publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 09 Janeiro , 2011, 01:03

 

 

14h00 – Reunião com a Federação Agrícola dos Açores. Local, sede da Federação, Ribeira Grande

 

15h30 – Audiência com Presidente do Governo Regional dos Açores. Local, Palácio de Santana

 

17h00 – Reunião com Associação de Municípios dos Açores. Local, Hotel Royal Garden, Ponta Delgada

 

20h30 – Jantar com apoiantes. Local: Pirâmide, Recinto da Associação Agrícola, Santana, Ribeira Grande

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 09 Janeiro , 2011, 00:54

Manuel Alegre no almoço com sindicalistas em Palmela

 

 

"Desta vez não há lugar à indiferença, não há lugar a baixar os braços, não há lugar à abstenção", afirmou Manuel Alegre esta tarde num almoço com mais de 500 sindicalistas e activistas do mundo laboral, em Palmela. "Estou aqui com aqueles com quem quero estar, não estão aqui representantes da alta finança nem dos grandes interesses que querem dominar o poder democrático", disse, emocionado, o candidato, explicando o que está em causa em 23 de janeiro: "Estão em confronto dois projectos – um projecto progressista, democrático, baseado nos valores da justiça social e da Constituição da República e um projecto conservador e que tem características restauracionistas."

 

Alegre enunciou as principais diferenças de visão e de projecto que o separam de Cavaco Silva, destacando uma outra visão da posição de Portugal no mundo e na Europa e prometeu, depois de eleito, convocar "em Lisboa grandes figuras europeias, da esquerda e não só, para uma nova reflexão sobre a Europa. Grandes figuras, sindicalistas de toda a Europa, dirigentes políticos, mas também pensadores, filósofos, escritores, gente que pensa a civilização democrática europeia, para abrir uma nova perspectiva e para que se possa salvar o sonho dos que quiseram uma Europa democrática entre Estados soberanos iguais, e não onde uns são mais do que quase todos os outros."

 

Manuel Alegre explicou ainda os riscos de desmantelamento dos direitos sociais e dos serviços públicos que a Constituição consagra e afirmou: "Por isso eu sei que neste momento sou um alvo. Porque sou um empecilho àquilo que parecia que já estava feito. Parecia que tudo estava resolvido, que não ia haver competição, que não ia haver eleições, ia haver uma espécie de coroação. Mas não. Há competição, vai haver eleição, vai haver luta até ao fim. E desta vez temos todas as condições para ir à segunda volta e ganhar esta eleição."

 

Antes da intervenção de Manuel Alegre, discursaram os dirigentes sindicais Carlos Trindade e Ulisses Garrido, da Comissão Executiva da CGTP, Mário Jorge, do Sindicato Independente dos Médicos, António Chora, da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa e João Proença, da UGT.

 

Durante a manhã,o candidato visitou o Montijo numa arruada com cerca de cem apoiantes, onde recebeu entusiásticos votos de encorajamento por parte da população enquanto percorria locais emblemáticos como a Praça da República, o Mercado Municipal e o Mercado da Reforma Agrária.

 

Ler mais  aqui

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 09 Janeiro , 2011, 00:49

 

Que gente somos nós se deixarmos que transformem o país num imenso BPN – um descomunal casino, em que dirigentes políticos comandam ou cobrem os que comandam as roletas viciadas que lhes enchem os bolsos, a eles e aos seus cúmplices, com o dinheiro extorquido aos pobres portugueses que somos?

 

Que Presidente é este que pôs no seu governo os ladrões do Banco Português de Negócios? Os que depois fizeram do BPN, a que o Presidente esteve sempre estreitamente ligado, um casino com uma roleta viciada, em que o Presidente e família ganharam, em semanas, o suficiente para comprar três ou quatro casas para os desgraçados portugueses que, por causa de gente desta, ficaram sem abrigo. E sem emprego.

 

Que gente somos nós se deixarmos que transformem o país num imenso BPN – um descomunal casino, em que dirigentes políticos comandam ou cobrem os que comandam as roletas viciadas que lhes enchem os bolsos, a eles e aos seus cúmplices, com o dinheiro extorquido aos pobres portugueses que somos?

 

Pobres e estúpidos, se permitirmos que gente desta nos governe. E que continue a roubar, sob a capa dos impostos, os pobres que somos – está estatisticamente provado que um em cada cinco portugueses vive abaixo do limiar da pobreza.

 

Que Presidente é este que quer continuar a sê-lo e nos propõe para o futuro a atitude do medo: curvar a cabeça perante o Banco Internacional de quem somos credores, e não abrir a boca, que ele pode zangar-se e ainda subir mais os juros!

 

Vivemos, os da minha geração e de Manuel Alegre, os que sofremos perseguições e exílio, o medo de Salazar e da PIDE. Hoje acenam-nos com outro papão, mais angustiante ainda do que esse porque não tem cara nem contorno. Não nos contentemos com cantar-lhe a canção que o expulsa “de cima deste telhado”, expulsemo-lo com o poder que o nosso voto nos dá.

 

Que gente somos nós se deixarmos que seja eleito um Presidente que cauciona e nos propõe mesmo uma tal sujeição?

 

 

Teresa Rita Lopes

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 09 Janeiro , 2011, 00:46

Um dos aspectos que recomendam uma segunda volta é o do cabal esclarecimento do “caso BPN”.

 

Voto por uma segunda volta nas presidenciais. É público que apoio Manuel Alegre sem objecções de consciência. Com isto quero dizer que o apoio como o fiz com Jorge Sampaio, por algo mais do que ser contra “o outro”. “Contra o outro” fui - quando votei Mário Soares contra Freitas do Amaral há muito, muito tempo. “Votar por” é diferente. Nunca precisei de concordar com tudo o que Jorge Sampaio tivesse dito para lhe dar o meu voto. “Votar por” era estar, no essencial, de acordo com um entendimento da função presidencial num contexto preciso. Manuel Alegre tem sido muito claro sobre dois pontos: primo, não lhe compete apoiar ou desapoiar governos, qualquer que seja a sua cor. É corajoso da sua parte afirmá-lo. Segundo, Alegre tem definido sem ambiguidade as suas próprias linhas vermelhas – as que usará, através do poder de veto, se algum governo quiser destruir as grandes aquisições sociais da revolução democrática, nomeadamente a universalidade dos serviços públicos, condição da sua qualidade. Concordo.

 

Esta clarificação é de enorme importância quando se sabe que a entrada formal do FMI em Portugal é uma forte probabilidade. Uma segunda volta permitirá que a disputa se faça entre esta interpretação social da função presidencial e a de Cavaco Silva, que conhecemos da sua prática como primeiro ministro, antes, e a de presidente, entretanto.

 

Há, contudo, outro aspecto que recomenda uma segunda volta – a do cabal esclarecimento do “caso BPN”. Ele entrou pelas presidenciais dentro e o modo como Cavaco Silva se “atirou” aos actuais gestores do buraco implica esclarecimentos suplementares. Desde logo, o actual PR costuma ser mais do que circunspecto com “os mercados” – tem, aliás, criticado Alegre por este criticar os nossos credores – e as suas declarações só agravam a já de si remota possibilidade de alienação do BPN e consequente hipótese de recuperação de “algum” do que lá tem sido metido. Por outro lado, Cavaco Silva sabe que não se pode comparar o incomparável – e, no entanto, ele fê-lo. A questão é porquê? Apenas para desviar as atenções dos antigos executivos do banco? Finalmente, as afirmações do PR atingem o actual presidente da CGD, que é da sua própria comissão política de candidatura... tanto quanto Dias Loureiro foi membro do seu Conselho de Estado e o homem forte do BPN e SLN foi seu secretário de Estado. 

 

Que a dupla BPN/SLN é uma criação realizada à sombra do cavaquismo é hoje incontroverso. Que Cavaco investiu poupanças pessoais na SLN e que daí retirou mais-valias, também. Diverso é o debate sobre o seu papel. É melhor que este se faça sob escrutínio público do que, mais tarde, em condições institucionais mais envenenadas.

 

Miguel Portas

in “Sol”


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 09 Janeiro , 2011, 00:40

 

Alegre Manuel alegre até à morte
Que lindo nome para um homem triste
Que lindo nome para um homem forte.

Alegre Manuel despedaçado
Pela espada da língua portuguesa:
A palavra saudade a palavra tristeza
A palavra futuro a palavra soldado
Alegre Manuel aberto cravo
Aos ventos da certeza.

Alegre Manuel aqui mais ninguém fala
Tão alto como tu ninguém se cala
Com essa dor serena e construída
Não apenas de versos mas de vida.

Alegre Manuel as línguas do teu canto
Ateiam-nos o fogo.
Neste lugar de lama e desencanto
Tornas vermelho o povo.

José Carlos Ary dos Santos

“Fotos-grafias”, Quadrante, Lisboa, 1970

 

por  Emília Gil

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Sexta-feira, 07 Janeiro , 2011, 10:48

 

Informações e contacto: aristides.silva@gmail.com

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 06 Janeiro , 2011, 16:12

Cinco mil quilómetros para chegar a Belém, com o início oficial nos Açores e encerramento no Porto.

 

 

Domingo, 09 de Janeiro – Açores

Início  da campanha eleitoral nos Açores 

Almoço - Ponta Delgada

Tarde - Visitas em Ponta Delgada

Jantar - Jantar na Ribeira Grande

 

Segunda-feira, 10 de Janeiro - Santarém/Leiria

Tarde - Visitas nos Distritos de Santarém/Leiria

Noite - Comício no Sport Clube Marinhense, Marinha Grande

 

Terça-feira, dia 11 – Algarve

Almoço - Portimão; Tarde - Visita no Distrito de Faro; Noite - Comício no Auditório do Conservatório Regional do Algarve, Faro

 

Quarta-feira, dia 12 - Beja/Évora

Almoço - Beja;

Tarde - Visitas nos Distritos de Beja/Évora;

Noite - Comício no Teatro Municipal Garcia Resende

 

Quinta-feira, dia 13 -Portalegre/Castelo Branco

Almoço - Portalegre;

Tarde - Visitas nos Distritos de Portalegre/Castelo Branco;

Noite - Comício no Cine-teatro Avenida, Castelo Branco

 

Sexta-feira, dia 14 - Guarda/Viseu

Almoço - Guarda;

Tarde - Visitas nos Distritos de Guarda/Viseu;

Noite - Comício no Auditório do Instituto Politécnico de Viseu

 

Sábado, dia 15 – Coimbra

Almoço - Distrito de Coimbra;

Tarde - Visita no Distrito de Coimbra;

Noite - Comício no Teatro Gil Vicente, Coimbra

 

Domingo, dia 16 - Porto/Viana do Castelo

Almoço - Distrito do Porto;

Tarde - Visita no Distrito do Porto;

Noite - Comício no Teatro Sá de Miranda, Viana do Castelo

 

Segunda-feira, dia 17 - Bragança/Vila Real

Almoço - Bragança;

Tarde - Visitas nos Distritos de Bragança/Vila Real;

Noite - Comício no Teatro de Vila Real

 

Terça-feira, dia 18 – Braga

Almoço - Distrito de Braga;

Tarde - Visita no Distrito de Braga;

Noite - Comício no Centro de Congressos e Exposições, Braga

 

Quarta-feira, dia 19 – Aveiro

Almoço - Distrito de Aveiro;

Tarde - Visita no Distrito de Aveiro;

Noite - Comício no Centro Cultural e de Congressos, Aveiro

 

Quinta-feira, dia 20 – Lisboa

Almoço - Distrito de Lisboa;

Tarde - Lisboa;

Noite - Comício no Coliseu dos Recreios, Lisboa

 

Sexta-feira, dia 21 – Porto

Encerramento da campanha eleitoral no Porto

Almoço - Distrito do Porto;

Tarde - Porto;

Noite - Comício no Pavilhão do Académico, Porto

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 06 Janeiro , 2011, 14:23

 

A não perder.

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 06 Janeiro , 2011, 14:04

Mais de 2.500 pessoas estiveram com Manuel Alegre

 

 

Estamos a mudar a história aqui na Madeira e vamos mudar a história destas eleições presidenciais em Portugal. A segunda volta começou hoje aqui no Funchal”, afirmou Manuel Alegre perante mais de duas mil e quinhentas pessoas.

 

No maior jantar de sempre realizado pela esquerda na Madeira,  Manuel Alegre, afirmou que “a autonomia tem de rimar com democracia”, sublinhando que “não é propriedade de nenhum partido nem de nenhum homem, pertence aos povos insulares e tem que estar ao serviço de todos e não apenas dos amigos de quem manda numa região autónoma”. Os cidadãos portugueses, defendeu, “devem ter os mesmos direitos, que devem ser respeitados em todo o território nacional”.

 

Ler aqui

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 06 Janeiro , 2011, 13:54

Apresentamos o novo blogue de apoio à candidatura de MANUEL ALEGRE.

Alegro

Eles bem nos dizem:

Estejam caladinhos, falem baixinho, não questionem, não se manifestem, sejam bons alunos. Paguem!

 

Eles bem nos avisam:

Façam tabus como nós, não digam mal dos credores, não contestem. Paguem!

 

Eles não dizem, mas pensam:

Calem-se e... paguem (ponto final)

 

Eles fazem-nos crer que não é preciso eleições porque elas estão ganhas antes de abrirem as urnas. E martelam, martelam, como o miúdo, para que nós deixemos de pensar que só existe o destino que nós quisermos.

 

E nós, meio adormecidos de tanto ser martelados, de tanto pagarmos, quase acreditámos até que a vozinha do ano novo fez ouvir, aos que já estão na barra da direita e aos outros que se lhe irão juntar, que não, que não estamos mortos e que acreditamos que 2011 vai ser muito mais alegre do que aquilo que eles, os dos silêncios e das trevas, nos querem convencer.

Por isso aqui estamos.

 

Pianíssimo, para não passarmos desapercebidos, como acontece nas salas de concerto que calam as tosses para que os instrumentos toquem de mansinho os sentimentos.

 

Luis Novaes Tito

in  Alegro Pianissimo

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Terça-feira, 04 Janeiro , 2011, 14:41

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Terça-feira, 04 Janeiro , 2011, 14:27

 

Faço minhas as palavras de Manuel Alegre, já não dirigidas ao Eusébio

de outros tempos mas dirigidas ao próprio Manuel Alegre:

 

 

Há dribles que ninguém faz.
São toques e mais toques para o lado.
Falta alegria e festa.
Falta a surpresa,
alguém que remate, de repente,
contra a tristeza!

 

Precisamos de ti, mais uma vez,
de alguém que, onde é só cinza, seja fogo.
De alguém que chute de quarenta metros
e vire o jogo!

 

Alguém que rompa, de repente.
Alguém que venha e desempate.

Precisamos de ti, mais uma vez,
de teu rasgo, teu risco, teu remate.
Alguém que, finalmente,
marque um golo português!

 

Aristides Silva

 

retirado daqui

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Terça-feira, 04 Janeiro , 2011, 14:02

 

 

 

9. Outra economia, outra estratégia, outro paradigma

 

Precisamos de outro modelo económico, de uma economia de quem partilha e é capaz de multiplicar valor sem exploração e sem subsídio - dependência, de uma economia de quem sabe criar emprego, inovar e valorizar as suas empresas e os seus trabalhadores. Precisamos de uma economia ao serviço das pessoas, não das pessoas ao serviço da economia.

 

O excesso de endividamento afecta a soberania e a autonomia de decisão de um país. Precisamos de políticas de rigor financeiro e de consolidação das finanças públicas, indispensáveis para se poderem desenvolver políticas de emprego, de crescimento económico e de defesa dos direitos sociais. Mas não podemos ficar reféns de políticas de austeridade recessivas.

 

Temos razões estruturais para a crise. Não nos libertaremos dos credores se não mudarmos o nosso modelo de desenvolvimento, baseado em salários baixos, fraca especialização produtiva, degradação dos recursos naturais e pouca exigência em matéria de gestão. Portugal não pode continuar a ter uma economia assente apenas na mão-de-obra barata e no betão. Também não deve transformar-se numa economia exclusivamente de serviços.

 

Precisamos de refazer o nosso tecido produtivo e de uma nova estratégia de desenvolvimento, competitiva, solidária e sustentável, com mais inovação, mais emprego e mais coesão. Precisamos de mudar de paradigma.

 

Temos de compensar as nossas debilidades estruturais com políticas activas de qualificação das pessoas, das instituições e do território.

 

Temos de olhar para os nossos recursos: voltar a dar à agricultura um papel multifuncional de defesa da saúde alimentar, do bem-estar e da paisagem; dignificar o mundo rural; defender a fileira florestal; proteger a natureza e os valores ambientais; valorizar os recursos marinhos e a orla costeira.

 

O território continental de Portugal tem uma extensão de 90.000 km2. Com as ilhas e a zona económica exclusiva, o nosso território amplia-se para 1 milhão e meio de Km2. Temos de voltar ao mar, não apenas como meio de aproximação entre os povos, mas como recurso fundamental, numa lógica de inovação e descoberta em que podemos voltar a ser pioneiros.

 

Temos de valorizar os nossos diferentes patrimónios, a História, a cultura, a língua, os sítios, as paisagens, a fauna, a flora, a biodiversidade, tudo aquilo que afirma a diferença e a singularidade de Portugal.

 

Temos de apostar na transformação do nosso perfil produtivo em direcção a bens e serviços transaccionáveis com maior valor acrescentado incorporado e com maior dinâmica no comércio internacional. Temos de diminuir a nossa factura energética e melhorar o nosso desempenho ambiental. Temos de incentivar, como tem sido feito, as tecnologias emergentes e os sectores em que temos pontos fortes, como o turismo, o património, as indústrias criativas, a saúde. Dispomos de pólos de investigação de excelência internacional, alguns dos quais tive oportunidade de visitar; de boa cobertura de redes de telecomunicações; de recursos paisagísticos, culturais e naturais com qualidade e diversidade; de um elevado potencial em energias renováveis; e de possibilidades de reforço da cooperação económica e cultural no espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

 

Precisamos de refazer o nosso tecido industrial, não numa lógica de proteccionismo mas de aproveitamento dos recursos endógenos e de incorporação das elevadas qualificações das gerações jovens.

 

Precisamos de investir na economia social, que tem demonstrado em Portugal ser capaz de aliar solidariedade, capacidade organizativa e inovação e que em momentos de crise desempenha um papel insubstituível no apoio aos mais carenciados. Precisamos de combater o desperdício, sem esquecer que o nosso principal desperdício é o desemprego.

 

É altura de não repetir os erros que estiveram na origem desta crise. É altura de procurar novas soluções, sob pena de uma crise muito grave se transformar numa espécie de terceira grande depressão.

 

Como Presidente, sem me substituir ao governo, serei o inspirador de debates sobre as mudanças de que precisamos. E promoverei o diálogo entre todas as forças políticas e todos os parceiros sociais, porque precisamos de convergir num desígnio nacional que nos permita criar em Portugal, como disse António Sérgio, as condições concretas da liberdade e do desenvolvimento em que todos tenham lugar.

 

 

Consulte na íntegra o Contrato Presidencial aqui

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 03 Janeiro , 2011, 16:31

 

 

 

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 03 Janeiro , 2011, 16:28

Quando os seus amigos rebentavam com o BPN Cavaco esteve calado. Quando Dias Loureiro mentiu ao Parlamento defendeu-o. Agora fala. Para atacar quem recebeu o presente envenenado.

 

Ainda o debate entre Cavaco Silva e Manuel Alegre. Um dos poucos momentos que deu que falar foram as críticas do Presidente à Caixa Geral de depósitos na gestão que está a fazer do BPN. A comparação que Cavaco Silva fez com a situação inglesa, quando se está, em Portugal, a falar de um caso de polícia, deixa claro para todos que o suposto rigor técnico de Cavaco não tem correspondência com a realidade. Já tinhamos observado isso mesmo quando, com o maior dos descaramentos, explicava, no tom professoral do costume, que o negócio da ponte Vasco da Gama não era uma Parceria Público-Privado.

 

Quando os seus amigos andavam a brincar com o fogo no BPN, Cavaco Silva ficou calado. Quando o caso rebentou, ficou em silêncio. Quando o seu ex-ministro Dias Loureiro mentiu ao Parlamento veio em sua defesa para o tentar segurar no Conselho de Estado. Quando o BPN foi nacionalizado, deixando de fora a SLN, concordou e calou-se.

 

Quando resolve falar Cavaco Silva? Agora. Para criticar quem afundou o BPN num buraco de pelo menos cinco mil milhões de euros? Não. Para assumir que Dias Loureiro e Oliveira e Costa tiveram um comportamento vergonhoso? Não. O Presidente abre a boca pela primeira vez sobre o caso BPN para atacar quem, mal ou bem, recebeu o presente envenenado.

 

Cavaco Silva não consegue disfarçar a sua dificuldade em falar sobre este caso de mãos livres. O descaramento desta acusação - que demonstra também a sua irresponsabilidade institucional - prova que não é, nesta matéria, um homem livre. Um dia saberemos porquê.

 

Daniel Oliveira

in “EXPRESSO”

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 02 Janeiro , 2011, 22:57

 

4. O que está em causa nesta eleição

 

O que está em causa nesta eleição não é só a escolha de uma personalidade, embora seja importante saber se vamos ter como Presidente uma personalidade aberta ao mundo, com uma visão de modernidade, liberdade e justiça social, que lute contra as discriminações e não tenha preconceitos conservadores; ou uma personalidade que é contra aquelas leis que mudaram os costumes em Portugal.

 

Mas o que está em causa é muito mais do que isso - é a interpretação dos poderes presidenciais e a defesa do conteúdo social da nossa democracia.

 

A política deve ser um exercício ético. Os portugueses esperam que o Presidente fale com clareza nos momentos difíceis. Que não se esconda por detrás de formalismos, ambiguidades e silêncios geradores de equívocos. A clareza e a frontalidade são um factor de estabilidade para a democracia.

 

Comigo na Presidência da República, como aconteceu com Jorge Sampaio e com Mário Soares, os portugueses terão alguém que defende a cooperação institucional numa base de lealdade, moderação e fidelidade à sua própria interpretação dos sentimentos do País; não alguém que a coberto do ambíguo conceito de “cooperação estratégica” assume a ideia de uma partilha de governação susceptível de gerar conflitos institucionais.

 

Comigo na Presidência da República os portugueses terão alguém com uma visão cultural, histórica e estratégica para Portugal; alguém que sempre disse com orgulho a palavra Pátria, com sentido de modernidade e de futuro; alguém que acredita que Portugal vale a pena; alguém que quer, com todos vós, ajudar a reconstruir a palavra esperança.



 

Consulte na íntegra o Contrato Presidencial aqui

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 01 Janeiro , 2011, 11:23

 

Um novo ano nasce e com ele um novo alento. A esperança é difícil mas a esperança constrói-se com as nossas mãos. Conto convosco para uma mudança que dê um sentido e horizonte ao quotidiano dos portugueses. Nestes votos de uma vida melhor, passo-vos este testemunho numa estafeta de luta para um país mais justo e solidário. Apelo-vos a passá-lo de mão em mão, partilhando a nossa página do facebook com amigos. Com todos nós será certamente possível.

Manuel Alegre 

 

Manuel Alegre Facebook

Manuel Alegre Página

 

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Dezembro , 2010, 22:29

 

 

No rescaldo do debate mais aceso e mais visto destas eleições presidenciais, Manuel Alegre fez um balanço e afirmou que “ninguém está eleito, nada está resolvido”. Em entrevista ao SAPO, o candidato presidencial desvalorizou as sondagens e garantiu que vai lutar por uma segunda volta.

 

Apesar de ontem, depois do debate, ter referido que este frente-a frente reactivou a campanha eleitoral, Manuel Alegre relembrou que “a campanha tem estado sempre activa”. No entanto referiu que “algumas pessoas é que estariam interessadas que não houvesse campanha”. Para Manuel Alegre, o debate de ontem contribuiu “para as pessoas perceberem que ninguém está eleito, nada está resolvido”.

 

No debate, Cavaco Silva adoptou uma estratégia de ataque imputando a Manuel Alegre repetidas acusações de que o actual Presidente estaria a destruir o Estado social. Mas o antigo deputado socialista defendeu-se afirmando: “Nunca o acusei de ter destruído o estado social, o que eu digo é que ele nunca se pronuncia”.

 

No que diz respeito a sondagens, o último barómetro da Marktest para o Diário Económico e para a TSF dava uma maioria confortável de 78,3% ao actual Presidente, uma situação que não incomoda Manuel Alegre, que diz estar “formado” neste assunto.

 

O candidato presidencial apoiado pelo PS e BE relembrou as últimas eleições quando, a dias da votação, Cavaco Silva tinha uma grande vantagem sobre Manuel Alegre. “Das duas uma”, afirma, “ou as sondagens enganam ou então Cavaco Silva perde muitos votos em campanha”.

 

Manuel Alegre garante estar a lutar por uma segunda volta e diz que não vê razões para tal não acontecer. Contudo, afirma que quem poderá estar preocupado com essa situação é o candidato Cavaco Silva. “Ele é que estava muito crispado e muito nervoso no debate de ontem, se está tão certo das sondagens não sei porque é que está tão nervoso”, concluiu. 

 

O frente-a-frente de Cavaco Silva e Manuel Alegre foi o mais visto de todos os debates entre candidatos para as eleições presidenciais e foi também um dos mais tensos.

 

Rita Afonso

retirado daqui

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Dezembro , 2010, 14:12

 

 

8. O meu compromisso pelo Estado Social

 

As desigualdades sociais dificultam o crescimento económico. Os países mais prósperos são também os mais igualitários. Precisamos de políticas económicas que favoreçam a redistribuição do rendimento, para superar as situações de pobreza que persistem, dinamizar o consumo das famílias e induzir o crescimento económico.

 

É preciso equilibrar as contas públicas. Mas também há o défice português que continua a ser um défice social, um défice de emprego, um défice de justiça e um défice de solidariedade.

 

Precisamos de defender, preservar e garantir a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, a principal transformação social do nosso sistema democrático. Precisamos de defender a escola pública, uma escola pública de qualidade e exigência. Precisamos de defender o serviço público de segurança social.

 

Foi apresentado um projecto de revisão constitucional que é um programa de governo e um projecto estratégico de destruição do Estado social.

 

O meu compromisso é claro: pelo meu passado e pelas minhas posições, os portugueses têm a garantia de que, se algum governo ou Parlamento, no futuro, pretender acabar com o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a Segurança Social Pública, eu estarei contra e exercerei, sem hesitações, o meu direito de veto.

 

Quero igualmente deixar claro - porque é tempo de falar claro - que utilizarei todos os poderes de que dispõe um Presidente da República para impedir a liberalização dos despedimentos através da eliminação do conceito de justa causa, porque a Constituição não é neutra e defende o elo mais fraco da relação laboral – o trabalho.

 



Consulte na íntegra o Contrato Presidencial aqui.

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Dezembro , 2010, 14:08

 

“No debate com Manuel Alegre, Cavaco clarificou qual o conteúdo da sua alegada fidelidade ao Estado Social: apoia a acção das Misericórdias e das IPSS e comprometeu-se com acções de socorro social como a da distribuição de restos de refeições de restaurantes. Coisas dignas de apreço, claro. Só que o Estado Social não é nem assistência nem socorro, é justiça.”

 

JOSÉ MANUEL PUREZA 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Dezembro , 2010, 13:44

 

A marca que sobressaiu do único debate entre os dois verdadeiros candidatos presidenciais desta campanha foi o ressurgimento de Manuel Alegre, numa altura em que a sua campanha parecia estar soterrada pelo desinteresse dos eleitores e pelo enorme favoritismo de Cavaco Silva. Mas Alegre ganhou o debate de ontem. E, talvez mais importante do que isso, Cavaco perdeu-o.

 

O candidato apoiado pelo PS e pelo Bloco conseguiu surpreender pela forma ponderada com que se apresentou. Explorou muito bem as contradições do adversário e conseguiu falar para os eleitores do centro, o que foi decisivo. Num frente-a-frente em que por mais de uma vez falou na sua concertação com o Governo (por causa dos tais eleitores do centro), Cavaco preferiu entrar ao ataque e mostrar que Alegre tinha "enganado os portugueses". Não o conseguiu. Ficou prisioneiro do seu guião, crispou-se e nem sequer se lembrou de questionar como é que Alegre pode ser apoiado ao mesmo tempo pelos socialistas e pelos bloquistas. Foi arrogante. E facilitou a tarefa ao seu adversário, que tinha de mostrar aos eleitores socialistas que poderão votar Cavaco (não são poucos) uma imagem deste de que eles não gostam. Esteve melhor nas questões dos mercados e do Estado social. Devia ter-se abstido de pessoalizar o caso BPN, mas este tornou-se em definitivo o tema da campanha. E isso é péssimo para Cavaco.

 

Que consequências terá este debate? No imediato, a constatação de que Alegre regressou. Fez tudo certo, mas um debate não chega para vencer todos os anticorpos. E o caminho para conseguir uma segunda volta ainda é muito difícil. O futuro dirá se conseguiu ou não começar a trilhá-lo ontem.

 

in jornal “PÚBLICO” de 30/12/2010

 

Manuel Alegre criticou o desempenho do Chefe de Estado no domínio da política externa e referiu-se ao BPN como um caso de "promiscuidade entre política e negócios".

 

in “RTP 1”

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 29 Dezembro , 2010, 11:08

 

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 29 Dezembro , 2010, 11:05

 

 

3. O que cabe ao Presidente dizer

 

A crise actual tem um fundamento económico mas é essencialmente uma crise de organização política, que se transformou numa crise social graças ao desemprego elevado e ao ataque ao Estado social.

 

Há uma massa imensa de recursos públicos posta ao serviço do sector financeiro, que onera os Estados, e cuja apropriação se tornou privada. É um caso original de nacionalização sem transferência efectiva de propriedade. O que mostra que o Estado pode ter um uso selectivo. E que é criticado por alguns quando intervém na esfera social, mas já não é criticado quando é capturado por interesses poderosos.

 

A crise produziu um desequilíbrio fundamental em favor de poderes não legitimados, como os poderes financeiros e especulativos, e em desfavor dos poderes legítimos e soberanos e do mundo do trabalho e da produção.

 

Por isso a resposta à crise não é só económica, é e tem de ser política.

 

O actual PR tem sido, tanto nos silêncios quanto nas intervenções sibilinas, um agente activo do lado do que está errado e um sonoro ausente do lado do que é justo: a defesa do Estado português e da legitimidade social que ele deve ter.

 

A grande arma de um Presidente é a palavra. As palavras ajudam a mudar a vida, ajudam a criar confiança e esperança.

 

Cabe ao PR dizer que a situação presente está assente em lógicas perversas, condições injustas e desequilíbrios perigosos. E cabe-lhe defender o povo, vítima maior de processos insustentáveis de que são beneficiários poderosos interesses.

 

Cabe ao PR dizer que a economia não é os mercados especulativos nem a finança internacional sem rosto. A economia é um sistema de organização produtiva para criar riqueza e emprego, desenvolver o bem-estar das pessoas, gerar progresso e reparti-lo justamente.

 

É desta economia que não se fala e, por isso, se desamparam os que não têm emprego, se ignoram os enormes desperdícios que se estão a gerar e se tomam posições do lado dos que beneficiam da crise.

 

Cabe ao PR ser uma voz portuguesa na Europa. Não está escrito em lado nenhum que a superação do drama e da tragédia europeia não possa iniciar-se com vozes vindas das periferias. A Europa não será Europa sem uma visão da importância do seu desenvolvimento solidário e da sua dimensão conjunta no mundo global.

 

 

Consulte na íntegra o Contrato Presidencial aqui

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 29 Dezembro , 2010, 11:04

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 27 Dezembro , 2010, 22:14

As próximas eleições presidenciais são críticas. Primeiro, porque delas dependerá a existência de um sistema de freios e contrapesos do Presidente perante o Governo/maioria parlamentar mais ou menos forte. Segundo, porque desse tipo de contrapeso dependerá a preservação, ou não, do modelo de Estado social tal como o conhecemos hoje. Terceiro, porque na sequência mais ou menos próxima destas eleições iniciar-se-á, provavelmente, um novo ciclo político ao nível governativo, o qual, se não for mitigado, levará muito provavelmente a um modelo de desenvolvimento baseado em (ainda mais) baixos salários, baixos impostos para as empresas e recuo dos serviços públicos.

 

Em primeiro lugar, no nosso sistema de governo o Presidente da República tem funções importantes, designadamente: moderar a acção da maioria parlamentar (via vetos e pedidos de fiscalização da constitucionalidade das leis), funcionando como um contrapeso da mesma, e zelar pelo respeito dos direitos (civis, políticos e sociais) fundamentais dos cidadãos. Esta função de contrapeso foi exercida por Cavaco face à maioria socialista apenas nos domínios dos estilos de vida/valores morais e nas questões institucionais. Se nem face ao Governo socialista Cavaco exerceu qualquer contrapeso na arena socioeconómica, imagine-se face a um governo do PSD... Pelo contrário, se é verdade que Alegre já deu bastantes provas de lealdade face ao seu partido, também é verdade que sempre demonstrou uma grande autonomia face ao mesmo. Na legislatura passada, dois episódios foram reveladores: primeiro, enquanto a situação na educação não superior se deteriorava aos olhos de toda a gente, Cavaco primava pela ausência... Pelo contrário, Alegre sempre lembrou que não há escolas sem professores... e que a democracia não se esgota nas urnas, ou seja, que era preciso negociar... Segundo, aquando da revisão do Código do Trabalho, quando o PS rompia com alguns dos seus compromissos anteriores (na oposição: 2002-2005; na campanha de 2005), designadamente face ao princípio do "tratamento mais favorável", foi Alegre quem divergiu da maioria socialista, não Cavaco...

 

Em segundo lugar, porque da existência desse contrapeso presidencial dependerá a preservação do modelo de Estado social tal como o conhecemos hoje. As pressões para a sua compressão são imensas. Apesar de Portugal ter das mais altas taxas de contratados a prazo e de recibos verdes na UE 27, logo um mercado de trabalho bastante flexível..., as instâncias europeias pressionam-nos para que tornemos ainda mais precários os vínculos laborais... Os mercados internacionais, e os especuladores financeiros que lhes estão associados, querem um recuo das despesas sociais... O partido do actual Presidente, o PSD, apresentou um projecto de revisão constitucional onde propõe uma liberalização dos despedimentos e um recuo significativo do papel do Estado na Saúde e na Educação, logo apontando para uma privatização (pelo menos parcial) destes serviços. Finalmente, os apoiantes de Cavaco querem o recuo do Estado social. Rui Ramos (e o seu discípulo H. Raposo), recentemente convidado para apresentar o último livro de Cavaco, todas as semanas se insurge no Expresso contra o Estado social, contra os "privilégios" dos funcionários públicos, contra os sindicatos e os grevistas, etc. Muitos outros apoiantes, como Daniel Bessa ou Medina Carreira, pugnam no mesmo sentido. Bessa dizia recentemente ao PÚBLICO (9/12/2010) que "a economia está a ser aniquilada pelo Estado social". Logo, Cavaco não tem condições para ser um contrapeso em defesa do Estado social: muitos dos seus apoiantes pressioná-lo-ão para que seja o seu coveiro. Em sentido oposto, pelos seus valores, pelas suas práticas e pelos compromissos recentemente assumidos, Alegre é o candidato mais bem posicionado para defender os serviços públicos nestes tempos difíceis.

 

Em terceiro lugar, na sequência mais ou menos próxima das eleições presidenciais iniciar-se-á, muito provavelmente, um novo ciclo político ao nível do Parlamento e do Governo, sobretudo se Cavaco for o Presidente escolhido... Desse eventual novo ciclo espera-se a aposta num novo modelo de desenvolvimento económico para o país: assente em salários (ainda mais) baixos, redução dos custos com a reprodução do factor trabalho, ou seja, compressão do fornecimento de serviços públicos pelo Estado, e assente sobretudo em baixa fiscalidade para as empresas, etc. (vai nesta linha o projecto de revisão constitucional do PSD; veja-se ainda a entrevista de Maria João Rodrigues ao DN/Bolsa, 10/12/2010). Neste contexto, a existência de um contrapeso social na Presidência da República será mais necessário do que nunca, mas Cavaco (ao contrário de Alegre) nunca o poderá protagonizar. Por tudo isso, estas eleições são tão críticas e a mobilização de todos os que, da esquerda à direita, valorizam o Estado social é tão necessária.

 

André Freire, Politólogo

in jornal “Público” de 27/12/2010

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 27 Dezembro , 2010, 13:42

 

6. A mudança na Europa pode começar aqui

 

Somos europeus por direito próprio e devemos estar no centro e na vanguarda da construção europeia. Portugal foi Europa antes de Europa o ser. Foi a visão dos nossos navegadores que trouxe à Europa um novo ver e um novo saber. A revolução cultural e científica, fruto das navegações, destruiu mitos e dogmas e trouxe ao mundo o espírito moderno, o espírito do renascimento, o espírito europeu. É este espírito de abertura à diferença e aos outros que é preciso levar à Europa. Podemos voltar a ser pioneiros.

 

Sobretudo agora que a Europa entrou num perigoso ciclo de desconstrução e quebra de solidariedade. Estão em curso reformas dos tratados que não nos podem ser impostas. Temos que ter uma palavra nossa, afirmativa e crítica, porque a Europa precisa de decisões colegiais e não de decisões cozinhadas a dois pelo novo eixo do centro contra os países da periferia.

 

Temos que libertar a dívida soberana dos Estados. A reforma financeira na Europa é mais importante e urgente que qualquer outra, porque foi o sistema financeiro que esteve na origem da actual crise. As finanças devem ser postas ao serviço da economia. Devem ser criadas taxas sobre as transacções financeiras e lançadas as euro-obrigações há tantos anos defendidas por Jacques Delors para financiar solidariamente o investimento, o crescimento e o emprego na Europa.

 

A mudança de que a Europa precisa pode começar por um país como Portugal. O 25 de Abril também foi um acto pioneiro, também abriu caminho à transição democrática na Espanha, na Grécia, no Brasil e noutros países. Porque se somos periféricos na Europa, não somos periféricos no mundo.

 

Temos de valorizar a nossa dimensão euro-atlântica. Não apenas na perspectiva da afirmação e internacionalização da língua e do desenvolvimento das relações económicas, mas no da constituição de um novo espaço político, económico e cultural. Não é por acaso que um número crescente de países se tem aproximado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. É por aí que passa a singularidade de um país que é muito maior do que o seu pequeno território, mas que, pela língua e pela História, pode e deve ser no Mundo um actor global, como se comprovou na eleição de Portugal para membro não permanente do Conselho de Segurança. É essa também a função do Presidente da República: dar à representação externa a dimensão patriótica da História, da cultura e da língua portuguesa, porque essa foi, é e continua a ser a nossa riqueza principal.

 

Portugal deve prosseguir uma política internacional baseada numa diplomacia de paz, capaz de antecipar crises e conflitos, favorável à eliminação da violência e ao reforço dos mecanismos multilaterais de segurança. Uma diplomacia que contrarie a cultura de morte alimentada pelo terrorismo e pelos extremismos de toda a espécie. E é nesse sentido que deve agir nestes dois anos em que tem assento no Conselho de Segurança.

 

A política externa portuguesa deve articular a integração europeia com a abertura a novos espaços geopolíticos: o continente americano, desde a América do Norte até à importante dimensão ibero-americana; a CPLP; o Magrebe; as nações emergentes da Ásia.

 

Deve ser reafirmada a importância das duas dimensões da intervenção das Forças Armadas portuguesas no exterior: a cooperação técnico-militar com os países africanos de língua portuguesa e a participação em missões de paz das Nações Unidas.



Consulte na íntegra o Contrato Presidencial aqui.

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 27 Dezembro , 2010, 13:41

A esperança não é um território perdido. É possível evitar a sombra do recavaquismo. É indispensável. Não se pode deixar crescer mais a arrogância da direita, banhada por uma tecnocracia economicista, com a qual se julga blindada. Não se pode deixar crescer ainda mais essa direita melíflua, disposta a suportar molemente a vergonha de todos os "diktats", desde que sejam da responsabilidade do que resta de imperial no xadrez europeu, do poder frio do dinheiro ou das sombras autoritárias dos poderes de facto. Uma direita como sempre preparada para balir como um cordeiro perante os predadores internacionais que nos cercam e para rugir como um leão contra o seu próprio povo.

 

Manuel Alegre, Presidente : é uma oportunidade única para um regresso do povo de esquerda à sua enorme força de se mover em conjunto, ao mesmo tempo, para o mesmo lado. É uma oportunidade, não é uma oferta. É um objectivo possível, não é uma certeza. É o oxigénio que todas as esquerdas podem respirar, sem terem que deixar de ser elas próprias.

 

Manuel Alegre, Presidente: é a muralha que nos protegerá dos bárbaros, que, mesmo com os seus ouropéis coloridos e tonitroantes, não conseguem esconder a sofreguidão com que procuram salvar-se, à custa de um retrocesso civilizacional, que começaria por afundar os povos, para depois arrastar na sua voragem o volátil conforto dos senhores.

 

Manuel Alegre, Presidente: não é a oportunidade de um poeta, nem o destino de um combatente. É a oportunidade de o povo de esquerda regressar à sua viagem.

 

 

Rui Namorado

retirado daqui

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sexta-feira, 24 Dezembro , 2010, 19:24

publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 23 Dezembro , 2010, 23:12

 

5. Como encaro o papel do Presidente

 

Estou preparado para ser Presidente de todos os portugueses e para trabalhar com qualquer governo com legitimidade democrática. Não serei um Presidente de facção. Não me candidato para governar, para fazer ou desfazer governos. Não é esse o papel do Presidente.

 

O Presidente é um regulador, um moderador político e social, que deve inspirar o debate em torno dos grandes problemas nacionais, mobilizar as energias necessárias para lhes fazer frente, desenvolver um magistério de proximidade e exigência, assumir a representação de Portugal e defender a nossa soberania e a qualidade da nossa democracia.

 

Os actuais poderes que a Constituição confere ao Presidente são adequados e suficientes. Não deve inventar mais nem restringir os que tem. Não deve lançar mão de expedientes que a Constituição não prevê para fazer valer a sua opinião. Mas também não deve confinar-se a uma leitura redutora e formalista da Constituição.

 

O Presidente tem de zelar pela saúde da nossa vida democrática, através da liberdade de imprensa e de todas as liberdades civis; tem de assegurar que a participação dos cidadãos na vida política não se esgota nas eleições e na representação partidária; e tem de exigir independência e isenção em todos os organismos da administração pública.

O Presidente tem de vigiar a ocorrência de conflitos de interesses entre o mundo político e o mundo económico, o poder mediático e de um modo geral todos os poderes fácticos não sufragados nem legítimos.

 

O Presidente é o garante dos valores e princípios consagrados na Constituição da República, que lhe cabe cumprir e fazer cumprir. Não pode calar-se nem pode ser neutro quando estiverem em causa valores e direitos fundamentais ou o regular funcionamento das instituições democráticas.

 

Por isso não serei neutro, como nunca fui, na luta pela decência da democracia e pela transparência da vida pública, contra o clima de permanente insinuação e suspeição que mina a confiança dos cidadãos.

 

Não serei neutro contra o clientelismo, a corrupção e os interesses que tentam capturar o Estado democrático.

 

Não serei neutro relativamente à necessidade de a Justiça reassumir com autoridade e prestígio a sua função de pilar essencial do funcionamento do estado de Direito.

 

Não serei neutro na defesa do papel insubstituível das Forças Armadas e no apoio aos militares portugueses empenhados em missões decorrentes dos compromissos internacionais do nosso país no quadro das Nações Unidas.

 

Não serei neutro na valorização da História, da Cultura e da Língua portuguesa e na defesa dos interesses e valores permanentes de Portugal.

 

Não serei neutro na defesa dos direitos sociais que nas democracias modernas e na nossa Constituição são inseparáveis dos direitos políticos e sem os quais a nossa democracia ficaria mutilada.

 

 

Consulte na íntegra o Contrato Presidencial aqui


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 23 Dezembro , 2010, 14:01

O álbum “Operários do Natal”, de meados dos anos 70, faz parte do nosso imaginário.

 

Em cada música fala-se de uma profissão que trabalha mais arduamente no Natal. O Lenhador, o Carteiro, os Palhaços, o Vendedor, o Pasteleiro, os Pais e ainda os Amigos.

 

 

 

 

  “Quando nasce um menino é sempre Natal. Quando tu nasceste também foi Natal. E foram os teus pais que o fizeram.” ; “Quem abate o pinheiro do Natal, é alguém que trabalha e ganha mal” ; “O palhaço ri e chora, é conforme, é conforme, pagam-lhe o sorriso à hora, e com o riso come e dorme” ; “A mão que embrulha, a mão que trabalha, tem sempre o seu ganha-pão” ; “o Pai Natal de hoje em dia, não tem barbas nem sacola, dá mãos cheias de alegria, dá ternura, não dá esmola”, etc.

 

Ao re-ouvir estas canções sentimos um misto de emoções, que queremos partilhar com vocês

 

 

O NATAL 

 

 

Quem faz o Natal para todos nós? São os amigos
Quem nos dá prazer e dá calor? São os amigos
A quem é que damos a ternura? É aos amigos
A quem é que damos o melhor? É aos amigos

Os amigos são o nosso bolo de Natal
Cada amigo nosso vale mais que um Pai Natal
É um irmão nosso que trabalha no Natal
E com suas mãos faz a diferença do Natal

O dinheiro pouco importa
O que importa é a verdade
E a prenda mais valiosa
É a prenda da amizade

Quem faz das tristezas forças
E das forças alegrias
Constrói à força de Amor
Um Natal todos os dias.


"Os Operários do Natal"
 

textos de Ary dos Santos e Joaquim Pessoa



Um Feliz Natal para Todos

 

 retirado daqui

 




publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 23 Dezembro , 2010, 13:51

 

“Tenho muito orgulho em ser um dos construtores da democracia” afirmou Manuel Alegre no frente-a-frente com Fernando Nobre na TVI. Manuel Alegre considerou que Fernando Nobre preferiu falar do passado e “pessoalizar” a questão, enquanto ele preferiu “discutir questões políticas, que são essas que são importantes”. “Somos candidatos à Presidência da República e estamos aqui para discutir o que é que isso significa e o que cada um pensa para o país”, destacou Manuel Alegre.

 

“Tenho muito orgulho em ser fundador do sistema democrático e também estou aqui pelo futuro. Ninguém é proprietário do futuro”, disse, numa das respostas que deu ao médico, líder da AMI.

 

Ao longo de cerca de 30 minutos, o candidato presidencial Fernando Nobre fez sistemáticos ataques ao percurso político de Manuel Alegre, acusando-o em várias situações de “falta de coerência” política e, em contrapartida, reivindicou para si o pilar da “cidadania” na corrida a Belém.

 

Perante o discurso de ataque de Nobre, Manuel Alegre ripostou dizendo que “ninguém tem o monopólio da cidadania” e frisou que não gosta de políticos que se apresentam a debate “com uma ideia de superioridade moral”.

 

Manuel Alegre, que aproveitou para elogiar a prestação do candidato comunista Francisco Lopes no debate de terça-feira com Cavaco Silva, também na TVI, recusou a ideia de estar dependente dos partidos que o apoiam e considerou “perigoso” o estilo de discurso de Fernando Nobre, porque em democracia "somos todos responsáveis", lembrando que o fundador da AMI, ao candidatar-se à Presidência, também está a tomar parte do sistema.

 

Manuel Alegre considerou ainda um “sinal errado” a intenção do Governo de criar um fundo para indemnizações do desemprego, porque o importante é gerar emprego e realizar políticas de crescimento. Manuel Alegre voltou a demarcar-se das opções inerentes ao Orçamento do Estado para 2011, perante os ataques de Nobre que pretendia responsabilizá-lo por isso. Alegre recordou ainda, em resposta a uma pergunta de Constança Cunha e Sá sobre a greve geral, que sempre tinha afirmado que a recente greve geral era “um facto importante”, política e socialmente, e que os sindicalistas conhecem as suas posições nessa matéria.

 

No único ataque que fez a Nobre, Alegre criticou o líder da AMI por ter colocado em causa a universalidade do Serviço Nacional de Saúde, ao defender que “quem tem meios deverá pagar” os benefícios do sistema. Não podemos ter um sistema de saúde para ricos e outro para pobres, defendeu.

A moderadora do debate, a jornalista Constança Cunha e Sá, questionou Alegre se ele, tal como Cavaco Silva, também entende que o Governo falhará se o FMI vier a entrar em Portugal. Alegre respondeu com duras críticas ao atual Presidente da República: “Foi uma afirmação imprudente e que não deveria ter feito, porque dá um sinal negativo”. “Está a lavar as mãos dessa situação, acho que é uma quebra de lealdade institucional e está a dar um sinal lá para fora. Se o FMI vier, todos somos responsáveis, mas ele também é responsável como Presidente da República”, frisou Manuel Alegre.

 

 

retirado daqui

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 22 Dezembro , 2010, 20:43

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

E eu vi. Uma estrela que brilhava mais que as outras estrelas. Era uma estrela de prata. A estrela da avó. Brilhava no céu, brilhava outra vez dentro de mim, quase posso jurar que brilhava dentro dos outros três.
Então eu perguntei ao africano como se chamava. E ele respondeu:
- Baltazar.
Perguntei ao velho e ele disse:
- Melchior.
E sem que sequer eu lhe perguntasse o eslavo disse:
- O meu nome é Gaspar.
Era noite de Natal e talvez ainda por magia da avó eu estava na rua, em Les Halles, com os três reis do Oriente, Magos, diria o meu pai.
- E agora? perguntei a Baltazar.
- Agora, respondeu o africano apontando a estrela, agora vamos para Belém.

in Conto de Natal de Manuel Alegre: A estrela.

Ler aqui

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 22 Dezembro , 2010, 14:35

 

Esta candidatura presidencial realiza no próximo dia 8 de Janeiro um encontro de sindicalistas e activistas do mundo do trabalho, com a presença de Manuel Alegre.


Este encontro segue-se ao apelo lançado por uma centena de dirigentes sindicais e activistas, texto que segue em anexo e que te convidamos a subscrever.


As próximas semanas são essenciais para a esquerda conseguir impor uma segunda volta e para, nela, levarmos Manuel Alegre à Presidência da República.

 

É o momento de participar e tomar a palavra.

 

Contamos contigo nesta iniciativa e neste apelo!

 

PARA SUBSCRIÇÃO DO APELO: sindicalistasapoiamalegre@gmail.com

PARA INSCRIÇÃO NO ALMOÇO: 910460669

O almoço - no valor de 10€ - terá lugar no restaurante Quinta dos Cantadores, em Palmela.


Ver mapa de acesso aqui.

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 22 Dezembro , 2010, 11:47

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 22 Dezembro , 2010, 10:08

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Terça-feira, 21 Dezembro , 2010, 22:06

 

 

Ler  aqui.

 

 

PARA SUBSCRIÇÃO DO APELO: sindicalistasapoiamalegre@gmail.com

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Terça-feira, 21 Dezembro , 2010, 19:07

 

 

 

 

 

  

 

 

 

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

  

de MANUEL ALEGRE

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 20 Dezembro , 2010, 21:37

 

viva quem canta
que quem canta é quem diz
quem diz o que vai no peito
no peito vai-me um país

 

mas quem canta para sentir
para explicar-se e para ser
pensem só quanto haveria
ainda para dizer

 

 

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 20 Dezembro , 2010, 17:52

 

A “razão da força" foi sempre o paradigma do País, desde que tomei consciência da vida pública. A tropa; cumpre-se a ordem e só depois se contesta. A igreja; com um Deus omnipotente e, nunca infinitamente BOM. O estado; sempre "a bem da Nação". Vivi a primavera da vida neste contexto, amaldiçoando os esbirros, e os dirigentes que continham a revolta à custa da "razão da força". A nação consumiu 39 meses da minha vida, como de tantas outras vidas, para combater aqueles que tinham razão e, que defendiam os seus legítimos interesses. A força da razão, único paradigma justo, humanista e solidário, que não se coaduna com quem sacode a água do capote, com quem perante os apertos se silencia, com quem não é capaz de assumir a ruptura com receio de comprometer os seus interesses. É em nome da "força da razão" que estarei com Manuel Alegre, porque sei, no período negro que descrevi, quanta coragem, quanto risco, assumiu em nome da Pátria, que somos TODOS NÓS.

 

Manuel José Frota Antunes

 

  


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 20 Dezembro , 2010, 11:05

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

retiradas daqui

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 20 Dezembro , 2010, 07:15

 

 

 

Uma flor de verde pinho

 

Eu podia chamar-te pátria minha
dar-te o mais lindo nome português
podia dar-te um nome de rainha
que este amor é de Pedro por Inês.

Mas não há forma não há verso não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?
Meu amor transbordou. E eu sem navio.

Gostar de ti é um poema que não digo
que não há taça amor para este vinho
não há guitarra nem cantar de amigo
não há flor não há flor de verde pinho.

Não há barco nem trigo não há trevo
não há palavras para dizer esta canção.
Gostar de ti é um poema que não escrevo.
Que há um rio sem leito. E eu sem coração.

 

Manuel Alegre / José Niza

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 20 Dezembro , 2010, 00:45

 

Manuel Alegre na apresentação do Contrato Presidencial

 

"Não sou só eu que me candidato. Somos todos nós, os que acreditamos nos valores da liberdade, da justiça social e da solidariedade; todos nós, os que queremos uma democracia melhor; todos nós, os que dentro de partidos ou fora deles queremos uma nova esperança para Portugal. Dirijo-me às mulheres, aos homens e aos jovens do meu país, aos independentes e membros dos movimentos cívicos que estão na génese da minha candidatura, dirijo-me aos meus camaradas do Partido Socialista, dirijo-me aos companheiros do Bloco de Esquerda e da Renovação Comunista, dirijo-me a todos os que se reclamam da Doutrina Social da Igreja e a todos os portugueses e portuguesas que estão descontentes e querem dar a volta à política para construir uma sociedade mais justa e mais humanista: esta é uma hora de unir,de somar e de mobilizar."

 

Ler mais...

 

Veja o Contrato Presidencial

 

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 20 Dezembro , 2010, 00:34

 

"Sabemos que vão ser ásperos e rigorosos os dias que o futuro próximo imporá aos portugueses. E que, do povo que somos, se espera um esforço colectivo de acreditar de novo, assente no estímulo que um amparo de um espírito solidário - o teu - poderá fortalecer", afirmou, dirigindo-se a Manuel Alegre.

 

Na apresentação do manifesto eleitoral do candidato presidencial apoiado pelo PS e pelo BE, no Centro de Congressos de Lisboa, Sampaio, que falou primeiro de improviso, observou que o mandato presidencial "é um exercício solidário" mas também solitário.

 

"Não é solitário se soubermos ter connosco a mais variada teia de portugueses vindos de toda a parte e se soubermos (...) falar com os portugueses e ser sentido por eles", disse Jorge Sampaio, que se emocionou ao ser aplaudido de pé.

 

Sampaio explicou que abriu uma excepção na "discrição" que o seu estatuto de ex-Presidente da República lhe impõe para manifestar confiança na capacidade de Manuel Alegre de "exercer de forma soberana mas dialogante as exigências solitárias do poder presidencial".

 

Maria de Belém fala em dignidade e direitos sociais

 

Na sessão, a mandatária nacional de Manuel Alegre, a deputada do PS Maria de Belém Roseira, afirmou que apoia a candidatura de Manuel Alegre em nome da "dignidade e dos direitos sociais", criticando a visão dos que entendem que a solidariedade significa caridade.

 

"Com a caridade, transformamos pessoas que podiam afirmar-se em pessoas que têm que agradecer", afirmou.

 

Manuel Alegre, que leu quase na íntegra o seu manifesto eleitoral, ao longo de mais de 30 minutos, disse que seguirá o exemplo dos anteriores presidentes da República Jorge Sampaio e Mário Soares.

 

"Comigo na Presidência da República, como aconteceu com Jorge Sampaio e com Mário Soares, os portugueses terão alguém que defende a cooperação institucional numa base de lealdade, moderação e fidelidade à sua própria interpretação dos sentimentos do país", disse.

 

Para além de dois ministros - Jorge Lacão e Alberto Martins -, Alegre contou com a presença dos deputados socialistas Vera Jardim e Strecht Ribeiro, do presidente do PS, Almeida Santos, do secretário-geral da UGT e de várias figuras do futebol, entre as quais o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.

 

O ex-secretário de Estado do anterior Governo PSD Henrique de Freitas também marcou presença, tal como os deputados e dirigentes do BE Luís Fazenda, Helena Pinto e Heitor Sousa, e o renovador comunista Carlos Brito, entre outros.

 

Lusa

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 20 Dezembro , 2010, 00:29

 

“Não cederei a pressões ilegítimas contra o Estado democrático” garantiu esta noite Manuel Alegre em frente-a-frente com Francisco Lopes na SIC. Um debate em que ficaram claras as diferenças entre os dois candidatos, em especial no que respeita à Europa, com Manuel Alegre a apelar a toda a esquerda europeia no sentido de mudar a Europa, hoje dominada pelo centro contra a periferia.

 

Alegre insistiu na ideia de que um país sozinho não muda a Europa mas pode resistir e criticou o “silêncio inaceitável” do actual Presidente perante as pressões especulativas dos mercados financeiros sobre Portugal e o facto de ter “acrescentado pessimismo ao pessimismo”. Mas, admitiu, “como economista, se calhar está de acordo com as teorias neo-liberais e com o comportamento dos mercados”.

 

À pergunta da moderadora, Clara de Sousa, sobre se estaria disponível para apoiar Manuel Alegre na segunda volta, o candidato comunista esquivou-se, mas Manuel Alegre aproveitou para considerar que a candidatura de Francisco Lopes é positiva e que “cabe ao PCP decidir” o que fazer em caso de segunda volta.

 

Na declaração final, Manuel Alegre dirigiu-se aos jovens, afirmando que "não se pode congelar o futuro da juventude".

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 18 Dezembro , 2010, 20:01

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sexta-feira, 17 Dezembro , 2010, 15:01

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sexta-feira, 17 Dezembro , 2010, 00:09

 

O debate presidencial entre os socialistas Manuel Alegre e Defensor Moura foi de concordância na maioria das matérias. Os candidatos mostraram-se menos concorrentes e mais aliados, com o objectivo de obrigar Cavaco Silva a uma segunda volta nas eleições, para que o próximo presidente seja da esquerda partidária.


Essas intenções ficaram claras no discurso de Defensor Moura, que sublinhou o risco da eleição de um presidente e um governo de direita. Alegre reforçou que «está em causa a forma e o conteúdo da democracia». «As pessoas num país como o nosso precisam de serviços públicos», acrescentou.


As medidas avançadas pelo governo, em matéria laboral, também mereceram as críticas dos candidatos. «Parece que se está lutar para facilitar o despedimento e não criar emprego», afirmou Defensor de Moura, acusando o governo de obedecer a «sugestão de fora». Manuel Alegre insistiu que as medidas são «um sinal errado, porque facilita os despedimentos»,sublinhando igualmente que se trata de «pressões que vêm de fora».


Os dois socialistas uniram-se sobretudo nas críticas a Cavaco Silva. «O Presidente já devia ter dado uma palavra contra a pressão exercida contra Portugal. Cavaco dizia que não adiantava falar com o FMI. Isto é grave. Se diz isso, cada vez menos nos ligam. A função do Presidente é a de exercer pressão junto dos chefes de Estado para mostrar que a subida dos juros é feita por agiotas que não têm legitimidade», acusou Alegre.

 

in jornal “A BOLA”

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 16 Dezembro , 2010, 19:18

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 16 Dezembro , 2010, 15:11

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 16 Dezembro , 2010, 14:30

Portugal encontra-se numa situação muito difícil – défice orçamental, dívida externa, economia e desigualdades sociais. A esta situação fomos conduzidos por políticas erradas, de diversos governos (de todos os quadrantes), nos últimos 30 anos.

 

Fundamental,agora, é procurar soluções e olhar para o futuro.Contudo, também, é importante saber com quem vamos. Vencer a grave crise exige visão, competência, muita capacidade de decisão, transparência e, particularmente, a credibilização da classe política. Porque a ultrapassagem da crise só se alcançará com a mobilização dos portugueses, dos agentes económicos, sociais e culturais e dos cidadãos em geral. O que pressupõe plena confiança nos responsáveis políticos.

 

Dos políticos no activo, Cavaco Silva é aquele que hà mais tempo desempenha altos cargos na governação e na presidência do país. Cavaco Silva está na política hà 30 anos, dos quais 1 como Ministro das Finanças, 10 como Primeiro Ministro e 5 como Presidente da República. Sobre esse longo percursso de gestão pública e a sua influência na génese dos problemas que hoje o país enfrenta, há muitas questões que interessa esclarecer. Eis algumas:

 

1. É ou não verdade que Cavaco Silva, como Ministro do Plano e das Finanças da AD, em 1980, fez uma política expansionista, em contraciclo, anulando os ajustamentos orçamentais conseguidos pelos Governos PS/CDS e de Nobre da Costa, em 1978/79,  provocando novos défices excecivos e a entrada do FMI, em Portugal, em 1983/85?

 

2. É ou não verdade que Cavaco Silva, como Primeiro Ministro (1985/95), adoptou políticas eleitoralistas, com o desregulamento do sistema remuneratório da administração pública, o aumento do peso do Estado, e défices que ultrapassaram 8% do PIB ?

 

3. É ou não verdade que foram ex- Ministros de Cavaco Silva e pessoas que lhe eram próximas (Oliveira e Costa e Dias Loureiro) os responsáveis pela criação e gestão ruinosa (fraudulenta ?) da SLN/BPN provocando um “buraco” financeiro que vai custar milhões de euros aos portugueses?

 

4. Por exigência de transparência da vida pública, Cavaco Silva deve esclarecer a notícia do Expresso sobre negócio muito lucrativo ( 72 000 contos ?)- para si e familiares -, realizado entre 2001 e 2003, com a compra e venda de acções ( não cotadas ) da SLN. Terá havido  inside information, prática proibida por lei? Por outro lado, sendo Cavaco Silva um especialista em economia e finanças não saberia que o lucro proporcionado não tinha conrespondência em valorização sustentada das acções?

 

5.  Cavaco Silva vem referindo – ultimamente com alguma frequência-, que diversas vezes avisou sobre a má rota económica e financeira que o país vinha trilhando, nos últimos anos. Há dias invocou um artigo que escreveu. Outros avisos terão sido feitos nos discursos protocolares do 25 de Abril e do 5 de Outubro ( suponho eu).

 

Questões:

-Estando o país em perigo de insolvência externa, é através de artigos de opinião e discursos que o Presidente da República actua?

 

- Convocou o Primeiro-Ministro e transmitiu-lhe, atempadamente, essas suas análises e receios?

 

- Dirigiu mensagem à Assembleia da República através da fórmula que a Constituição consagra?

 

- Convocou o Conselho de Estado para o efeito?

 

- Utilizou os poderes que a Constituição lhe confere no que respeita à dissolução da Assembleia e demissão do Governo?

 

Estas são, em nossa opinião, algumas das questões que Cavaco Silva deverá esclarecer para que os portugueses possam ajuizar sobre os méritos da sua recandidatura, capacidades e condições para ocupar o alto cargo da Presidência, nos tempos difíceis que o país vai enfrentar.

 

António Fonseca Ferreira

COES

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 16 Dezembro , 2010, 14:27

Manuel Alegre no jantar do Mercado da Ribeira

 

 

 “Não quero ser o Presidente da depressão, quero ser o Presidente da recuperação”, disse Manuel Alegre esta noite num jantar com apoiantes no Mercado da Ribeira. “Este é um momento em que é preciso que a voz do Presidente se faça ouvir”, defendeu, apelando à mobilização de toda a esquerda, mas também aos que votam na direita e querem uma democracia mais justa e solidária, e ao combate aos indecisos e à abstenção nas eleições de 23 de Janeiro, porque “precisamos todos uns dos outros”.

 

Perante uma plateia com mais de meio milhar de apoiantes, Manuel Alegre recordou que “em eleições democráticas não há coroações” nem “vencedores antecipados”. “Não estou aqui para cumprir calendário, estou com todos vós para disputar estas eleições até à vitória, para ganhar estas eleições”. “Precisamos todos uns dos outros”, apelou o candidato.

 

Para Manuel Alegre, no actual momento da Europa e do país, esta crise “não é só económica, é também uma crise de organização social que se está a transformar em crise política”, considerando que “este é um dos momentos em que é preciso que a voz do Presidente se faça ouvir”.

 

“Não quero ser o Presidente da depressão, quero ser o Presidente da recuperação. Não quero ser o Presidente da resignação, quero ser o Presidente da mudança e da esperança”, afirmou, num apelo à ajuda de todos para “dar um sentido concreto à palavra esperança na construção em Portugal duma sociedade mais justa, mais humanista e mais solidária”.

 

“E também não quero ser um Presidente conformista e calado perante o ataque especulativo dos chamados mercados financeiros à nossa economia”, salientou, num discurso onde vincou as diferenças entre o seu percurso pessoal e político e o do actual Presidente: “Não julgo nem condeno ninguém pelo seu passado, mas há uma diferença entre os que lutaram no passado e os que não lutaram. Não é desonra, não é crime, não é vergonha não se ter lutado, mas eu fui toda a vida um lutador político e social – e Portugal precisa na Presidência da República de um lutador político, capaz de defender o Estado democrático e social”.

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 16 Dezembro , 2010, 14:25

Manuel Alegre na apresentação do MOVIMENTO JÁ

 

 

“Estamos hoje a lançar o Movimento Já com sentido de urgência, porque é preciso dar a volta ao mundo já, é preciso dar a volta à Europa já, é preciso dar a volta a Portugal já”, exortou Manuel Alegre esta tarde na apresentação do movimento de jovens apoiantes da sua campanha. Porque é preciso “restabelecer a confiança na política e criar uma nova esperança para Portugal”, o candidato defende que “só é possível mudar a politica se a juventude se empenhar no combate político”, pois “são os jovens que têm que assumir o nosso destino colectivo”.

 

Perante uma multidão de jovens apoiantes vindos de vários pontos do país e com a presença de Jacinto Lucas Pires, mandatário da juventude da sua campanha, Manuel Alegre reiterou que se baterá enquanto Presidente pelo combate á incerteza do futuro da juventude: “ Comigo na PR os jovens terão um companheiro de viagem, terão um companheiro de afirmação do seu lugar em Portugal porque eu não posso admitir que os jovens não tenham a esperança de chegar onde chegaram os pais”.

 

Embora existam hoje mais licenciados, mas “não ainda em número suficiente”, Manuel Alegre considera que “não são os jovens que têm que se adaptar ao mercado de trabalho, é o mercado de trabalho que tem que se adaptar à qualificação nova que temos no nosso país”. “Aliás, eu não gosto desta palavra, mercado de trabalho, o trabalho não é uma mercadoria, nós temos que dignificar o trabalho do homem, o trabalho das mulheres e sobretudo, o trabalho da juventude”, afirmou o candidato, arrancando um forte aplauso da plateia.

 

Manuel Alegre considera que as eleições de 23 de Janeiro, “que muita gente está a procurar ocultar”, “são porventura as mais importantes desde o 25 de Abril” porque “vai ser um combate decisivo pela forma e pelo conteúdo da nossa democracia”, deixando um apelo à juventude: “Preciso de vós e de muito mais jovens, porque são os jovens que têm que assumir o nosso destino colectivo”. 

 

 

 “Levem esta mensagem, eu já dei a volta a todo o país, estive em todos os distritos, nas regiões autónomas, na emigração, em Paris e em Bordéus, e em todos os lados eu estive muito bem acompanhado, em todos os lados tive centenas de pessoas, salas cheias, já falei a milhares de portugueses, por muito que isso desagrade aos fazedores de opinião, as pessoas estão mobilizadas à volta da minha candidatura, não vem nas notícias mas estão no terreno, estão aqui, em todo o país, e no dia 23 de Janeiro vão estar lá!”, afirmou com confiança.

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 15 Dezembro , 2010, 01:54

 

Numa sala repleta de cidadãos, de que destacamos a presença de Manuel Correia Fernandes (MIC Porto)  e de José Cavalheiro  (Renovação Comunista) bem como de  elementos do PS, do BE, dos Núcleos de Apoio a Manuel Alegre (Porto, Matosinhos, Gondomar  e Gaia)  e também cidadãos anónimos, decorreu ontem um debate subordinado ao tema "Cidadania,participação e coesão: reforma do Estado”, o quinto de um ciclo que agora termina, organizado pelo MAP/Porto.

 

O  moderador  Rui Oliveira apresentou os oradores e fez uma breve introdução sobre o tema em debate.

 

Salientamos os pontos principais das intervenções:

- João Teixeira Lopes referiu a ténue participação dos cidadãos (manifestações, greves, petições) mas que tem vindo a ser alargada através dos orçamentos participativos,  da agenda 21 local. Afirmou ser  necessário uma cultura pública de prestação de contas, transparência e reforçou que a iniciativa das pessoas tem espaço;

- José Luís Carneiro salientou que este debate era actual, estando em discussão pública a governação multi-nível e as  políticas de coesão 2013-2020. Há necessidade de dar maior poder decisório às autarquias, atendendo a que é um órgão de proximidade dos cidadãos.

Sobre a reforma do Estado fez a defesa da regionalização, do orçamento participativo e da reforma dos partidos políticos (necessário criar mecanismos para maior participação dos militantes e inclusive de simpatizantes);

- Pedro Bacelar Vasconcelos  defendeu o parlamentarismo e a responsabilização dos eleitos;

- Guilherme Pinto afirmou ser defensor da democracia participativa e da regionalização, alertando para uma cultura de responsabilidade dos cidadãos.

 

No final, foram colocadas questões pertinentes pelo público presente a que os palestrantes deram respostas, umas mais completas que outras.

 

 

fotos: Nuno M Carvalho

 

PS.: A propósito da Reforma do Estado e dos Partidos podem ler contributos aqui e aqui.

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 13 Dezembro , 2010, 22:19

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Amanhã, terça-feira, 14.Dezembro, pelas 21h30, na sede distrital da campanha de Manuel Alegre, ao Largo de Tito Fontes – Porto, uma sessão de reflexão/debate subordinado ao tema: CIDADANIA , PARTICIPAÇÃO, COESÃO: QUE REFORMA DO ESTADO?, com a participação de Guilherme Pinto, João Teixeira Lopes, José Luís Carneiro e Pedro Bacelar Vasconcelos e com a moderação de Rui de Oliveira.

 

Comparece!

 

Uma candidatura viva

 

 

Com Manuel Alegre

Vamos fazer aquilo que (ainda) não foi feito!

 

 

MAP/PORTO

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 12 Dezembro , 2010, 20:21

Peçam-lhe uma ideia de país, uma visão para o nosso futuro colectivo, e, mais vírgula menos vírgula, a resposta há-de ser qualquer coisa parecida com: “já existem palavras a mais na vida pública portuguesa e eu não vou acrescentar mais nenhuma”. É espantoso, claro, mas também é verdade. Sim: politicamente falando, Cavaco Silva é um muro.

 

Se alguém se atreve a lançar-lhe uma pergunta, um qualquer dilema político que implique uma escolha de sim ou sopas, o mais certo é que a pergunta ressalte como uma bola contra a parede. O quê, um muro de silêncio no mais alto cargo da nação? É espantoso, sim, mas também é verdade. Um muro em Belém - é isso o que nos querem vender por “estabilidade”.

 

O grande desígnio, digamos assim, da tese cavaquista seria a substituição total do político pelo técnico. Como se o mundo se autorregulasse, como se devêssemos ser todos neutros em relação à realidade, como se nos pudéssemos dar ao luxo de olhar para o lado. Não e não e não. Precisamente por isso, porque não somos neutros em relação à injustiça, à desigualdade e à desesperança, é que, nestes tempos desafiantes, não podemos deixar de escolher as “palavras demasiadas” contra o grande silêncio cúmplice.

 

De um lado, Cavaco Silva fala de “ilusão” e “utopia” como meros sinónimos. Do outro, Manuel Alegre diz que “se criar um país mais justo é uma utopia, vamos lá fazer essa utopia”. E tu, de que lado é que estás? Com as palavras que dizem ou com as palavras que calam?

 

 

Jacinto Lucas Pires

Mandatário  para Juventude

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 21:02

é JÁ amanhã, Domingo, 12/Dezembro/2010, a partir das 17h00

Apresentação do Movimento Já na LX Factory,

com o Candidato Manuel Alegre,

o Mandatário da Juventude: Jacinto Lucas Pires, Faith Gospel Choir, DJ Nokin e Molin e muito mais!!!

Se és jovem e vais votar Alegre, mobiliza-te!

Vamos mobilizar-nos nacionalmente e mostrar de que lado está a maioria Jovem!

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 20:56

 

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 20:44

 

“Sei que este combate é difícil, mas eu estou habituado a combates difíceis, eu sou um resistente”, afirmou Manuel Alegre num jantar de apoiantes na Guarda, onde concluiu a volta da pré-campanha por todos os distritos e regiões do país e pela emigração.

 

 “Temos que dar uma volta à situação e à crise", apelou Manuel Alegre. “Os nossos estados endividaram-se para salvar o sistema financeiro, os lucros foram privatizados e os que provocaram a crise estão a beneficiar dos sacrifícios que nos foram impostos” denunciou, considerando que “é uma situação imoral, que põe em causa a qualidade da democracia.” “E isto não é só um problema económico, não é só um problema financeiro, é um problema político” disse Manuel Alegre, acrescentando que “a democracia avalia-se pelos seus resultados concretos”.

 

Manuel Alegre explicou que “a direita europeia está a aproveitar esta crise para pôr em causa direitos que custaram a luta de gerações”, como “o pacto social que nasceu depois do nazismo”, e “a baixar os custos de produção desvalorizando o trabalho”. E a direita portuguesa, disse, “segue o exemplo da direita europeia. Apresentou um projecto de revisão constitucional que é um programa de governo e um projecto estratégico para esvaziar o conteúdo social da nossa democracia”. E é isso, sublinhou, que “vai estar em causa em 23 de Janeiro”.

 

Alegre lembrou que “18 por cento dos portugueses vivem no limiar da pobreza” e “se a direita fizesse aquilo que quer, que é destruir o Estado social e diminuir as prestações sociais, esses 18 por cento passariam rapidamente para uns 40 por cento.” E interrogou-se: “como é que poderia haver estabilidade política e como é que não haveria uma explosão social?”

 

“Por isso digo e repito”, afirmou o candidato, “comigo na Presidência ninguém tocará no SNS, na escola pública, na segurança social pública, no conceito de justa causa nos despedimentos”. E este “é um compromisso que o actual Presidente não pode assumir”.

 

Temos que resolver o problema da competitividade

 

“Mas temos outras batalhas que resultam das nossas carências próprias”, lembrou Manuel Alegre, insistindo que “temos que procurar novos caminhos, refazer o nosso tecido produtivo e o nosso tecido industrial”. “É preciso voltar à agricultura e às pescas, redescobrir o mar e voltar a cultivar a terra, não podemos é pagar para não produzir”, defendeu. Numa alusão aos tempos em que o actual PR foi primeiro-ministro, Alegre criticou o facto de se ter negociado mal nessa altura e “isso teve consequências económicas e sociais”.

“Temos de resolver o problema da competitividade da nossa economia”, disse Manuel Alegre, mas “isso não se faz com modelos ultrapassados de mão-de-obra barata e impreparada, faz-se adaptando o nosso mercado aos muitos jovens licenciados.” “É preciso que esses jovens encontrem no mercado de trabalho uma resposta”, defendeu, elogiando o facto de no recente relatório da OCDE “o nosso país ter chegado à média europeia das qualificações”.

 

O problema da competitividade resolve-se com inovação tecnológica, com inovação social, com responsabilidade social das empresas”, defendeu. “Ainda hoje em Gouveia, exemplificou, “vi uma unidade de cuidados continuados, uma unidade de ponta em qualquer parte do mundo”, o que prova que “o interior pode ter serviços de excelência.” “Esse é o caminho, criar coisas novas, espírito competitivo e de risco, inovação tecnológica e social”, concluiu.

 

O papel do PR é abrir uma janela de esperança

 

“Este é um momento crucial. Tenho consciência da dificuldade deste combate”, disse Manuel Alegre. “Sei que algumas das medidas que vão ser tomadas, por eu ter o apoio do PS, vão pesar também sobre a minha própria candidatura. Mas eu não tenho medo disso”, salientou, “é preciso ter a coragem de enfrentar as dificuldades e dar um sentido ao sacrifício dos portugueses.” “Temos de abrir uma janela de esperança. E esse é o papel do Presidente”, afirmou, “dar uma perspectiva aos portugueses. Porque não se pode viver sem esperança.”

 

"Não me candidato para governar, para fazer ou desfazer governos, nem sequer para garantir a permanência deste governo", não é esse, para Manuel Alegre, o papel de um Presidente. "O PR é um regulador, um moderador político e social" disse o candidato, que reiterou: "O meu papel é assumir que um governo, qualquer que ele seja, que tente alterar o conteúdo social da nossa democracia terá a minha oposição com todos os poderes presidenciais", garantia que foi recebida com forte aplauso dos presentes.

 

Sei que este combate é difícil e estou habituado a combates difíceis”, disse o candidato. “Eu sou um resistente, sou um combatente, lutei contra o fascismo, sou dos que ajudou a fundar e a construir esta democracia, vou-me bater até ao fim, não por mim, mas por uma nova esperança democrática para Portugal”. No dia 23 de Janeiro, apelou, “não sou só eu que sou candidato, são todos vocês”.

 

“Sei que no meu partido alguns estão zangados comigo, por posições que eu tomei”, disse ainda. “Mas o PS foi feito por gente assim, que sempre pensou pela sua cabeça e fez do PS um partido plural”, lembrou, recordando o que aconteceu com Mário Soares, Salgado Zenha, Sottomayor Cardia. Essa é que é a força do PS”. Por isso “aqueles que estão amuados desamuem-se, porque este é também o vosso combate, não o queiram perder porque seria Portugal a perder. Estamos aqui para somar, para unir, para mobilizar".

 

Manuel Alegre terminou lembrando que a sua candidatura é também em nome do futuro da juventude “para que tenha um lugar ao sol em Portugal e se liberte desta precariedade em que está a sua vida”. “É a primeira geração que não tem a possibilidade de chegar onde chegaram os seus pais”, alertou, “muitos jovens começam a descrer de si próprios e do país. Isto não é tolerável, porque estamos a comprometer o futuro de Portugal”.

 

“Temos de estar preparados para as manipulações, temos que saber resistir”, avisou Manuel Alegre, lembrando que “vão querer eleger Cavaco Silva a qualquer preço, porque precisam dele para poderem fazer aquilo que querem. Mas não vamos permitir, vamos lutar”, apelou, confiante que “desta vez a segunda volta é possível e, na segunda volta, a vitória”.

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 20:01

 

Manuel Alegre formalizou a sua candidatura a Presidente da República através da entrega no Tribunal Constitucional de 12.250 assinaturas, ocasião em que salientou que, pela sua "dignidade e importância", “é tempo” de colocar as eleições presidenciais na agenda política.

 

 

No acto de entrega das assinaturas, o candidato foi acompanhado pela sua mandatária nacional, Maria de Belém, e pelos mandatários financeiro, António Carlos dos Santos, e de Lisboa, Daniel Sampaio.

 

Em declarações aos jornalistas, Manuel Alegre explicou que decidiu antecipar a entrega das assinaturas, cujo prazo apenas termina a 23 deste mês, “porque é tempo de colocar a campanha presidencial e a importância das eleições presidenciais na agenda política”.

 

“A eleição presidencial é uma eleição decisiva para o funcionamento do sistema democrático. É o único órgão que é eleito unipessoalmente”, sublinhou, recordando que o Presidente da República é “o garante do sistema democrático”.

 

“Esta é uma eleição que deve ter a sua dignidade e importância. De facto, é tempo de a colocar na agenda pública. Vai haver uma campanha eleitoral e vai haver uma campanha de grande importância para o futuro político do país”, salientou ainda o candidato.

 

Sobre o motivo que o levou a entregar já as suas assinaturas no Tribunal Constitucional, Manuel Alegre justificou: “Há ainda assinaturas que estão a seguir o seu processo, de qualquer forma decidi antecipar. Quero agradecer a todos aqueles que praticaram o acto cívico para a legalização da candidatura”, até porque este “é um processo que exige algum esforço”, acrescentou o ex-dirigente socialista e ex-vice-presidente da Assembleia da República.

 

Questionado sobre as diferenças que esta sua segunda campanha presidencial terá em relação à de 2006, Manuel Alegre referiu que há cinco anos já partiu para a corrida a Belém “com boas expectativas”. “Mas agora tenho expectativas melhores”, afirmou com optimismo.

 

Lusa

 

  


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 19:50

 

 

 

 

 

Os debates televisivos entre os candidatos presidenciais já têm datas marcadas e decorrerão durante o mês de Dezembro:

 

 

Dia 16, na RTP: Manuel Alegre vs Defensor de Moura,

Dia 18, na SIC : Manuel Alegre vs Francisco Lopes,

Dia 22, na TVI : Manuel Alegre vs Fernando Nobre,

Dia 29, na RTP: Manuel Alegre vs Cavaco Silva.

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 11 Dezembro , 2010, 19:40

Manuel Alegre em jantar com escritores faz apelo

 

 

A minha visão de Portugal é uma visão poética, uma visão integradora, de que fazem parte “a primeira tarde portuguesa”, essa belíssima expressão com que Alexandre Herculano se refere à vitória de Afonso Henriques na Batalha de S. Mamede, assim como as lendas, os cantares de amigo, as Flores de Verde Pinho de D. Dinis, as crónicas de Fernão Lopes, os autos de Gil Vicente, o “Comigo me desavim” de Sá de Miranda (que anuncia, uns séculos antes, Mário de Sá Carneiro), a revolução de 1383, o Manoelinho de Évora, Fernão Vasques e Álvaro Pais a convocar o povo de Lisboa, o quadrado dos Atoleiros e a Batalha de Aljubarrota (de que hoje em dia é quase inconveniente falar).

 

E, depois e, até, sobretudo esse momento de verdadeira fundação espiritual que é o da escrita de Os Lusíadas e de toda a Lírica de Camões. Não só por nos ter dado uma epopeia em que o herói é o próprio povo português e a sua História, como por ter criado, não apenas uma nova linguagem poética, mas a língua portuguesa tal como hoje a escrevemos e falamos.

 

Ou como quem nunca mais foi capaz de a escrever assim, porque nunca mais ninguém voltaria a juntar o rude que e o terrível porque para os transformar em ritmo, música, poesia em estado puro.

 

Claro que eu podia vir por aí fora, cair em Alcácer-Quibir e regressar com aquele fantástico romeiro que, no Frei Luís de Sousa, quando lhe perguntam quem é aponta o seu próprio retrato e responde: Ninguém.

 

Às vezes tenho a sensação de que todos somos esse romeiro. Ou de que ele até certo ponto se confunde com Portugal – “essa promessa não cumprida”, de que falou António Sérgio.

 

Também podia voltar atrás e partir de Coimbra com o Infante D. Pedro, o primeiro grande europeu, para lavar a afronta em Alfarrobeira, essa escaramuça onde estão sempre a bater-se todos aqueles que, em diferentes momentos históricos, têm lutado pela liberdade e o espírito crítico contra a mentalidade dogmática e o espírito de seita.

 

Visão poética que, evidentemente, passa pelo desembarque de Garrett e Herculano no Mindelo e pela inquietante e subversiva pergunta de Antero que hoje, de certo modo, se está aqui a repetir: “Mas, meus caros senhores, é possível viver sem ideias?”

 

Visão poética que desde as primeiras sílabas das primeiras trovas, até às estâncias d’ Os Lusíadas, chega a Miguel Torga que nos interpela a “nunca descrer / do chão duro e ruim” e, antes, a outro momento fundamental e fundador: Fernando Pessoa e o seu “Portugal – futuro do passado”.

 

Eduardo Lourenço, num ensaio sobre a minha escrita, referiu-se à “nostalgia da epopeia”. Sim. Eu tenho essa nostalgia. É filha de uma certa visão de Portugal. Uma visão que é incompatível com qualquer forma de abdicação. Uma visão que não se resigna àquele “país quietinho” de que falou Teixeira de Pascoaes, o poeta que disse que a saudade portuguesa é uma saudade prospectiva, uma saudade do futuro.

 

Eu não sei se Oliveira Martins tem razão quando afirma que “Portugal é uma nação mas não uma nacionalidade”, ou seja que só existe por um acto de vontade das suas elites. Ou se a razão está do lado de Jaime Cortesão e dos seus “Factores democráticos da formação de Portugal” e daquela convergência dos caracteres atlânticos que são preexistentes ao facto político da fundação e explicam e justificam a nacionalidade e a nação.

 

A atlanticidade é a trave mestra da nossa identidade. “Há só mar no meu país”, dizia, não por acaso, Afonso Duarte, um grande poeta injustamente esquecido.

 

Creio que tanto Oliveira Martins como Jaime Cortesão estão certos: o mar, os portos, o comércio, a atlanticidade e a vontade formaram e fizeram Portugal, a nacionalidade e a nação.

 

Ao longo dos séculos vivemos e ultrapassámos muitas crises. Se é que não temos vivido quase sempre em crise. Parece-me, no entanto, que estamos perante uma crise de novo tipo.

 

Nos últimos trinta anos Portugal passou por transformações sem paralelo. Da ditadura para a democracia, do império para o regresso às origens, da agricultura, das pescas e das indústrias tradicionais para o sector terciário, com consequências não só económicas como sociais, culturais e territoriais, nomeadamente a desertificação do interior e superlotação no litoral e à volta das duas principais cidades, de país entalado entre a Espanha franquista e o mar para a abertura ao mundo e a adesão à Europa, num processo depois acelerado com a globalização, que trouxe consigo, para além de novas oportunidades e conhecimentos, a desregulação, as receitas únicas, o aumento da exclusão e das desigualdades, o risco de uniformização cultural e de diluição ou destruição das singularidades nacionais.

 

A incidência destas transformações não foi acompanhada por uma reflexão tendente a reposicionar-nos perante nós próprios e o mundo. Falta a Portugal uma nova visão estratégica que na era inevitável e irreversível da mundialização permita salvaguardar a sua identidade. Tal não é possível sem voltar à História, à muito antiga e à mais recente.

 

Somos europeus por direito próprio. Devemos estar no centro e na vanguarda da construção europeia. Mas tal não significa uma diluição de Portugal nem a ruptura com o outro lado de nós mesmos: a África, o Brasil, as várias partidas do mundo por onde os portugueses passaram. Não temos poder militar nem força económica. Na Europa e no mundo do mercado contamos pouco, mas contamos no da História, da língua e dos afectos. Entre os países do mesmo peso demográfico, Portugal é um dos poucos que pode ser no mundo um actor global.

 

No Contrato que apresentei nas últimas eleições presidenciais, afirmei que devemos voltar a dizer com orgulho a palavra Pátria e dar-lhe um sentido de modernidade e de futuro. Alguns ficaram surpreendidos, mas eu estava a repetir em prosa o que tinha começado a dizer em verso desde a publicação do meu primeiro livro “Praça da Canção”. E que uma vez mais hoje venho aqui reafirmar.

 

Tenho vindo também a afirmar que para além do défice das contas públicas, há outros défices, o social, o da educação, o da igualdade, o do emprego, o da saúde, o da cultura. Há um défice de confiança e de esperança.

 

Portugal não pode rimar com tanta desigualdade, tanto desemprego, tanta pobreza, tão grande desequilíbrio na distribuição dos rendimentos.

 

Não podemos permitir que a persistência de todos estes défices dê lugar um dia a outro bem mais doloroso: um défice de Portugal e um défice de democracia.

 

Ao contrário do grande poeta Alexandre O’Neil, eu nunca senti Portugal como um remorso. Da minha visão da História faz parte a convicção de que Portugal é um destino. Um destino que está nas nossas mãos e pelo qual, mais do que nunca, todos somos responsáveis.

 

E é por isso que me volto a candidatar à Presidência da República.

 

Porque a autonomia nacional está em risco perante a ameaça de uma nova forma de ditadura: a ditadura dessa entidade mítica a que se chama mercados financeiros.

 

Porque a Europa está a ser desconstruída com o reforço do centro em desfavor dos Estados periféricos e com os contribuintes a pagarem a socialização das perdas do sistema bancário.

 

Porque o capitalismo financeiro está completamente desregulado e a tentativa de aproveitar a crise para pôr em causa direitos sociais e serviços públicos que custaram a luta de muitas gerações constitui um retrocesso civilizacional.

 

E porque esse retrocesso afecta gravemente a qualidade da democracia.

É um problema político, mas é também um problema de cultura e de civilização.

 

E é por isso que os escritores e artistas são mais uma vez chamados à intervenção cívica.

 

E é por isso que conto convosco.

 

Para que juntos tentemos dar um sentido a este tempo sem sentido.


E para que me ajudem a reconstruir a palavra esperança.

 

Viva a República, viva Portugal.

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Terça-feira, 07 Dezembro , 2010, 12:47

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 06 Dezembro , 2010, 23:59

Apesar dos dias estarem cinzentos ...

 

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 06 Dezembro , 2010, 21:41

 

 

O “politicamente correcto” diz que não há mudanças, só ajustes. Diz que só valem os números e a imagem, que a palavra e as ideias são carcaças de museu. O “politicamente correcto” diz que a política é “um assunto lá deles”, que “não vale a pena”, que “isto é sempre a mesma coisa”. O “politicamente correcto” diz que a juventude já nasce velha e cínica, que Portugal nunca sairá da cepa torta, que o sonho não move montanhas, que não está nas nossas mãos mudar o mundo...

 

É preciso lutar contra isto – estas reticências, estes paninhos quentes, esta indiferença. Lutar contra os chavões que trancam o país, lutar contra os silêncios “não-ideológicos” que configuram verdadeiros “pecados por omissão”. Lutar contra o “politicamente correcto” que põe as convicções entre parêntesis em nome de acalmias abstractas e envenenados consensos. Estamos muito para lá da fase da negação. Temos de nos confrontar com a realidade no terreno e com a realidade das ideias e ousar formas de transformar positivamente esta nossa história, este nosso projecto comum chamado Portugal.

 

Manuel Alegre garante que a política é sinónimo de cidadania. Que haverá na presidência alguém comprometido com a democracia e com os direitos sociais que lhe dão conteúdo. A candidatura de Manuel Alegre é um compromisso com a liberdade e com a igualdade. É um espaço onde nos encontramos, com percursos diferentes, em nome de um país mais justo e mais solidário. É um espaço de inclusão.

 

Não queremos ser a geração “nem direitos, nem emprego”. A candidatura de Manuel Alegre é a garantia de uma voz firme na defesa de uma vida justa, de um trabalho digno, que não aceita que o desemprego seja uma fatalidade e que a precariedade seja o único destino possível para a nossa geração. É um movimento que põe em causa os fatalismos de uma economia do medo e da pobreza e que não aceita esperar pelo futuro em vez de o transformar. Que sabe que a nossa vida é agora.

 

Estamos na candidatura de Manuel Alegre porque não temos saudades do passado. Queremos na presidência alguém sintonizado com o nosso tempo, que saiba que os direitos das minorias não são menores. Que valoriza a autodeterminação, que convive bem com a diversidade das escolhas de cada um sobre a sua vida. Que respeita a diferença e que é uma garantia de um país decente, porque respeitador das escolhas de todos.

 

Encontramo-nos na candidatura de Manuel Alegre porque um país justo não exclui ninguém do direito ao emprego, à saúde, à educação, à cultura. Porque este movimento é a garantia de um Estado social que não abandona ninguém. Porque com Manuel Alegre sabemos que a escola pública está aberta a todos, que os serviços públicos serão defendidos como condição da liberdade de cada um.

 

Apoiamos Manuel Alegre porque somos cidadãos do mundo e da Europa. Porque vemos esse território para além do limite estreito dos contabilistas, do discurso único e da ausência de soluções. Queremos poder orgulhar-nos de ter um presidente aberto às culturas, com voz própria por uma Europa da cidadania, do crescimento e da solidariedade. Um presidente que vê na cooperação entre os povos e na paz o único caminho para uma ordem mundial onde as armas não sejam as primeiras a falar.

 

Apoiamos Manuel Alegre porque queremos dar um novo sentido à política, actividade de todos. Porque é num contexto de crise que precisamos de voltar a colocar as pessoas no centro do debate, as nossas vidas, a política como o terreno privilegiado das escolhas e da capacidade de mudar. Apoiamos Manuel Alegre porque queremos que a esperança seja devolvida aos cidadãos e sabemos que o nosso país não é inviável. Porque num País que quer derrotar a resignação, Manuel Alegre é um lutador e tem um percurso de coerência, de ética republicana e de serviço público. E sobretudo porque é urgente começar a lutar hoje por um futuro mais exigente e mais justo. Lutar pela possibilidade de uma nova visão, uma visão de novas possibilidades para todos e cada um. Sim, não tenhamos medo das palavras. Queremos, de novo, um país novo

 

Por tudo isto – porque precisamos de um Presidente que represente este espírito de interrogação crítica, que transporte esta visão positiva de mudança –, apoiamos Manuel Alegre. Votamos em Manuel Alegre, votamos na mudança. 

 

Subscreve o nosso manifesto com o teu nome, idade e ocupação para umpaisnovo@gmail.com 

 

in www.facebook.com/movimento.ja

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Sexta-feira, 03 Dezembro , 2010, 22:36

 

A primeira edição do Jornal de Campanha da candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República estará já amanhã nas ruas da capital e do país. Esta publicação inclui uma entrevista do candidato, na qual reitera que será uma garantia contra todos os ataques aos serviços públicos e contra a liberalização dos despedimentos, bem como os princípios do seu compromisso eleitoral na defesa da escola pública.

 

Nesta edição dá-se ainda conta da posição de Manuel Alegre sobre a situação económica do país e da Europa, em que defende que é preciso começar a discutir um novo modelo estratégico de desenvolvimento e que o poder político tem que ser independente do poder económico, não pode submeter-se à pressão e à mediação dos grandes interesses e dos grupos económicos.

 

Destaque ainda para as iniciativas que Manuel Alegre já realizou em todos os distritos do país e para as declarações de apoio de várias personalidades da vida pública, como o ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, o fundador do SNS, António Arnaut, e o escritor Valter Hugo Mãe, entre outros.

 

Em Lisboa, um grupo de jovens apoiantes de Manuel Alegre fará amanhã à tarde a primeira distribuição pública do Jornal de Campanha, numa acção que irá animar as ruas da Baixa e do Chiado.

 

Veja aqui o pdf

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 01 Dezembro , 2010, 00:18



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publicado por gondomaralegre2011 | Terça-feira, 30 Novembro , 2010, 13:44

Foto: Mário Cantarinha

 

Para mim e para os que represento, é um dia inesperado. Um dia grande. Um dia grave. Um dia histórico. Um dia único. Um dia alegre. Um dia Manuel Alegre.

 

Dizem que somos poucos. Quem ? Nós, os Portugueses. Talvez… Em particular, ainda no que diz respeito à participação cívica e política. Dizem que somos discretos, pior invisíveis, tanto do lado de origem como no país de acolhimento.

 

O meu compromisso político nasceu da vontade de contradizer esta realidade triste que sei em verdadeira transformação, melhor dito, ouso a palavra revolução. Tranquila mas determinada. Como assim? Comprometi-me para ver um sonho realizado, o sonho de ver os Portugueses plenamente inseridos nas vidas públicas dos seus países. Nas escolas, nas associações, nas freguesias, nas Câmaras, nos Conselhos de todo o género, nas Assembleias da República. Com voz e voz que seja ouvida! Cá e lá.

 

Apesar das inúmeras dificuldades no caminho, o que me espanta e não exagero quando o digo, todos os dias, é a vitalidade do mundo associativo português, a capacidade das segundas e terceiras gerações afirmarem ser e viverem-se como Portugueses. Continua-se a gritar, por aqui e por ali, para conseguir aulas de português, verbas, locais de vida portuguesa no coração das cidades francesas, geminações, portugalidade, até que enfim!

 

Dr. Manuel Alegre, volte a Portugal com a certeza que Portugal também está aqui, em França, e na Europa. Para alguns de nós, desde há mais de meio século. Nenhum país deve ter tantos embaixadores pelos quatro cantos do mundo a ser Portugal.

 

De facto, neste pedaço do meu compromisso político, simplesmente, não me canso de tentar estar à altura desta história do Salto, e desta frase da minha mãe: « Tu não sabes o que chorámos quando deixámos Portugal ».

 

Sim, Dr. Manuel Alegre, veio ao encontro de pedaços de Portugal e aproveito para ler um poema seu que tantos, tantos rodeios fez as nossas vidas. Um poema vindo a luz, em julho de 1964 quando chegou, como tantos dos seus compatriotas, em Paris na Gare d’Austerlitz.

 

Meu Portugal em Paris.

 

Solitário

por entre a gente eu vi o meu país.

Era um perfil

de sal

e Abril.

Era um puro país azul e proletário.

Anónimo passava.

E era Portugal

que passava por entre a gente e solitário

nas ruas de Paris.

 

Vi minha pátria derramada

na Gare de Ausrerlitz. Eram cestos

e cestos pelo chão. Pedaços do meu país.

Restos.

Braços.

Minha pátria sem nada

sem nada

despejada nas ruas de Paris.

 

E o trigo?

E o mar?

Foi a terra que não te quis

ou alguém que roubou as flores de Abril?

Solitário por entre a gente caminhei contigo

os olhos longe como o trigo e o mar.

Éramos cem duzentos mil?

E caminhávamos. Braços e mãos para alugar

meu Portugal nas ruas de Paris.

 

O Canto e as Armas (1967)

 

 

Um homem que escreveu estas linhas, estes versos, à procura dos seus, à nossa procura, sem outras armas do que palavras, no exílio, só pode ser Presidente da República, de Portugal e de todos os Portugueses! Com este poema, disse-nos ter caminhado connosco. Hoje, somos nós, outros filhos de Portugal, filhos destes Portugueses que dizem com orgulho e alegria, aqui, agora, querer caminhar consigo. Ao seu lado, sempre que precisar e, sempre que Portugal precisar de nós. Viva este país « onde a terra se acaba e o mar começa, » « este verde azul cinzento » seu!

 

Viva Manuel Alegre !

 

Viva Portugal !

 

 

Nathalie de Oliveira

 

autarca e coordenadora da secção do PS português em Metz

 

Pontault-Combault, Paris, 28 Novembro 2011

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 28 Novembro , 2010, 22:52

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 28 Novembro , 2010, 22:35

 

  

 

  

 

Estamos, decididamente, em tempo de vacas magras. Magras e loucas! Mesmo com o Natal à porta - que é tempo de esperança - o nível de optimismo dos portugueses não está em alta. Nada que não fosse já esperado, nada que, de algum modo, nos deixe agora espantados. Também por isso, contribuir para que o pessimismo tome conta do nosso dia-a-dia parece ser um mau serviço que prestamos a nós próprios e a todos quantos nos rodeiam. Por isso, procurar o lado bom das coisas é uma espécie de obrigação ou, pelo menos, uma espécie de obra de misericórdia que se nos impõe.

 

Contudo, as coisas não estão bem. São poucas as boas notícias e ainda menos as que nos poderiam empolgar. Isto torna as coisas ainda mais difíceis. Pior do que o vazio do dia de hoje é a ausência de perspectivas para o dia de amanhã. E não há sociedade que possa viver sem saber para onde vai. Falta um gesto de incentivo, falta uma palavra de incitamento. Falta esse gesto e essa palavra por parte de quem tem a responsabilidade de a dizer e, sobretudo, por parte de quem se propôs conduzir a coisa pública. Faltam, assim, gestos e palavras, mas faltam, sobretudo, razões para que os gestos e as palavras possam acontecer e façam algum sentido.

 

Não há muito tempo, em conversa com um dirigente catalão de visita a Portugal, falava-se das razões do protagonismo de Barcelona não apenas na cena europeia mas, também, na cena mundial. Todos julgamos conhecer as razões que, no essencial, estão na base desse protagonismo e que, dum modo geral, têm a ver com uma capacidade de realização e com o grau de aproveitamento das oportunidades que o trabalho aturado - que, para alguns é a "sorte" - trazem à cidade e à região e no esclarecimento duma classe dirigente que, desde há longos anos, tem sabido gerir os recursos de que dispõe e, para além disso, tem sabido fazer reverter a seu favor - e de modo afirmativo - as eventuais fraquezas duma "autonomia" em tensão permanente com o velho centralismo madrileno. Contudo, esse responsável catalão, reconhecendo, embora, a razão de tais argumentos, considerou que não deviam ser negligenciados dois outros aspectos que, do seu ponto de vista são capazes de potenciar todos os outros, a saber: a grande vitalidade da sociedade catalã traduzida numa participação constante em todas as questões que, de qualquer modo, interessam à comunidade, por um lado, e, por outro, uma "atitude" perante a vida e as coisas que dito na língua de Cervantes tem outra sonoridade e outro sabor e que é a expressão, "pecho adelante!".

 

A verdade é que não há assunto relevante - e há sempre um assunto relevante para os catalães - que não produza quaisquer centenas de intervenções públicas importantes sobre esse mesmo assunto, sem contar com as múltiplas e circunstanciais abordagens nos mais diversos meios de comunicação mas que também fazem história e contam para o resultado final! E se a capacidade para produzir matéria relevante sobre qualquer assunto é uma condição "sine qua non" para que esse assunto tenha significado, não menos importante é a forma como a discussão é feita e a decisão que é tomada. Fazer uma coisa e outra com "pecho adelante" que o mesmo é dizer, com decisão e com convicção e não de forma mitigada ou timorata, é essencial para o sucesso de qualquer "empreitada". Não basta, por isso, aproveitar as oportunidades. É essencial saber aproveitá-las. Fazer as coisas com convicção, empenhadamente e querendo mesmo ganhar e não simplesmente acreditando que se pode ganhar, é fulcral. Acreditar em milagres ou apenas na sorte que sempre há-de bafejar ou proteger quem confia, não chega! É, de facto, essencial que haja um "clic" que torna o apenas possível no eminentemente realizável.

 

A cidade e o país não podem deixar que a sua voz se extinga nem que o seu "peito" se dobre ao peso dum futuro que ameaça tornar-se cada vez mais cinzento se, por ele, nada for feito e "de peito aberto" que, dito na língua de Camões, também tem de ter força!

 

in JN - 2010/11/28

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 27 Novembro , 2010, 20:15

 

 

 

 

Porque o Manuel Alegre está “onde se deve estar, com os seus, pelos seus” tal como o Speedy Gonzalez , um ícone da defesa dos mais frágeis, um ícone da esperança,

 

e porque as campanhas não têm que ser necessariamente “cinzentas”.

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 27 Novembro , 2010, 00:11

"Apoio entusiástico” da comunidade portuguesa e dos socialistas franceses a Manuel Alegre

 

Harlem Désir, dirigente do Partido Socialista Francês, declarou hoje o “apoio entusiástico” do PSF e da sua líder, Martine Aubry, à campanha de Manuel Alegre para as eleições presidenciais.

 

Após um encontro esta tarde com o candidato, Désir anunciou que “o Partido Socialista francês acredita que a eleição desse grande escritor, militante histórico da esquerda portuguesa e dirigente político de dimensão internacional, seria uma grande vitória para a esquerda em Portugal, mas também para o conjunto da esquerda europeia”.

 

Durante o encontro foi mencionada a necessidade de reforçar os laços entre as esquerdas europeias para enfrentar a crise na Europa. Os dois socialistas reafirmaram a recusa comum das políticas de austeridade e de redução dos direitos sociais que os conservadores e liberais querem impor aos povos da Europa. Sublinharam também a importância da união da esquerda em cada país para vencer as grandes batalhas eleitorais como as eleições presidenciais.

 

O PS francês recorda a ligação histórica e a amizade fraterna entre França e Portugal e apela a todos os portugueses em França e a todos os apoiantes de uma alternância presidencial em Portugal no sentido de se mobilizarem para a eleição de Manuel Alegre.

 

Presidente da Câmara de Paris vai participar na campanha

 

O presidente da Câmara de Paris, Bertrand Delanoë, disponibilizou-se para entrar na campanha presidencial de Manuel Alegre, em Lisboa ou na capital francesa, e irá gravar um vídeo de apoio ao candidato. O apoio foi manifestado durante um encontro com o candidato na Câmara parisiense, no âmbito da visita de três dias a França.

 

 “Foi um encontro marcado por uma grande solidariedade e fraternidade socialista”, disse Manuel Alegre que manifestou a sua satisfação pelo apoio recebido: “Fiquei muito sensibilizado, até porque Bertrand Delanoë é uma das grandes figuras do socialismo francês”, afirmou.

 

 

retirado daqui e daqui

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Sexta-feira, 26 Novembro , 2010, 23:38

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 22 Novembro , 2010, 23:25

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 22 Novembro , 2010, 22:34

Manuel Alegre com agentes da cultura do Porto

 

Manuel Alegre almoçou hoje (domingo, 21/11/2010) na Ribeira do Porto com artistas e agentes culturais. O candidato visitara antes o Teatro Nacional de São João onde deixou um apelo à tutela para repensar a integração da instituição na OPART, prevista no OE 2011.

 

 

 

“A política tem que ter uma dimensão cultural”, afirmou Manuel Alegre hoje num almoço na Ribeira do Porto com artistas e agentes culturais. “Não é indiferente saber quem vai ser o Presidente da República”, disse o candidato, “porque uma nação não é só números, é história – a história que está para trás e a história que está por fazer”.

 

Depois de defender a dimensão euro-atlântica de Portugal, Manuel Alegre confessou-se “um poeta emprestado à política”, mas assumiu a relevância da política, “por circunstâncias históricas” da sua vida. “É preciso desconfiar daqueles políticos que concorrem aos cargos políticos dizendo que não são políticos”, disse ainda o candidato, que sublinhou a importância da escolha de 23 de Janeiro, que “vai decidir o modelo de sociedade e o conteúdo social” da nossa democracia, “indispensável num país pobre como o nosso”. 

 

Manuel Alegre defendeu a importância da palavra que pode “mudar a vida”, como queria Rimbaud. Citando Obama, disse que “as palavras inspiram” e que essa “é uma arma do Presidente”. “Acho que os partidos começaram a acordar”, reconheceu, mas “isto vai ser um combate por Portugal”, para o qual convocou todos os presentes, porque “é preciso que haja uma alternativa”.

 

O escritor Valter Hugo Mãe, vencedor do prémio Saramago 2011, o actor Júlio Cardoso, director da companhia de teatro Seiva Trupe e o cineasta Jorge Campos, responsável pela área do cinema na Capital Europeia da Cultura 2001, foram algumas das personalidades da cultura portuense presentes neste almoço com mais de quarenta agentes culturais. O escultor Carlos Marques, a actriz Carla Miranda, a bailarina Joana Amaral e o geógrafo Álvaro Domingues foram outras individualidades que marcaram presença.

 

Teatro Nacional de São João não deve ser integrado na OPART

 

 

Durante a manhã, Manuel Alegre visitara o Teatro Nacional de São João, onde deixou um apelo à Ministra da Cultura para repensar a decisão de integrar a instituição na OPART, organismo de gestão artística criado para reunir o Teatro de S. Carlos e a Companhia Nacional de Bailado alargado agora, pelo Orçamento do Estado para 2011, ao histórico teatro do Porto.

 

No final da visita na companhia do director artístico, Nuno Carinhas, e da presidente do conselho administração, Francisca Carneiro Fernandes, Manuel Alegre considerou que esta fusão, a tornar-se realidade, trará um problema de subfinanciamento e outro de autonomia. “O São João é um emblema cultural do Porto e do país. Tem uma grande tradição, tem prestígio nacional e internacional, e não há nenhuma razão para que não preserve a sua autonomia”, disse o candidato.

 

Manuel Alegre considera que a extinção da instituição enquanto entidade pública empresarial é contrária à filosofia de descentralização cultural de que o Porto “necessita e merece” e deixa um apelo à ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, “uma pessoa de sensibilidade e cultura”, para que a decisão do ministério que tutela seja repensada. “Tem de haver critérios culturais que não sejam condicionados por critérios contabilísticos porque isso, prazo, dá mau resultado”, sublinhou.

 

Considerando que esta integração não representa “grande coisa do ponto de vista dos cortes orçamentais”, mas supõe uma “regressão” do ponto de vista cultural, Manuel Alegre defendeu que há muita coisa onde cortar, mas não necessariamente no São João, nem noutros aspectos da cultura. O candidato deixou ainda a promessa de levar “o problema do São João” às entidades competentes "no sentido de as sensibilizar", sublinhando que  é "um teatro com uma grande tradição, uma grande história, uma grande projecção e não há razão nenhuma para passar a ser dirigido de Lisboa”.

 

Na fábrica de cultura de José Rodrigues

 

 

Nesta jornada dedicada à cultura portuense, Manuel Alegre visitou ainda a Fábrica/Fundação Social do escultor José Rodrigues, um espaço multicultural polivalente alargado a outros artistas e actividades culturais, como a dança, o teatro e a música. Depois de mostrar ao candidato as várias salas de exposições e ateliers de escultura, pintura, desenho e ballet, José Rodrigues definiu o que se faz no seu espaço: “É um novo tipo de fábrica. Aqui cria-se a criação. Aqui não há monotonia. Aqui cria-se, dá-se criatividade a toda a gente, dá-se o sorriso, dá-se a esperança. Acho que o país precisa de muitas fábricas destas. É preciso criar criadores”.

 

“Está aqui um grande criador”, disse, referindo-se a Manuel Alegre que considerou, por sua vez, o escultor como “um grande semeador”. “Isto é um novo tipo de fábrica. Um acto de amor, um acto de cultura. Aqui apetece dançar, apetece desenhar, apetece esculpir, apetece ficar e até apetece escrever poemas, já estava a sentir uma música cá dentro. O país também precisa disto porque o país não é só economia, não é só orçamento”, afirmou sensibilizado o candidato.

 

 

retirado daqui

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 21 Novembro , 2010, 18:48

publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 21 Novembro , 2010, 09:34

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 21 Novembro , 2010, 01:23

Estivemos hoje com o nosso candidato presidencial Manuel Alegre na acção de campanha que foi levada a cabo, no Mercado do Bolhão e na Rua de Santa Catarina no Porto.

 

 

 

 

 

Os comerciantes e a população presente no Mercado do Bolhão receberam muito calorosamente a comitiva, e não esqueceram que Manuel Alegre esteve a seu lado em defesa do Mercado (ver post ).

 

 

No almoço que decorreu no Grande Hotel do Porto, reservado a autarcas e dirigentes nacionais das forças políticas apoiantes da candidatura, e em que estivemos presentes na condição de membro da Comissão Nacional do Partido Socialista, da Corrente de Opinião PS "Esquerda Socialista" (COES) e da Secção Sectorial PS EDP-Porto, Manuel Alegre voltou a garantir que se for eleito vetará qualquer projecto que ameace o Estado social e ponha em causa o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a escola pública, a segurança social ou os direitos laborais.

 

 

Manuel Alegre disse estar em curso «um projecto estratégico da direita para a destruição do Estado social» e que pretende não colocar as eleições presidenciais na agenda para favorecer o «candidato que se recandidata», Cavaco Silva, «que continua a fazer campanha como Presidente sem falar em campanha».

 

 

Alegre disse estar convicto que «no dia 23 de Janeiro, com o apoio de todos, creio que vamos ter a surpresa da segunda volta».

 

 

 

PS.: De registar a presença, neste dia de campanha, de autarcas gondomarenses: Arménio Martins, Luís Filipe Araújo e Joaquim Figueiredo do Partido Socialista, e Rui Nóvoa, Joaquim Espírito Santo e Domingos Novais do Bloco de Esquerda.

 

Fotos de Carlos Alberto (Matosinhos Alegre) e página da candidatura

 


publicado por gondomaralegre2011 | Sábado, 20 Novembro , 2010, 18:52

«Se não fosse o senhor o mercado estava fechado»,

diziam à passagem do candidato presidencial

 

As peixeiras do mercado do Bolhão, no Porto, elogiaram este sábado o candidato presidencial Manuel Alegre, considerando que se não fosse este o mercado estaria, certamente, fechado.

 

Entre os estreitos corredores, ao som dos bombos da Associação Recreativa Águias de S. Mamede Infesta, Alegre distribuiu beijos e abraços a comerciantes e foi junto das bancas do peixe que o candidato recebeu fortes elogios.

 

«Merece, merece o nosso apoio, se não fosse o senhor o mercado estava fechado», desabafou a peixeira Sara Araújo, lembrando que Manuel Alegre foi o «único» que recebeu uma comitiva de comerciantes na Assembleia da República aquando da entrega de uma petição em defesa do mercado, contra a sua demolição.

 

«Tantos deputados, tanta gente e ninguém nos passou cartão. O Bolhão deve muito a este senhor, porque se está aberto é graças a ele», lembrou.

 

Em declarações aos jornalistas, Manuel Alegre afirmou que não estava à espera de tal manifestação no Bolhão.

 

«Eu não estava à espera. Em política muitas vezes não há gratidão, mas fiz isto por motivos cívicos, e porque gosto do Bolhão, porque gosto do Porto, porque estudei aqui e passei aqui a minha adolescência», disse o candidato.

 

Depois desta visita, Manuel Alegre seguiu pela Rua de Santa Catarina, a principal artéria comercial da cidade, onde teve demonstrações de grande afectividade de muitas pessoas que se lhe dirigiram para o cumprimentar, abraçar e desejar boa sorte.

 

Além do seu mandatário, Correia Fernandes, também dirigente do MIC, estiveram ao lado do candidato vários dirigentes e membros dos movimentos cívicos e forças políticas que apoiam a sua candidatura.

 

Manuel Pizarro, secretário de Estado da Saúde, José Luís Carneiro, presidente da Câmara de Baião, Luisa Salgueiro, coordenadora distrital da campanha,  João Teixeira Lopes, dirigente do BE, Renato Sampaio, presidente da Federação distrital do PS, José Cavalheiro, dirigente da Renovação Comunista, e diversos autarcas do Distrito, deputados, dirigentes nacionais bem como membros da assembleia municipal do Porto das forças políticas que apoiam Manuel Alegre também se associaram à visita, numa demonstração clara de forte união e mobilização em torno desta candidatura.

 

 

Texto adaptado e fotos LUSA

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 11 Novembro , 2010, 23:43

 

 

 “Esta candidatura tem de ser de inclusão, tem de servir para unir, somar e crescer. Se nos unirmos, se nos mobilizarmos, se acreditarmos, a vitória é possível.”

 

Manuel Alegre

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 11 Novembro , 2010, 23:26

 

 “O papel dos sindicatos no nosso país e na Europa é mais importante do que nunca” afirmou Manuel Alegre esta tarde no encerramento do IX Congresso da Tendência Sindical Socialista da CGTP, onde foi calorosamente recebido, porque “é preciso fazer frente a esta ofensiva” em toda a Europa contra os direitos sociais, que “custaram o sacrifício de tantas gerações”. O candidato considerou que a greve geral “vai ser um momento de grande significado sindical, político e democrático” e criticou o facto de ninguém ter perguntado “ao candidato Cavaco Silva nem a nenhum outro candidato qual era a sua posição sobre a greve”.

 

Antes Manuel Alegre tinha explanado as razões da crise, desde as causas externas e europeias às razões nacionais. Para o candidato, “não nos libertaremos dos credores se não mudarmos o nosso modelo de desenvolvimento”, mas há duas maneiras de o fazer e de aumentar a nossa competitividade: “a direita quer a competitividade da economia com a flexibilização, baixando os custos do trabalho, com os despedimentos”. E “há outra maneira”, defendeu, “através da incorporação do saber, através da inovação tecnológica, mas também da inovação social”. Porque "nós não sairemos desta crise sem novas soluções, sem novos caminhos, sem mudar de paradigma e sem alternativas económicas e sociais", disse ainda Manuel Alegre.

 

Preocupado com a precariedade que afecta a juventude, Alegre afirmou que “não podemos congelar o futuro da juventude”. “É muito grave”, disse, “mesmo numa situação de necessidade, que se congelem pensões. Mas pior do que isso é congelar o futuro”. Para o candidato “a batalha mais importante” é “mudar as condições concretas de vida” para que os jovens “possam ter lugar no futuro”.

 

“Imaginem o que seria, interpelou Manuel Alegre, “num momento de crise como aquele que estamos a viver, os portugueses terem de pagar a escola para onde vão os seus filhos”, ou “terem de pagar um seguro privado para poderem ir à consulta”, exemplificou, para defender o imperativo de lutar pelos direitos sociais.

 

E isso é também o que, para o candidato, está em causa nas eleições presidenciais. “É preciso que todos percebam que o futuro político do país não se vai decidir em Maio, Abril ou Junho”, disse, mas sim nas eleições presidenciais de 23 de Janeiro. “Se eu chegar a Belém, disse ainda, “comigo chegarão os sindicalistas” e “os representantes dos trabalhadores”. “É por esses sobretudo, e pela juventude”, frisou, “que eu me candidato à Presidência da República”.

 

 

Retirado daqui

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 27 Outubro , 2010, 22:37

"Cavaco Silva não resistiu ao seu pequeno truque de demagogia: não terá praticamente propaganda. Não precisa. Tem Belém para a fazer. Há cinco anos é que era de homem. "

 

No seu discurso de ontem, Cavaco Silva quis convencer o País que fez ou poderia ter feito alguma diferença na resolução dos problemas que enfrentamos. A diferença que podia ter feito foi há muitos anos, quando nos governou. Agora, como se vê no impasse da negociação do Orçamento, é carta que não conta.

 

Na sua intervenção, saltou à vista um pequeno truque. Daqueles que mostram que a demagogia nem sempre se serve aos gritos. E Cavaco Silva é mestre em usá-la em sussurro. Anunciou que terá uma campanha barata. Até aí, tudo certo. Deviam ser todas. Mas acrescentou que não colocará cartazes. Porque os tempos não estão para isso. Cavaco Silva sabe que as pessoas olham para as campanhas eleitorais como um desperdício e explora a coisa.

 

A decisão não espanta. Se olharmos bem para agenda do Presidente da República, Cavaco Silva está em campanha há mais de um mês. Multiplica-se em visitas e declarações. Não o faz como candidato, mas o resultado é exactamente o mesmo: aparece diariamente na televisão. Ninguém o pode condenar por isso. Mas a verdade é que a sua campanha é paga pelo Estado e não entra na contas da campanha. Cavaco Silva dispensa os cartazes porque aparece no mais importante de todos: os televisores dos portugueses. Não precisa de se dar a conhecer porque é o Presidente em exercício. Não precisa de se bater pela visibilidade pública porque é Chefe de Estado. Ao lançar esta cartada, quase como um desafio (não se limitou a decidir gastar pouco, anunciou-o e deu-lhe destaque), pede aos outros que, acompanhando-o, fiquem numa posição de inferioridade nas eleições.

 

É que se fosse uma questão de princípio, Cavaco Silva teria feito isto quando não tinha a vantagem de ser Presidente. Não foi o caso. Ele e Mário Soares gastaram em 2006 mais de três milhões de euros cada um. O triplo do que gastou Manuel Alegre; quatro vezes mais do que Jerónimo de Sousa; sete vezes mais do que Francisco Louçã;  e quase 150 vezes mais do que Garcia Pereira. Aí sim, o desafio seria interessante. Agora, é apenas propaganda. E de borla.

 

Daniel Oliveira

 

in “Expresso”

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Quarta-feira, 27 Outubro , 2010, 22:24

Manuel Alegre diz que não colabora “em atitudes populistas com carácter demagógico" de Cavaco Silva e, realçando a importância das eleições presidenciais, frisa que a democracia "tem custos" mesmo num contexto de contenção.

 

O candidato presidencial, no final de uma vista de dois dias de pré-campanha à Madeira, criticou a “hipocrisia” de Cavaco Silva ao anunciar uma redução nas despesas de campanha. "Não vou colaborar com o professor Cavaco Silva para não haver campanha. Tem que haver campanha mesmo, debates, com tudo o que isso implica, porque a democracia tem os seus custos", sustentou.

 

Alegre lembra que foi o primeiro a falar em necessidade de contenção na campanha, mencionando que nas últimas eleições gastou 849 mil euros, enquanto Cavaco Silva despendeu 3,194 milhões. Acusando o PR de, no exercício de funções estar a “estrategicamente a visitar os concelhos bastiões do seu eleitorado” concluiu que o candidato “apoiado pela direita política e económica” pode dispensar, como anunciou, a afixação de “outdoors” porque o seu ”outdoor é a exposição permanente no cargo de Presidente".

Na opinião de Alegre, o discurso do anúncio da recandidatura de Cavaco Silva a Belém foi muito "autocentrado, um pouco egocêntrico e aborrecido” e “muito parecido com o que fez há cinco anos". Além disso, acrescenta, Cavaco Silva pôs “o acento tónico no seu conhecimento dos dossiers e experiência", mas, concluiu, “isso não se traduziu em nada porque vivemos a prior crise desde o 25 de Abril".

 

in “Público”

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publicado por gondomaralegre2011 | Terça-feira, 26 Outubro , 2010, 11:20

MAP/PORTO

Candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República

DEBATE TEMÁTICO - Sede da Candidatura no Distrito do Porto:

Rua do Bonjardim, 694 ( Largo Tito Fontes)

HOJE,TERÇA-FEIRA, 26 OUTUBRO 2010, 21H30M


Economia em tempo de crise: que alternativas?


As notícias de Bruxelas dizem-nos que a Alemanha persiste na imposição aos países menos desenvolvidos da Eurozona de uma drástica redução da despesa pública. Os sectores políticos afectos ao actual Presidente da República clamam por “reformas estruturais”, quer dizer, ainda maior desregulamentação do mercado de trabalho e um estado social a duas velocidades separando serviços de educação e saúde para as classes média e alta dos serviços para os remediados e pobres.

 

Em vez de uma política de relançamento da procura à escala europeia, dessa forma cooperando com os EUA para uma saída da crise que é global, a União Europeia decide impor a austeridade generalizada para que nenhum estado-membro deixe de contribuir para a recessão geral. E impõe também os instrumentos da política: “não é credível” reduzir os défices dos estados (aliás no essencial criados pela crise dos bancos) através de uma subida de impostos sobre os mais ricos acompanhada de uma redução criteriosa na despesa pública. Não, para a Alemanha, agências financeiras e fundos especulativos só serve um corte grande e cego na despesa. Nos impostos não se mexe. Quando muito, aceitarão uma subida no IVA que é um imposto que, em proporção, mais penaliza os remediados e os pobres.


Estamos numa encruzilhada histórica. A próxima eleição presidencial e o mandato que lhe sucede representam um momento decisivo para o futuro do nosso País.Teremos todos consciência do que está em jogo? Manuel Alegre disse há dias no Centro Cultural de Belém que se oporá com determinação a qualquer tentativa de ataque ao ‘estado social’ a pretexto do combate à crise. É tempo de nos juntarmos para reflectir sobre as escolhas difíceis com que seremos confrontados em breve. Que esperamos de Manuel Alegre na Presidência? Que lhe queremos dizer?


Participam neste debate os economistas António Manuel Figueiredo, João Rodrigues e José Carlos Ferraz.


MAP/PORTO
O Mandatário,


Manuel Correia Fernandes

Contacto: 935366547

 

in  http://www.micportugal.org/


publicado por gondomaralegre2011 | Sexta-feira, 22 Outubro , 2010, 23:35

Tendência socialista da UGT manifesta apoio à candidatura de Manuel Alegre

 

 “Queremos um Presidente activo, socialmente empenhado, garante do regular funcionamento das Instituições Democráticas e simultaneamente um Presidente de todos os Portugueses”, declarou hoje a Tendência Sindical Socialista da UGT num comunicado em que manifesta o seu “apoio e empenhamento na campanha de Manuel Alegre”.

 

Referindo a “dimensão cultural, política e ética de Manuel Alegre”, estes sindicalistas consideram que o candidato garantirá “o regular funcionamento das instituições democráticas, com uma presidência interveniente, fora do quadro de intervenção partidária”, na defesa do “Estado Social” e de uma “administração pública de qualidade” e que promoverá igualmente “o diálogo social a todos os níveis”.

 

A tendência socialista da UGT considera ainda que Manuel Alegre será um Presidente “extremamente sensível aos problemas dos portugueses que hoje sofrem a pobreza, a exclusão, o desemprego, a precariedade e a insegurança no emprego”, que estimulará “o diálogo com os jovens e a sua integração na vida activa” e o “combate às desigualdades sociais”, apoiando “políticas de igualdade de oportunidades” e defendendo a independência do poder político face ao poder económico.

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 17 Outubro , 2010, 15:48

 

 “Transformar esta candidatura numa grande dinâmica social capaz de criar a energia necessária para uma mudança e uma nova esperança para Portugal” foi o grande apelo lançado por Manuel Alegre em Coimbra, num jantar onde mais de 400 apoiantes o aplaudiram com entusiasmo, numa grande jornada de mobilização na cidade cujos mestres e companheiros recordou.

 

“Estou aqui tal como sou”, a pensar “no país e nas pessoas concretas que vão sofrer cortes e congelamentos”, frisou Manuel Alegre, criticando “alguns ex-ministros das Finanças”, “sempre os mesmos, sempre com as mesmas receitas – cortar, cortar, cortar, até acabarem por cortar a nossa paciência e a alegria de viver”.

 

“É tempo de ouvir outras vozes, outros economistas, outros comentadores” disse Manuel Alegre, porque “as mesmas receitas do mesmo neo-liberalismo provocarão as mesmas causas que estiveram na origem da crise mundial”.


“É certo”, reconheceu o orador, “que Portugal precisa de consolidar as finanças públicas.” Mas também precisa “de uma estratégia integrada de investimentos públicos, de novos estímulos para o crescimento, de novas políticas de emprego, do aproveitamento dos nossos recursos e do reforço das políticas de inovação e qualificação”, afirmou, concluindo: “Não há outro caminho para nos libertarmos do ciclo vicioso do endividamento e da dependência”.

“O poder de decisão compete aos órgãos que detêm legitimidade democrática”, frisou o candidato, criticando “os banqueiros que estão a fazer o papel de mediadores, a pressionar as forças políticas e a desempenhar o papel que em princípio devia caber ao PR”. “Não consta que os banqueiros tenham sido eleitos, nem que tenha sido abolido o princípio constitucional da independência do poder político democrático em relação ao poder económico”, alertou, num dos momentos mais aplaudidos do discurso.


“Quem vota em mim, vota em alguém que sabe que a palavra é uma força de inspiração dos povos” disse Manuel Alegre, insistindo: “A palavra, não o cálculo ou a gestão dos silêncios, deve ser a principal arma de um Presidente da República.”


“Comigo na Presidência”, garantiu Manuel Alegre, “nenhum governo, seja ele qual for, porá em causa o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública, a Segurança Social Pública e o conceito de justa causa”, recordando mais uma vez, por entre muitos aplausos, os compromissos assumidos publicamente no discurso do Centro Cultural de Belém.


“A próxima eleição é decisiva para o futuro político e democrático do país”, explicou Manuel Alegre. “Uma vitória da direita poderá significar o fim das transformações sociais construídas pela democracia nascida do 25 de Abril”, insistiu. Por isso reiterou: “Estou aqui pelos valores de Abril”, “estou aqui contra a precariedade em que vive a nossa juventude”, “estou aqui por um Estado de Direito em que a justiça tem que funcionar doa a quem doer”, “estou aqui pelos 18 por cento de portugueses que vivem no limar da pobreza e que sem as prestações sociais subiriam para 40 por cento”, “as prestações sociais que alguns querem cortar”, acusou, “porque quando falam de cortes é nisso que estão a pensar.”


Defendendo a concertação social e o “papel essencial dos sindicatos na defesa dos direitos dos trabalhadores e dos equilíbrios que deve ter a democracia”, Manuel Alegre apresentou-se como um socialista, um democrata e um patriota, esclarecendo que ser patriota hoje “é ter de Portugal uma visão universalista e aberta ao mundo e à fraternidade com os outros povos".

 

“Nestes tempos difíceis, esta é uma oportunidade que não pode ser perdida”, afirmou o candidato no final da sua intervenção, deixando um apelo a todos os socialistas, todos os bloquistas, todos os comunistas, todas as forças de esquerda, todos os democratas, para se unirem nesta candidatura, porque “é possível esta eleição, é possível derrotar a direita, é possível uma nova esperança para Portugal.”

 

Manuel Alegre lança apelo em Coimbra

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 10 Outubro , 2010, 20:29
Homenagem a FINA d'ARMADA, historiadora e escritora, com várias obras publicadas, de que destacamos a mais recente "As mulheres na implantação da República" e que foi 

Mandatária da Candidatura de

Manuel Alegre

à Presidência da República em 2005 no Concelho de Gondomar
 
 


Transcrevemos o Manifesto de então:



MANIFESTO DA MANDATÁRIA DO CONCELHO DE GONDOMAR

DA CANDIDATURA DE MANUEL ALEGRE À PRESIDÊNCIA EM 2005 

 

A ALMA E A ASA DA LUSA GENTE

 

Ele brota, ele emerge, ele vem

do fundo do tempo, da raiz da terra

de um povo que ama seu chão sagrado.

Encarna a alma lusa, simboliza o nobre povo,

com Viriato e Camões entrelaçado.

 

Tem no sangue a liberdade, a inquietude,

a independência, a coragem, a esperança,

valores de honra, o azul, a poesia,

a justiça, o sonho e a alegria.

Seus ideais são de Abril, de Primavera,

seu barco tem um cravo como rota

e ao vento anuncia um tempo novo.

Arauto da criação, da cultura e pensamento,

sua espada é a palavra, seja escrita ou falada,

precisa, liberta, nunca amordaçada.

Ele é parte dos montes, das rosas, das tempestades,

herdou de Viriato a resistência, a rebeldia,

o amor ao solo pátrio, a força das causas,

guerreiro idealista traído pelos seus em pleno dia.

 

Como D.Dinis lavrou poemas,

como Camões foi à guerra,

e cantou sua pátria, sua terra.

 

País de poetas, que em seu dia nacional

um poeta venera em vez de batalha,

revolução ou vitória qualquer,

encontra identidade neste filho timoneiro

País de poetas, que em seu dia nacional

um poeta venera em vez de batalha,

revolução ou vitória qualquer,

encontra identidade neste filho timoneiro.

Ele é farol do mar de um povo meio perdido,

farol de terra achada e por achar

que busca um horizonte eternamente.

Quem herdou de seu povo o arrojo, a brasa,

as viagens, a saudade, a rima, a asa,

a busca do sal, de rumos, doutra gente,

então que nos represente, nos simbolize,

seja a alma nacional poeta e livre.

 

Ele sabe aliar a sabedoria do velho e das avós,

o ideal da criança e o novo querer feminino.

Eis-nos aqui, em união, no desafio da vida e dos tempos,

para que se cumpra Portugal, sua missão e seu destino.

 

FINA D’ ARMADA

Historiadora

 

Mandatária da Candidatura de Manuel Alegre

à Presidência da República em 2005 -  Gondomar
 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 10 Outubro , 2010, 19:53

‎"Ninguém tem o monopólio das soluções. Eu não excluo ninguém desta candidatura. Quero que seja uma candidatura de inclusão, de cidadania, de mobilização. Que estejam comigo todos os que acreditam na democracia com essa perspectiva. Todos os que têm filiação partidária, seja qual for. Todos os que não têm filiação partidária. Todos os que querem uma democracia melhor. Todos os que defendem um projecto humanista para Portugal" - Manuel Alegre

 

 

“A minha geração quer servir e confiar. Quer cultura, quer justiça, cidadania, esperança. A minha geração quer ser Pátria, ser a Poesia na rua outra vez. Eu quero um Presidente-Poeta. Porque a Política – Ó, subalimentados do Sonho!- a Política também é para comer!” - Quero um Presidente Poeta

 

in QUERO UM PRESIDENTE POETA

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Sexta-feira, 08 Outubro , 2010, 17:27

Manuel Alegre defende que são os políticos que têm de estar próximos das pessoas, não o contrário, e que o momento actual tem que ser de reflexão e de viragem.

 

 

“São os políticos que têm que estar próximos das pessoas, não são as pessoas que são obrigadas a compreender os políticos", afirmou Manuel Alegre esta noite em Braga, referindo-se ao actual momento de crise. “É preciso uma palavra que dê um sentido às dificuldades e aos sacrifícios que as pessoas estão a passar”, acrescentou, sendo efusivamente aplaudido por cerca de duas centenas de apoiantes presentes no jantar de campanha.

 

 

Manuel Alegre lembrou o que dissera, há cerca de um ano também em Braga, sobre a crise mundial e as receitas então aplicadas pelas instâncias internacionais que estiveram na origem do grande colapso financeiro mundial, defendendo que devíamos ter “uma Europa de crescimento económico, de mais emprego, de mais coesão social e de prosperidade partilhada”. Sublinhando a importância da nossa autonomia, o candidato entende que o momento actual “tem que ser de reflexão e de viragem”, não de conformismo, de resignação, ou de fatalidade.

 

Sobre o “velho problema português do endividamento”, Manuel Alegre considera que não é apenas um problema financeiro, mas da nossa economia. “É preciso uma estratégia de crescimento económico, uma estratégia que tenha políticas de emprego,  uma estratégia integrada de investimentos públicos que sejam um estimulo à nossa economia”, pois " se a nossa economia não cresce, nós vamos da recessão para a recessão,  vamos de dívida para a dívida”, defendeu. E deixa o alerta: “Caímos num ciclo vicioso em que daqui a um ano estarão a anunciar novas medidas e novos sacrificios. E nenhum povo pode viver assim”.

 

É preciso outra visão de Portugal

 

Recusando “uma estratégia de cálculo”, ou “de silêncios”, Manuel Alegre defende que a próxima eleição é “decisiva para o futuro político do nosso País”, pois é preciso outra visão de Portugal na Presidência da República. É preciso alguém com uma visão aberta, com uma visão da liberdade e das liberdades, alguém que não tenha preconceitos em relação às descriminações, sejam elas quais forem”, mas também “alguém que quando promulgar uma lei não venha a seguir desvalorizá-la e que, quando tiver que vetar uma lei, vete”.

 

O candidato defende que “é preciso alguém que fale claro aos portugueses” e tenha uma visão cultural e histórica do país, para quem  “a nação não seja só um manual de economia” e que “ponha as pessoas antes dos números, das estatísticas e do manual de finanças”.

 

É preciso na Presidência da República alguém que garanta a estabilidade social como condição da própria estabilidade política e da estabilidade democrática do nosso País.

 

Manuel Alegre em Braga

  

  


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 04 Outubro , 2010, 20:53

01

 - Sou candidato por Portugal e pela necessidade de dar uma nova esperança à democracia portuguesa. Apresento-me por decisão pessoal. Sou um candidato supra-partidário, mas não neutro. Sou um republicano para quem a ética republicana não se funda apenas na lei, mas na consciência e no comportamento. Sou um socialista para quem o socialismo, antes de ser uma ideologia e um projecto de poder, é uma ética e um humanismo. Sou um democrata para quem a democracia deve ser uma vivência transparente e não um jogo obscuro de poder pelo poder. Sou um patriota para quem Portugal não é apenas um país pequeno. Somos um país rico de uma das línguas mais faladas no mundo, rico de história, uma experiência multissecular na convivência com outros povos e outros continentes. Uma nação não é só números, é a alma do seu povo, que pulsa em nós e nos leva para além da adversidade.

 

02

 - Candidato-me para inspirar o cumprimento do projecto que está inscrito na Constituição: uma República moderna, com liberdades e garantias individuais, com direitos sociais inseparáveis dos direitos políticos. E sobretudo uma República em que as novas gerações possam ter o seu lugar e uma vida sem constante precariedade. Um República onde a Justiça funcione e onde a igualdade de oportunidades não seja uma retórica vazia.

 

03

 - Os portugueses podem orgulhar-se da sua Constituição, uma das mais avançadas da Europa. Nos seus princípios, encontramos o espírito do 25 de Abril e os pilares do Estado de Direito: subordinação do poder económico ao poder político democrático; autonomia e independência da comunicação social; separação dos poderes político, legislativo e judicial. Sempre me opus e oporei às promiscuidades que contaminam a saúde da República.

 

04

 - Trabalho precário, desemprego, desigualdade, insegurança, incerteza, ausência de perspectivas e de futuro. Estes são os sinais de uma crise que atravessa o mundo e que não é mais uma crise cíclica, é uma crise estrutural, de que só se sai com outro paradigma. A economia que nos conduziu aqui não é a economia de que precisamos. A economia que fecha todos os dias fábricas e empresas, que estimula o consumismo desenfreado e que provoca novos sobre-endividados não é a economia de que precisamos. A economia em que os lucros são sempre privados e as perdas são sempre socializadas. Precisamos de outra economia. Uma economia que permita a uma família de desempregados sobreviver com dignidade. Uma economia de quem partilha e é capaz de multiplicar valor sem exploração e sem subsidio-dependência. Uma economia de criação de emprego, inovação e valorização de empresas e trabalhadores. Uma economia em que o aumento dos salários e das prestações sociais não só não é um obstáculo, como é um factor de crescimento e bem-estar.

 

05

 - É preciso repensar os critérios monetaristas que estão a contaminar a Europa. Há uma grande desorientação da União Europeia. A UE apercebeu-se de que a crise financeira desencadeava a crise económica. O plano anti-crise implicou aumento de despesa pública, sem o qual a crise não seria debelada e o desemprego aumentaria ainda mais. Mas, sob a pressão dos meios financeiros, retomou-se o discurso da estabilidade monetária, com efeitos perversos sobre o crescimento económico. Este modelo está esgotado. É preciso começar a discutir um novo modelo estratégico de desenvolvimento.

 

06

 - A reeleição do actual presidente seria uma porta aberta a todos os ataques aos serviços públicos, aos direitos do trabalho e à Constituição. E seria um primeiro passo para a concretização do sonho da direita: uma maioria, um governo, um presidente. A outra opção é não nos conformarmos e fazer da próxima eleição presidencial uma grande mobilização, não só das esquerdas, mas de todos aqueles que querem ver renascer a esperança num Portugal com justiça e solidariedade.

 

07

 - Esta candidatura quer criar uma dinâmica que enfrente a ofensiva contra o conteúdo social da nossa democracia, contra a Escola Pública e o Serviço Nacional de Saúde. Não vamos apenas escolher quem vai ser o próximo Presidente da República.
Trata-se de decidir que democracia teremos no futuro. Para mim, uma democracia sem direitos sociais será uma democracia empobrecida e mutilada. Eu serei uma garantia, perante qualquer governo, de defesa da Constituição e do seu conteúdos em matéria de justiça social e serviços públicos.

 

08

 - Ninguém tem o monopólio das soluções. Eu não excluo ninguém desta candidatura. Quero que seja uma candidatura de inclusão, de cidadania, de mobilização. Que estejam comigo todos os que acreditam na democracia com essa perspectiva. Todos os que têm filiação partidária, seja qual for. Todos os que não têm filiação partidária. Todos os que querem uma democracia melhor. Todos os que defendem um projecto humanista para Portugal.

 


Vamos vencer este combate. Não é por mim, é pela democracia e é por Portugal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Sexta-feira, 01 Outubro , 2010, 18:40



Manuel Alegre convida à participação neste “ponto de encontro da cidadania e de uma nova esperança para Portugal” e reafirma os princípios da sua candidatura para a mudança com a marca da independência e do interesse nacional: “Comigo e com o vosso apoio Portugal terá um presidente com uma visão mais aberta e menos conservadora na luta contra todas as formas de discriminação”.

Bem-vindo ao sítio da cidadania

http://www.manuelalegre2011.pt




publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Setembro , 2010, 17:26


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Setembro , 2010, 17:21




publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Setembro , 2010, 17:19




publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Setembro , 2010, 17:11

Estivemos na passada segunda-feira, em Gaia, no Clube dos Pensadores, com o camarada,  Manuel Alegre, candidato a Presidente da República, e do muito que se disse retemos a frase proferida  pelo poeta:  As palavras inspiram-nos.

 

Não resistimos, e transcrevemos o poema:

 

AS PALAVRAS

 

Palavras tantas vezes perseguidas
Palavras tantas vezes violadas
que não sabem cantar ajoelhadas
que não se rendem mesmo se feridas.

 

Palavras tantas vezes proibidas
e no entanto as únicas espadas
que ferem sempre mesmo se quebradas
vencedoras ainda que vencidas.

 

Palavras por quem eu fui cativo
na língua de Camões vos querem escravas
palavras com que canto e onde estou vivo.

 

Mas se tudo nos levam isto nos resta:
estamos de pé dentro de vós palavras.
Nem outra glória há maior do que esta.

 


Manuel Alegre

 

OBRA POÉTICA: (1999) Lisboa, publicações D. QUIXOTE

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 30 Setembro , 2010, 16:46

 

 

 


Manuel Alegre é um daqueles portugueses que não precisa de apresentações, mas Joaquim Jorge presenteou os participantes no debate com uma aula de história, revelando dados históricos interessantes deste candidato à presidência da Republica, pela segunda vez consecutiva, depois de na primeira ter surpreendido tudo e todos e quase ter forçado Cavaco à segunda volta e infringido uma derrota clamorosa a Mário Soares apoiado


O nosso poeta Maior, simpático e em grande forma, é um aristocrata de famílias com veia revolucionária e inconformada com o infortúnio do país e um desportista de eleição, campeão nacional de natação, que já dá braçadas largas para a Presidência da Republica com a sua palavra e o mesmo tom de sempre, de inconformismo, mesmo contra o seu partido de sempre, se for preciso, e o seu estatuto de reserva moral da nação.

 

Candidata-se em nome de uma plataforma cívica e porque valores mais altos o chamaram a inquietar-se, a ele que até poderia ir descansar. Porém ouvir jovens dizer que são da geração “nem-nem”: nem emprego, nem esperança no futuro, calaram fundo neste poeta que sabe interpretar a alma de um povo, como ninguém.

 

Alegre começou por estabelecer as diferenças entre alguns tipos de presidência (França e Áustria) e o nosso, cujos poderes estão consagrados na constituição, mas também com uma forma de exercício decorrente da praxis ditada pelo exercício dos vários presidentes anteriores, que interpretaram tais poderes e moldaram de certa forma a magistratura do PR.


Não teve dúvida em reafirmar que, apesar de ser apoiado por 2 partidos com assento parlamentar, ao contrário da eleição passada, não é refém de ninguém, nem negociou nada seja com quem for. Falará sempre mais alto a sua profunda fé na liberdade, e na ética republicana.


Alegre não é economista, como referiu, e talvez seja uma vantagem. Deu o exemplo do Brasil, onde um presidente, que não é economista, tirou da miséria mais de 23 milhões de brasileiros com programas sociais e, ao contrário do propalado pelas vozes da austeridade e de pressão internacionais, alavancou a economia. De facto, um economista, especialista em finanças, como Cavaco, tem uma grande tentação em ser o farol do executivo, ou guiar esse executivo, ou um super PM, que não é nada bom para a governação, confundindo os papeis e enfraquecendo o poder moderador e de árbitro.


Revelou grande conhecimento da origem dos males que atormentam o país, não negando os défices na educação, na justiça e estruturais, mas também na pressão especulativa de mercados financeiros sem ética, que depois de terem sido socorridos pelos Estados, viram-se vorazmente para recuperar a qualquer custo os seus chorudos lucros. Referiu que as receitas que aportam, sob a capa de “únicas soluções”, é a mesma que levou à crise que se vive.


Defende o rigor das contas, mas estabeleceu clara distinção entre rigor e austeridade. Se for Presidente, não terá a menor dúvida em vetar toda e qualquer lei que ponha em causa o estado social, o serviço nacional de saúde, a educação pública e derrubará a AR, caso constate que o regular funcionamento das instituições está em causa, mesmo que seja o seu partido. Criticou o projecto de revisão do PSD, que colocará um fim ao estado social que todos pretendem defender.


Não vetará uma lei e depois a desvaloriza, como fez Cavaco. Será um árbitro, um garante do bom funcionamento das instituições, mas não ficará calado, nem administrará silêncios, nem alimentará tabus.


Sobre a educação mostrou-se chocado com o facilitismo em que se tem transformado e pugnará pelo ensino com disciplina, rigor e qualidade, para que o desígnio da qualificação dos portugueses possa concretizar-se. Criticou a falta de fluência na língua materna porque os alunos já não lêem os clássicos. Com ele, certamente Camões, Antero, Eça, Camilo, Garret, voltarão a ser referências na aprendizagem.


Manuel Alegre defendeu o peso que a língua, a cultura e a nossa história têm na globalização, fazendo parte do capital que levará Portugal, um país pequeno, a ter um papel Global (como no passado), com reflexos na economia, olhando para o Brasil, Angola e países de expressão portuguesa com uma visão estratégica e não só estes, como em todos em que Portugal esteve primeiro e tem uma palavra a dizer.


Em resposta a uma questão da plateia, referiu que o problema da crescente dívida se resolve com uma economia a crescer, com rigor nas contas públicas, e não na austeridade que vem no receituário dos arautos da desgraça. Lembrou que Obama, nos EUA, está muito mais avançado que a Europa, deitada e enfeitiçada, digo eu, nos braços do capital sem rosto nem ética que nos levará ao calvário com suas receitas venenosas.

Como Presidente, Portugal ganhará um moderador, um árbitro imparcial, uma voz incómoda aos poderes de Bruxelas e a serviço do grande capital financeiro mundial. Uma voz inconformada com o ataque que está a ser perpetrado contra o estado social que conhecemos.


Uma noite que poderia terminar de dia, tal a fluência da palavra e a força certeira com que Alegre nos brindou. Joaquim Jorge só pode estar satisfeito, e de parabéns, pela presença deste candidato à presidência do país no Clube dos Pensadores.


Mário Russo

 

in CLUBE DOS PENSADORES

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Quinta-feira, 23 Setembro , 2010, 14:34

 

O Clube dos Pensadores vai convidar dia, 27 de Setembro, 2ª feira, às 21:30, o candidato à presidência da República, Manuel Alegre, que estará à conversa no GaiaHotel com o fundador do clube, Joaquim Jorge.

 

O tema em debate vai ser «Presidência da República», informa o CdP em comunicado.


«Manuel Alegre protagoniza uma candidatura presidencial com apoio já expresso do PS e BE. A sua presença insere-se no ciclo da República levado a cabo pelo Clube dos Pensadores, pela presença dos diversos candidatos presidenciais», escreve Joaquim Jorge.

 

ler + in Clube dos Pensadores

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Segunda-feira, 20 Setembro , 2010, 15:24

Na viragem da primeira década do século XXI, o nosso país tem de responder às dificuldades que atravessa, investindo num projecto centrado em políticas novas e criativas, que coloquem no centro do seu desenvolvimento não só o crescimento económico, mas também o total respeito pelos direitos humanos, com propostas de matriz social e cultural, capazes de mobilizar os portugueses, através de uma dinâmica participativa.


Neste âmbito, desempenha papel relevante a posição que Portugal, integrado no mundo global, ocupa, enquanto membro da União Europeia e parceiro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e do espaço mediterrânico, com os quais é importante promover e consolidar alianças que fortaleçam este património comum como factor de enriquecimento mútuo.

Os problemas estruturais do país e da conjuntura que atravessamos exigem transparência e visão estratégica das lideranças políticas e ousadia dos cidadãos nas respostas para inverter as dificuldades que recaem em especial sobre os sectores sociais mais desfavorecidos. Tornam-se necessárias soluções que partam da realidade e apontem para um discurso novo, mobilizador da juventude, das mulheres e das minorias e de uma cultura da diversidade.


A educação e a qualificação profissional serão cada vez mais o principal motor do desenvolvimento e a base de construção da cidadania. Interessa por isso, promover a Escola como escola de excelência, centro de aprendizagem, promotor de cultura, de cidadania, e de solidariedade.

A justiça carece de equidade no acesso, de uma administração célere e de maior reserva dos seus agentes públicos. O sistema prisional, para além do integral respeito pelos direitos de quem se encontra na condição de detido, tem de promover a reinserção social.


Na saúde, exige-se uma defesa sólida do Serviço Nacional de Saúde, com respostas mais prontas e integradas, rigor na gestão dos recursos e criação de mecanismos de mobilização e fixação dos seus profissionais.


O direito ao trabalho digno e qualificado, justamente remunerado e em condições de segurança para todos, a par do reforço e estímulo à economia nos sectores estratégicos da actividade produtiva, é indispensável para reduzir as desigualdades e dar sustentabilidade ao desenvolvimento do país. Só a segurança social pública, universal, solidária e financeiramente assegurada pode garantir esse mesmo fim.


Na economia e finanças é preciso apostar em políticas que promovam o crescimento e a produção de riqueza, mas simultaneamente a sua redistribuição para se promover uma sociedade mais igualitária e coesa. Assim, também as correcções dos vários défices devem ser feitas quer por via da despesa quer por via da receita e impedindo o aumento das assimetrias dos custos nos ajustamentos.


A política fiscal tem de redistribuir e recolher dos rendimentos reais de cada português, para que a contribuição de cada um seja de facto proporcional ao esforço que cada um pode proporcionar. Só com justiça e transparência fiscal se poderá efectivamente contribuir para a resolução dos problemas do défice das contas públicas e da credibilidade da República.

No sistema político é fundamental preservar o sistema proporcional, permitindo a expressão da pluralidade das forças políticas em cada área ideológica, mas também promover reformas no sentido de incentivar uma actuação mais responsável dos agentes políticos e de dar maior liberdade de voto aos eleitores na escolha dos seus representantes.


Em nome da solidariedade e entre-ajuda, pedras basilares da cidadania e pelo conjunto de razões acima expostas, os signatários apoiam a candidatura de Manuel Alegre a Presidente da República, na convicção de que ele saberá utilizar a sua influência política, a sua autoridade democrática e os poderes que a Constituição lhe confere para mobilizar os portugueses em torno de um projecto político, social e cultural aglutinador, que represente um avanço na conquista de uma sociedade mais igual e solidária.

 

in PRAÇA DA CANÇÃO

 

Nós já subscrevemos. De que estás à espera? Acede aqui.

 

 

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publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:41

Vivemos um momento decisivo na história de Portugal. Num daqueles momentos em que corremos o risco, se não formos vigilantes e determinados, de perder o encontro marcado com um futuro que esteja à altura das nossas aspirações e esperanças, da nossa história, do peso internacional da Língua Portuguesa.

 

As nações não são algo de irreversivelmente adquirido, são um plebiscito quotidiano. Esta afirmação de Benjamin Constant nunca foi tão actual num momento marcado pela crise económica estrutural internacional, que continuará a marcar a reconfiguração das relações económicas, políticas e sociais nos próximos anos e pela situação de emergência nacional em que vivemos.


Precisamos mais do que nunca de ter um Presidente da República que acredite nos portugueses e em Portugal, que não diga que Portugal é um país insustentável, que seja uma mais-valia na afirmação de Portugal na Europa e no Mundo.

 

Precisamos de um Presidente da República que paute sempre a sua actuação pelo interesse nacional, pelo respeito pela Constituição e pela ética republicana como garantia de probidade, como defesa da causa pública e como serviço do país , como se propõe ser Manuel Alegre.

 

É tempo de ter esperança, como afirmou: Ao longo dos séculos o povo português soube sempre vencer as dificuldades e afirmar Portugal, muitas vezes contra as elites entreguistas e capitulacionistas.

 

A nossa luta é por um país mais solidário e menos desigual. Manuel Alegre tem um compromisso prioritário com as vítimas da crise e com todos os que a procuram ultrapassar. Dirijo-me aos portugueses que mais sofrem, aos desempregados, aos jovens em trabalho precário ou à procura do primeiro emprego, dirijo-me aos que em tempos difíceis trabalham e produzem, aos que investem e criam riqueza e não se demitem da sua responsabilidade social, aos que dão o melhor do seu esforço, da sua inteligência e da sua criatividade para enfrentar e vencer a adversidade, dirijo-me aos que não desistem e que resistem, dirijo-me a todos os portugueses e portuguesas que, apesar das dificuldades, não se resignam, não se conformam e continuam a acreditar em Portugal. Porque é disso que se trata: acreditar em Portugal.

 

Acreditar em Portugal passa por utilizar o papel estratégico do Estado para afirmar Portugal no Mundo e na Europa.

 

Temos de criar condições para afirmar o português como aquilo que é, a sexta língua a nível mundial, o que passa como afirmou António Carlos Santos pelos nossos Chefes de Estado fazerem sempre os seus discursos mais importantes em português nas instãncias internacionais e, acrescento, por uma acção diplomática vigorosa que permita coroar de sucesso os esforços que têm vindo a ser desenvolvidos para tornar o português língua de trabalho das Nações Unidas.

 

Temos de valorizar o que nos pode projectar a nível mundial. Como afirmou Manuel Alegre: Num mundo globalizado e de forte interdependência, temos de saber recuperar, preservar e valorizar os nossos diferentes patrimónios, a História, a cultura, a língua, os sítios, as paisagens, a fauna, a flora, a biodiversidade, tudo aquilo que afirma a nossa diferença e a nossa singularidade.

 

Manuel Alegre defende a Europa como projecto democrático de cidadania e de coesão social e também de cultura , mas não ignora os riscos e os desafios com que estamos confrontados a nível europeu.

 

Não podemos esquecer a dimensão euro atlântica , acrescentou, e bem, Manuel Alegre, Não apenas na perspectiva da afirmação e internacionalização da língua e do desenvolvimento das relações económicas, mas no da constituição de um novo espaço político e cultural. Não é por acaso que um número crescente de países se tem aproximado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

 

A capacidade de Manuel Alegre saber dialogar e estabelecer pontes, está bem patente no facto de ter o apoio expresso do partido que está no governo, o seu, o Partido Socialista, e do Bloco de Esquerda, na oposição, para além do MIC (Movimento de Intervenção e Cidadania) e de um número crescente de cidadãos sem filiação partidária de vários quadrantes políticos.


O apoio claro do PS, bem expresso por Edite Estrela aqui, e o apoio do Bloco de Esquerda a Manuel Alegre são factos positivos, que tornam nervosos os apoiantes de Cavaco Silva, como se viu este fim-de-semana.

 

Manuel Alegre é um candidato que sempre preservou a sua independência a sua liberdade de consciência e de decisão.

 

A crise que enfrentamos exige Manuel Alegre como Presidente da República a partir do próximo ano. Vamos lutar para vencer e para o eleger Presidente da República.

 

José Leitão

in blog inclusaoecidadania.blogspot.com 

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:40

É muito estranho que aqueles que se insurgem contra as dissonâncias de Alegre, em face da linha dominante no PS, em conjunturas passadas, não hesitem agora, por si próprios, em fazer aquilo que consideram um pecado mortal quando cometido por ele.

 

De facto, quem pensar que outros têm um dever absoluto, de nunca estarem em contradição com a linha dominante de um partido a que pertençam, não é coerente consigo próprio se depois se autorizar a estar contra essa linha noutra circunstância. Por isso, os que se recusam a apoiar Alegre por causa de alegadas dissonâncias em face do PS, estão afinal agora a praticar aquilo que lhe censuram.

 

Isto para não falar num outro estranho esquecimento: sem o contributo político de Manuel Alegre teria sido praticamente impossível que tivéssemos reconquistado a Presidência da Câmara de Lisboa. E já agora recordem também a presença de Alegre, enormemente ovacionada no Comício de Coimbra das últimas legislativas. Enfim, memórias selectivas.

 

Mas se posso compreender a lógica de ressentimento que leva alguns socialistas a não apoiarem o candidato apoiado pelo PS, mesmo que de modo algum a partilhe ou ache razoável, já me parece verdadeiramente absurdo que algum socialista possa pensar sequer em apoiar um candidato politicamente oportunista como é o caso do Nobre, que ainda por cima é um protagonista de relevo na pequena legião reaccionária que segue o candidato miguelista ao inexistente trono português e já se revelou durante a campanha como um banal expoente da direita ideológica. Digo que é politicamente absurdo para não dizer que é civicamente vergonhoso para qualquer republicano, para qualquer socialista, que não seja politicamente tonto apoiar o tal Nobre.

 

Rui Namorado

in blog “O Grande Zoo”

 

 


publicado por gondomaralegre2011 | Domingo, 19 Setembro , 2010, 18:40

Manuel Alegre fez, no pretérito e simbólico passado dia 11, a reentre da campanha eleitoral com vista à sua eleição presidencial que acontecerá em Janeiro próximo e fê-lo assumindo um conjunto de compromissos os quais, segundo ele próprio e conforme grande parte da população reconhece, o seu mais directo opositor (ainda que não assumido) o não pode fazer, tanto pela sua postura de ambiguidades assim como pelo vínculo comprometido que tem com a ala mais conservadora e retrógrada da sociedade portuguesa.

De forma clara e inequivocamente assumida MA referiu que com ele na presidência os portugueses têm a garantia que:

  • “Nenhum governo nem a Assembleia da República” aprovarão leis que visem despedimentos sem justa causa;
  • Que o serviço nacional de saúde, tendencialmente gratuito, não será substituído pelos hospitais privados;
  • Que o ensino particular e cooperativo não tomará o lugar do ensino público, com ele conviverão de forma harmoniosa e em complementaridade;
  • Que a ética republicana e os restantes valores que consubstanciam uma são vivencia democrática serão uma exigência constante à governação da administração publica, directa e descentralizada, assim como à administração autárquica. A mesma exigência será feita aos actores económicos, políticos e sociais.
  • A economia e a política serão instrumentos colocados, mais igualitariamente, à disponibilidade de todos de modo a que se diminuam as assimetrias económicas e sociais que ultimamente se têm acentuado tanto no país como na Europa, a cujo espaço político pertencemos, e no mundo onde temos obrigação de influir mais convictamente.

O candidato, Manuel Alegre, assume compromissos que, pelo menos alguns, outros, efectivamente, não têm condições de assumir.

A eleição não está certa nem segura, têm, o candidato e seus apoiantes, muito trabalho pela frente. Sendo eleito nós, por aqui, estaremos para relembrar estes e os mais compromissos assumidos.

 

in blog LUMINÁRIA

 

 


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