».

 

«É uma candidatura que honra o partido. Alegre é um homem de cultura e de espírito», disse José Sócrates. O secretário-geral do PS congratulou-se com a aprovação da sua proposta de apoio a Alegre, dizendo que todos os membros da Comissão Nacional do seu partido «compreenderam muito bem» os seus argumentos.

 

«A minha proposta [de apoio a Alegre] foi baseada na ética da responsabilidade. Um partido tem de decidir. Não pode decidir não decidir», disse, numa alusão crítica à corrente anti-Manuel Alegre, que entendia que o PS deveria partir para as eleições presidenciais com liberdade de voto, sem apoiar qualquer candidato.

 

Para José Sócrates, a corrente anti-Alegre «tinha uma opção que não fazia sentido para o PS». «Apoio Manuel Alegre de forma convicta, em nome de uma visão progressista para o país». José Sócrates fez questão de frisar que a decisão de apoiar Manuel Alegre nas eleições presidenciais «não é apenas um apoio formal». «Eu quero também que o Manuel Alegre ganhe», acentuou.

 

Interrogado se vai participar na campanha da candidatura de Manuel Alegre, Sócrates respondeu que a campanha eleitoral «será dirigida pelo Manuel Alegre».

 

«O PS é autónomo relativamente a todas as forças políticas e a todos os movimentos sociais. O que o PS neste momento decidiu foi apoiar Manuel Alegre. Estou empenhado em que Manuel Alegre ganhe as eleições presidenciais», acrescentou.

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 16:27

Reunida em Santarém, em Plenário Nacional, em 8 de Maio de 2010, a Corrente de Opinião Esquerda Socialista decidiu apoiar a Candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República e insistir na breve convocação dos Órgãos Nacionais para decidir a posição do Partido Socialista sobre as Presidenciais.

 

A COES debateu a aprovou um documento a apresentar na próxima Comissão Nacional, como contributo para a urgente reorganização e revitalização do Partido Socialista, exigindo, igualmente, o funcionamento regular dos Órgãos dirigentes, o que não se tem verificado nos últimos anos.

 

Os membros da Corrente de Opinião decidiram ainda, intensificar a sua acção política no sentido da defesa dos valores do socialismo, de um combate ás desigualdades, que se acentuam na sociedade portuguesa, e uma nova ordem mundial mais justa e democrática.

 

O encontro juntou aproximadamente 50 militantes de todo o país, membros da Corrente de Opinião e diversos dirigentes nacionais do Partido Socialista (a Corrente de Opinião Esquerda Socialista tem representação de 27 membros na Comissão Nacional e 7 na Comissão Politica Nacional do Partido).

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 16:04

Portugal enfrenta e enfrentará grandes desafios nos próximos anos, devido à necessidade de criar condições para retomar o crescimento económico e o desenvolvimento, num quadro político difícil, um governo sem maioria parlamentar confrontado pelas oposições que tudo têm feito para bloquear a acção governativa através de alianças irresponsáveis e contra natura, e no contexto de uma crise internacional, longe de estar ultrapassada.


As próximas eleições presidenciais podem ser parte da solução ou então um problema.


Precisamos de um Presidente da República que saiba ser inspirador e catalisador, que nos mobilize para vencer os desafios. Queremos alguém que ocupe a Presidência com um perfil Humanista, que conheça o valor da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, um Homem da cultura, um socialista, e o camarada Manuel Alegre tem o perfil para neste momento histórico poder bater o candidato de direita.


Ele tem um percurso feito de personalidade, não se acomodou, em momento algum. Tem a verticalidade e honra como património. Tem uma ideia de Portugal, e entende que Portugal precisa de um Presidente que defenda os interesses de todos os portugueses.


É a única candidatura que pode unir as esquerdas, para além de ser a melhor que o Partido Socialista pode apresentar e é, sem dúvida, uma candidatura potencialmente vencedora.


Para nós socialistas só há uma alternativa e ela é a eleição de Manuel Alegre. É um objectivo difícil mas viável, será uma missão difícil mas não impossível:


em 2011 teremos um socialista na Presidência, basta querermos.

 

Portugal vale a pena.

Fernando Pegas, José Carlos Sousa e Manuel Oliveira

Membros da Comissão Nacional do Partido Socialista

Membros da Corrente de Opinião “Esquerda Socialista”

 

Abril/2010

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 15:47

 

“O BE regista a afirmação da disponibilidade da candidatura presidencial de Manuel Alegre e, tratando-se de uma candidatura supra-partidária, a eleição presidencial convoca uma exigência de responsabilidade totalmente distinta daquela que é o debate sobre a governação do país”, declarou Francisco Louçã, em conferência de imprensa, em Lisboa.


Neste sentido, “o BE saúda, regista e apoia esta manifestação de vontade de Manuel Alegre” em candidatar-se à Presidência da República.


Para Louçã, “uma candidatura presidencial não faz parte da disputa legislativa entre partidos”, na medida em que “está acima dos partidos, é supra-partidária”.


O dirigente do BE referiu, também, que “uma campanha presidencial é a disputa de um cargo uninominal, de uma pessoa que represente o país no momento das suas maiores dificuldades, da maior fractura social, da maior desigualdade e da maior injustiça, e que traga um projecto mobilizador de esperança e de convergência”.


“E é assim que nós o apoiamos e creio que é aí que ele faz a diferença e essa é a razão pela qual o BE o apoia”, acrescentou.


No entender do líder do BE, “na contraposição à hipótese de Cavaco Silva suceder a Cavaco Silva [como Presidente da República], a necessidade de um grande debate público profundo sobre a mobilização da sociedade portuguesa no combate à injustiça coloca Manuel Alegre num plano supra-partidário que não é apropriável por nenhuma força política partidária e que contribui para uma mobilização de uma responsabilidade democrática, de uma democracia responsável”. 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 15:42

Estou disponível para esse combate"

 

"Estou disponível para esse combate. Com todos vós e com todos os portugueses que estão connosco, com todos os que a seu tempo virão a estar, para mudar e para vencer, pela República e por Portugal."

 

Começo por lembrar o almoço da última campanha em Portimão, com centenas de pessoas e um grande entusiasmo, apesar do temporal desse dia. Não o faço por nostalgia do passado, mas porque essa campanha foi uma campanha pioneira, que abriu no nosso país um novo caminho à cidadania.

Foi uma campanha que afirmou o poder dos cidadãos e mostrou a importância da democracia participativa. Eu creio que esse é o caminho para a renovação da vida democrática. É imperioso, no tempo que vivemos, afirmar o primado da cidadania sobre a lógica dos interesses, dos egoísmos e da indiferença.

 

Esta é a cidade de um grande escritor português, Manuel Teixeira Gomes. Um poeta da palavra, um artista que foi Presidente da República e que, sendo Presidente, nunca deixou de ser artista. E acima de tudo um cidadão que nos deixou uma lição de ética e de sentido estético da vida.

 

Neste ano em que se comemora o Centenário da República, voltamos a precisar desse rigor ético na vida privada e na vida pública. E também de algo que vá para além do discurso cíclico sobre as contas públicas.

 

As pessoas precisam de um horizonte e de uma perspectiva para além dos números e para além dos sacrifícios que lhes pedem no dia a dia. As pessoas precisam de saber porquê e para quê. E sobretudo, para além do direito ao trabalho e do direito ao pão, as pessoas precisam do direito à esperança, do direito ao sonho e do direito à beleza.

 

É talvez a melhor maneira de celebrar o Centenário da República e é com certeza a melhor homenagem que se pode prestar ao Presidente poeta Manuel Teixeira Gomes: voltar a dar aos portugueses uma concreta razão de esperança, voltar a dizer aos portugueses que Portugal vale a pena e proclamar aos jovens que eles têm direito a viver e a dançar a vida, eles têm direito a outra forma de realismo: exigir o impossível.

 

E o impossível é afinal tão simples: primeiro emprego, realização profissional, habitação, uma vida vivida sem ser em permanente precariedade. Mas para isso, como escreveu o Professor Vitorino Magalhães Godinho – “A política de emprego tem de pôr de lado recibos verdes e contratos de termos arbitrários. O trabalho precário é um cancro para o desenvolvimento económico”.

 

Trabalho precário, desemprego, desigualdade, insegurança, incerteza, ausência de perspectivas e de futuro.

 

Estes são os sinais de uma crise que atravessa o mundo e que, tal como tem sido dito, não é mais uma crise cíclica, é uma crise estrutural, uma crise que exige uma mudança profunda e de que só se sai com outro paradigma, outro projecto, outro modelo de desenvolvimento. Mais de que uma visão contabilística e tecnocrática, é preciso uma visão política, com abertura de espírito, inovação e criatividade. Mudar a economia, mudar o sentido da política, mudar a vida. Capacidade de invenção, poder de inspiração.

 

Esse deve ser o papel de um Presidente da República. Ser uma referência e uma fonte de inspiração. Alguém que traga consigo uma nova liderança, não pela interferência nas áreas do governo, mas pela pedagogia do gesto, da palavra e da acção. Alguém que aponte o caminho e seja capaz de nos fazer ver um pouco mais longe do que o estreito horizonte do dia a dia.

 

Alguém que dê um sentido aos trabalhos que nos são pedidos.

 Alguém que seja um patriota e um cidadão do mundo.

 

Alguém que se identifique com as raízes profundas da nossa história e da nossa cultura, mas seja simultaneamente um cosmopolita aberto aos problemas das outras sociedades.

 

Alguém que em todos os momentos exerça um magistério da causa pública e do serviço desinteressado do país.

 

As pessoas precisam de um Presidente que não lhes fale apenas do presente, que não lhes repita apenas números e estatísticas, mas lhes aponte horizontes que lhes permitam esperar em vez de somente aguardar e muitas vezes desesperar.

 

Como republicano, quero uma República moderna, escola pública, serviço nacional de saúde, protecção social, direitos políticos individuais articulados com os direitos sociais, culturais e ambientais.

 

Como socialista, acredito na possibilidade de construir uma sociedade mais justa e solidária, através de serviços públicos geridos, não pela lógica do lucro, mas pela realização do interesse geral, e através de um novo modelo económico onde se conjuguem planeamento e concorrência, iniciativa pública e iniciativa privada.

 

Como democrata, penso que o espaço e a intervenção da cidadania são o sal da vida pública e que a democracia participativa é indispensável à renovação da democracia representativa.

 

Como português, digo que Portugal é muito maior do que a sua dimensão geográfica e que pela história, pela língua e pela cultura é um dos países que pode ser no mundo um actor global.

 

O Mundo atravessa uma crise grave.

 

Portugal vive uma hora difícil.

 

É sempre mais fácil desistir e baixar os braços.

 

É sempre mais fácil dizer que nada vale a pena.

 

Mas Portugal existe, porque houve sempre, desde o princípio e através dos séculos, um povo que acreditou que Portugal vale a pena. Um povo e dirigentes que acreditaram e agiram. E é disso que hoje precisamos. Acreditar e agir. Não sucumbir à tendência para o queixume, para a lamechice, para o fatalismo.

 

Dante dizia que os lugares mais quentes do Inferno estavam reservados para aqueles que em momentos críticos se mantiveram neutros.

 

Quem me conhece sabe que não cometi nunca esse pecado.

 

Posso ter-me enganado. E algumas vezes me enganei.

 

Posso ter errado. E algumas vezes cometi erros.

 

Mas nunca fui neutro. Nunca baixei os braços. Nunca fugi a nenhum combate.

Nem antes, nem durante, nem depois do 25 de Abril.

 

E também não ficarei neutro agora.

 

Queira-se ou não, a próxima eleição presidencial vai condicionar, ou melhor, já está a condicionar a vida política do país.

 

Há duas opções.

 

Os dirigentes mais lúcidos do principal partido da oposição já perceberam que é muito difícil encontrar, a curto prazo, um líder capaz de unir o partido e o centro direita. É grande a tentação de reagrupar o bloco conservador à volta do actual Presidente da República para, através da sua eventual reeleição, conseguir o que não se consegue por via partidária: uma maioria, um governo, um Presidente. Independentemente da pessoa do Presidente, que não ponho em causa, tal projecto, que foi sempre o sonho da direita, comporta riscos para o PS, para toda a esquerda e para o equilíbrio do regime. E tem uma lógica de deriva política de pendor presidencialista.

 

A outra opção é não nos conformarmos e fazer da próxima eleição presidencial uma grande mobilização, não só das esquerdas, mas de todos aqueles, de todos os quadrantes, que desejam a mudança num outro sentido e querem ver renascer a esperança num Portugal sem bloqueios, um Portugal que valha a pena, um Portugal de todos.

 

É esse Portugal que nos interpela. É esse o combate que chama por nós.

 

E o que venho aqui dizer-vos é que estou disponível para esse combate. Com todos vós e com todos os portugueses que estão connosco, com todos os que a seu tempo virão a estar, para mudar e para vencer, pela República e por Portugal.

 

Manuel Alegre 

 

Portimão – 15/01/2010

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 15:39

"Há um objectivo que deve unir todos os portugueses : esse objectivo é Portugal. Esse combate vale a pena e chama por nós. Para mudar, não para que tudo continue na mesma."

 

A sociedade portuguesa está dividida e crispada. A desconfiança e a descrença imperam. A maledicência, a suspeita e o insulto substituíram o debate de ideias e projectos. Deixou de haver um sentimento de esperança, um golpe-de-asa, um desígnio maior que una e crie harmonia entre os portugueses.

 

Sobram o sectarismo e a mesquinhez, faltam a generosidade e a grandeza necessárias para nos unirmos em torno de um propósito comum. Sem truques, sem falsas ilusões, mas também sem descrença e fatalismo.

 

Acima dos sectarismos, das corporações, dos clubes, dos lobbies, das capelinhas e interesses particulares, está a democracia e está Portugal, está a crença em valores comuns, na qual acredita a maioria dos portugueses: os valores da decência e do trabalho honesto, da liberdade e da confiança nas nossas instituições, da justiça e da fraternidade, e da absoluta necessidade de sermos capazes de construir uma prosperidade equitativamente partilhada, ao alcance e para benefício de todos os portugueses.

 

Os portugueses estão cansados dos profetas da desgraça, daqueles que estão constantemente a decretar o fim iminente de Portugal. Há quem faça disso, em Portugal, uma profissão. Há quem deva o seu estatuto entre nós ao facto de estar constantemente a passar atestados de doença terminal à democracia e ao nosso país.

Mas nada disto é novo. Profetas da desgraça já houve muitos, em todas as épocas da nossa história. E, no entanto, passaram mais de oito séculos e ainda cá estamos.

 

Portugal é uma magnífica obra da vontade humana. E enquanto for essa a vontade do nosso povo, Portugal continuará a existir. Mesmo contra a vontade de alguns grandes interesses privados, que em vários momentos da nossa história foram "entreguistas".

Eu não tenho dúvidas sobre a força dessa vontade do nosso povo. Olho à minha volta e vejo patriotas. Vejo gente com vontade de dar a volta a isto. Gente com esperança, que não se conforma e que está disposta a lutar por um país melhor, de que nos orgulhemos e que possamos legar aos nossos filhos, um país mais justo e mais fraterno, mais próspero e mais decente do que o país em que vivemos hoje.

 

E de onde vem essa força? Vem de dentro de cada um de nós. A nossa força - a força de Portugal - vem do poder dos cidadãos.

 

- Vem das pequenas e médias empresas que constituem a espinha dorsal da nossa economia, do nosso tecido produtivo, criando riqueza e garantindo a maioria dos empregos do sector privado;

 

- Vem dos empresários que apostam na inovação, na qualificação e que não abdicam da sua responsabilidade social, pautando a sua actividade económica pela exigência da ética nos negócios e pelo estrito respeito da Lei;

 

- Vem dos nossos trabalhadores, que podem ser os mais produtivos da Europa (como acontece com os nossos emigrantes no Luxemburgo);

 

- Vem dos nossos professores - sobretudo do ensino público -, de quem esperamos que eduquem os nossos filhos e netos com rigor e exigência, em nome não das estatísticas, mas da igualdade de oportunidades e do imperativo de formar cidadãos cultos e preparados;

 

- Vem dos nossos funcionários públicos, que servem o Estado, pagam os seus impostos e merecem ser considerados, em vez de serem apontados como o bode expiatório de todos os males deste país;

 

- Vem dos médicos, enfermeiros e auxiliares que, por vezes em situações muito difíceis, trabalham pelo Serviço Nacional de Saúde;

 

- Vem da nossa velha e experiente diplomacia, sempre capaz de colocar Portugal, graças à sua história, língua e cultura, acima do seu peso em termos económicos e demográficos;

 

- Vem das nossas forças armadas, a quem devemos a restituição da liberdade e da democracia, cuja história e tradição praticamente não têm par em países de semelhante dimensão, e que hoje, para além da defesa da soberania, através das missões no estrangeiro, emprestam credibilidade e consistência à nossa política externa;

 

- Vem de movimentos e organizações de voluntariado que todos os dias combatem a pobreza nos seus aspectos mais extremos;

 

- Tem de vir da nossa justiça, de uma justiça independente, imune às pressões, tanto do poder político e económico como das tentações corporativas, uma justiça que garanta a separação de poderes, que restaure a credibilidade das instituições, que permita o funcionamento da economia e que devolva aos portugueses a convicção de que vivemos num Estado de direito, em que há absoluta igualdade dos cidadãos perante a lei.

 

Esta é a nossa gente. Estes são os problemas concretos das pessoas concretas do nosso país. É neles que é preciso pensar. Sobretudo nos que mais precisam: nos desempregados, nos que se encontram em trabalho precário, nos reformados, nos deserdados da vida, nos jovens, mesmo os melhores, que estão desencantados e sem perspectivas. É para eles e sobre eles que se deve debater na AR, com uma cultura democrática de negociação, da parte de todos, governo e oposições. Não há problema em haver discussões fortes no parlamento. Isso é próprio da democracia. E sempre é melhor um parlamento em que se discute do que não haver parlamento nenhum ou então a caricatura que havia na ditadura. Simplesmente : na situação actual é bom que se discuta o que merece ser discutido.

 

A crise mundial está longe de estar resolvida. As grandes instâncias mundiais, OCDE, Banco Mundial, FMI, Banco Central Europeu, parecem mais empenhadas em preservar o sistema que provocou a crise do que propriamente em resolvê-la. O Mundo está sem modelo.


É incompreensível que perante a falência da ideologia neoliberal, as forças de esquerda na Europa não sejam capazes de encontrar novas soluções e novos caminhos ou, pelos menos, de defender o Estado Social que é a sua principal criação. Portugal tem a sua própria crise, agravada pela crise mundial. Os tempos estão difíceis. E podem vir tempos piores. Tempos que exigem coragem, verdade e imaginação.

 

Será que as esquerdas do nosso País, para além das diferenças dos seus projectos, não serão capazes de fazer um esforço para encontrarem um denominador comum à volta das questões essenciais como as políticas públicas, na educação, na saúde, na segurança social, na fiscalidade, na repartição dos rendimentos, enfim, no respeito pelos direitos sociais consagrados na Constituição?

 

Será que, tal como em outros períodos históricos, nomeadamente o 25 de Abril, não seremos capazes de ser de novo precursores e descobrir novos caminhos que dêem outro sentido à democracia e outra esperança aos portugueses?

 

Este é tempo de repor o primado da política e da solidariedade sobre os egoísmos e os grandes interesses.

 

Este é tempo de uma nova atitude, um novo sentido da responsabilidade e de novas respostas sociais, éticas e políticas. Para que o agravamento da crise, o aumento do desemprego, das desigualdades e das tensões sociais não venha a afectar-nos a todos e a suscitar a questão da própria legitimidade do sistema político.

 

O que hoje se pede aos políticos não é que se refugiem no silêncio, nem em habilidades tácticas ou querelas artificiais. O que se lhes pede é verdade, sentido da responsabilidade, vontade de mudança.

 

Para além das diferenças, há um objectivo que deve unir todos os portugueses : esse objectivo é Portugal.

 

Esse combate vale a pena e chama por nós. Para mudar, não para que tudo continue na mesma. Basta ter esperança e acreditar no nosso poder, no poder dos cidadãos. Porque Portugal não é só de alguns, Portugal é de todos.

 

Manuel Alegre 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 02:08

A candidatura de Manuel Alegre é um espaço de cidadania aberto à participação cívica de todos os Cidadãos Eleitores. A recolha de assinaturas é em si mesma uma forma activa de participação cívica para a qual se convidam todos os que querem ver Manuel Alegre na Presidência da República.

Como ser proponente da candidatura de Manuel Alegre

Nos termos da Constituição e da legislação eleitoral, as candidaturas à Presidência da República poderão ser apresentadas por um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 Cidadãos Eleitores. Cada Eleitor só poderá ser proponente de uma única candidatura à Presidência da República.

Para ser Proponente, cada cidadão eleitor, devidamente identificado, deve subscrever uma Declaração de Propositura individual e certificar, através da Junta de Freguesia, a sua inscrição no recenseamento eleitoral. As declarações de propositura são apresentadas ao Tribunal Constitucional.

Para esse efeito, disponibilizamos as seguintes minutas, que pode descarregar em baixo:

  • Declaração de propositura
  • Requerimento de certidão de eleitor

A Certidão de Eleitor é obtida junto da Junta de Freguesia onde está recenseado, mediante entrega do respectivo requerimento, em duplicado.

Uma vez preenchida e assinada a Declaração de Propositura e obtida a Certidão de Eleitor passada pela sua Junta de Freguesia, agradecemos o seu envio para a seguinte morada:

 

Apartado postal 12100
Código postal 1061-001
Lisboa

 

Também pode entregar em mão na sede distrital de campanha na Rua do Bonjardim, 692-694 (ao Largo Tito Fontes), no Porto,  todos os dias úteis, entre as 10-13h e entre as 15-18h.

 

 

Quando a certidão de eleitor não for solicitada pelo próprio na Junta de Freguesia, deve o requerimento ser acompanhado de fotocópia do Bilhete de Identidade (BI) e do cartão de eleitor ou do Cartão de Cidadão (CC).

 

Caso não se recorde do seu número de inscrição no recenseamento eleitoral ou qual a sua Junta de Freguesia, poderá consultar a Base de Dados do Recenseamento Eleitoral, acessível on-line através do sítio recenseamento MAI indicando o seu nome ou número de BI, ou CC, e a data de nascimento.

Como ser apoiante da candidatura de Manuel Alegre

Se além de ser proponente da candidatura de Manuel Alegre às Presidenciais de 2011 quiser ser também apoiante, inscreva-se AQUI a fim de integrar a lista nacional de apoiantes e receber regularmente informações sobre a candidatura. Se quiser enviar os dados de apoiante por correio, em vez de os preencher on-line através do site, preencha o formulário em baixo e junte-o aos documentos de propositura que enviar por correio para o apartado acima referido.

 

Documentos

 

Declaração de propopositura

 
 

Requerimento de certidão de capacidade eleitoral

 
 

Inscrição na lista nacional de apoiantes

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 01:05

Este Blog tem por objectivos ser um espaço de intervenção e apoio bem como divulgar todas as iniciativas aos gondomarenses no âmbito da Candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República em  2011.

 

Participe nesta candidatura e neste Blog, enviando a sua participação para

 

gondomaralegre2011@sapo.pt

Esta é a candidatura da Cidadania. Participa. Dá expressão à tua voz.

 

Saudações Democráticas

 

 

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